Conhece as oito novas confirmações para a próxima edição do Festival Músicas do Mundo.
Recentemente, o FMM Sines confirmou oito projectos musicais oriundos de várias partes do globo. Hoje, a organização do festival anunciou mais oito, desta vez vindas de África, desde Gana ao Mali, a Cabo Verde à República Democrática do Congo. A decorrer de 22 a 30 de julho, o Festival Músicas do Mundo volta a agregar, pela 18ª vez, alguns dos nomes mais interessantes da world music actual.
Pat Thomas & Kwashibu Area Band
Pat Thomas, com Ebo Taylor, constituiu a dupla mais dinâmica da música ganesa nos anos 70 e 80, dominando as cenas highlife, mas também afrobeat e afropop do país. O álbum “Pat Thomas and Kwashibu Area Band” (2015), o primeiro com lançamento internacional, marca os seus 50 anos de carreira. Em Sines dão-lhe suporte os quatro músicos da Kwashibu Area Band: Kwame Yeboah (guitarra, órgão e bateria), Ben Abarbanel-Wolff (saxofones), Eric “Sunday” Owusu (percussões) e Emmanuel Ofori (baixo).
Moh! Kouyaté
O guitarrista e vocalista Moh! Kouyaté é um músico da Guiné-Conacri a meio caminho entre a tradição mandinga, os blues, o jazz e o rock. Filho de uma família ligada à música, formou-se a ouvir os clássicos da guitarra do seu país, mas também de outros mundos: Django Reinhardt, BB King, George Benson, Jimi Hendrix. Em 2004, encontra Corey Harris, que acompanha em digressão pelos EUA, onde aprofunda o seu conhecimento dos grandes guitarristas de blues. Em 2007, muda-se para a cena afrojazz de Paris e alarga o leque de influências que o tornam um griot moderno. Lançou “Loundo”, o seu álbum de estreia, em 2015.
Mbongwana Star
Mbongwana Star é uma banda criada em torno de Coco Ngambali e Theo Nzonza, dois antigos membros de Staff Benda Bilili. Em 2015, depois de conhecerem o produtor Liam Farrell, recrutaram membros da nova geração de músicos da capital do Congo, e nasceu este projecto. Tal como em Staff Benda Bilili, os instrumentos, construídos em grande parte a partir de reciclagem de ferro-velho, modelam o som amplificado e distorcido da banda. O disco de estreia, “From Kinshasa”, contém elementos de eletrónica e pós-punk que permitem sentir influência rock. O espetáculo conta com a presença do baixista Cubain Kabeya.
Konono n.º 1
Konono n.º 1 é um expoente da música de transe congolesa baseada em distorções eléctricas artesanais. Fundada nos anos 60 por Mingiedi Mawangu, falecido em 2015, e actualmente liderada pelo seu filho Augustin, a banda produz um som onde se cruzam likembés electrificados, material reciclado e ritmos tradicionais. Estabelecidos em Kinshasa, são oriundos da etnia Bakongo, que vive entre o Congo e Angola. O seu novo disco, acabado de lançar, é um encontro com Batida.
Khaira Arby
Numa região marcada pelo conflito, Khaira Arby canta sobre o amor, a paz, a família e a vida das mulheres. Expressa a sua mensagem de união em quase todas as línguas faladas no Mali: songhai, fula, tamasheq, bambara, árabe ou francês. Formada por guitarra, baixo, cabaça, ngoni, violino e bateria, a sua banda lança pontes entre gerações e culturas.
Danyèl Waro
Danyèl Waro é um gigante da música de Reunião, ilha vulcânica do Índico sob administração francesa. Com Danyèl Waro, o maloya, estilo musical dos escravos e trabalhadores pobres de origens africanas, malgaxes e indianas voltou a ser uma parte assumida da identidade da ilha. No maloya e no seu canto em crioulo encontrou uma forma de expressão que o ajudou a pôr-se “em harmonia com a Reunião, o seu povo e a sua língua”, mas também a “distanciar-se da relação com a filosofia cartesiana e com julgamentos demasiado conceptuais”.
Bitori
Vítor Tavares, mais conhecido como Bitori, é uma lenda do funaná e do seu instrumento-símbolo, a gaita (acordeão diatónico). O seu concerto em Sines surge quando é reeditado o disco “Bitori Nha Bibinha” (1997), um dos melhores álbuns do funaná tradicional. Estará acompanhado pelo cantor Chando Graciosa (outra figura eminente do funaná) e por Danilo Tavares (baixo), Toy Paris (bateria) e Miroca Paris (percussões e coros).
Bamba Wassoulou Groove
Formada por duas gerações de músicos malianos, Bamba Wassoulou Groove é uma banda em que as guitarras eléctricas tomam a dianteira do palco. Surgiu em 2012, em Bamako, por iniciativa do percussionista Bamba Dembélé, que neste projecto toca conga. No jogo das cordas participam os três guitarristas (Moussa Diabaté, Dramane Diarra e Bayni Diabaté) e o baixista Papis Diombana. Ligados pela voz de Ousmane Diakité e pela bateria de Maguett Diop, derramam groove onde os blues naturais do Mali, em particular da região de Wassoulou, ganham reflexos no rock psicadélico e no funk.
CARTAZ
Imed Alibi
Speed Caravan
Islam Chipsy & E.E.K.
Bachar Mar-Khalifé
Vardan Hovanissian & Emre Gültekin
Alaverdi
Dakh Daughters
Trad.Attack!
Billy Bragg
The Unthanks
The Comet is Coming
Alibombo
Bixiga 70
BNegão & Seletores de Frequência
Graveola
Juana Molina
Pat Thomas & Kwashibu Area Band
Moh! Kouyaté
Mbongwana Star
Konono n.º 1
Khaira Arby
Danyèl Waro
Bitori
Bamba Wassoulou Groove
Los Pirañas
Systema Solar