A Noite dos Reis da Bazuuca está de volta para a sua 4ª edição
Como já manda a tradição, a Noite dos Reis da Bazuuca está de regresso para marcar o arranque do novo ano com uma verdadeira celebração da música bracarense.
Bed Legs, Miguel Pedro, Quadra e Mutu são alguns dos 16 nomes que compõem o cartaz, que toma conta do Lustre, em Braga, nos dias 5 e 6 de Janeiro.
Desengane-se quem acha que a celebração dos Reis é apenas um acontecimento dos nossos vizinhos espanhóis, a Bazuuca está a criar uma nova tradição com muita música à mistura. A promoção da dinâmica cultural da cidade de Braga sempre foi o principal foco da agência e promotora cultural, contribuindo para o desenvolvimento, reconhecimento e projeção da comunidade artística da cidade.
Foi a partir desta vontade que João Pereira, o fundador da Bazuuca, criou as Noites dos Reis da Bazuuca, um festival de dois dias que celebra o talento bracarense. Nas suas palavras tem sido «um trabalho fundamental para a visibilidade e promoção de artistas locais, e não só, proporcionando-lhes oportunidades e capacitando para prosperar e partilhar o seu talento com um público mais amplo». João Pereira acrescenta ainda que «desde a primeira edição – na qual não tínhamos noção do impacto que o evento poderia ter nas pessoas presentes – que as expectativas estão sempre elevadas.»
Nos dias 5 e 6 de janeiro, a quarta edição conta com 16 artistas, que prometem festa rija nas duas salas do Lustre. «Selecionamos bandas que já participaram em edições anteriores, mas que trazem algo de novo para apresentar, assim como novos nomes com grande potencial de progressão, que consideramos serem fundamentais incluir no evento. Além dos artistas, agregamos também coletivos artísticos que desempenham um papel significativo no circuito de clubbing da cidade?», acrescenta João Pereira.
No dia 5 de janeiro é Miguel Pedro que faz as honras do arranque pelas 23h00, no Palco Salão Mozart. Dificilmente podemos falar de música portuguesa sem mencionar as contribuições de Miguel Pedro, principalmente por meio dos incontornáveis Mão Morta, mas não fica por aí. No mundo da música eletrónica, tanto a solo, como em duo com Inês Malheiro e Fura Olhos, ou mesmo na criação para teatro e dança, o artista viaja por espectros tão amplos da música que é difícil saber o quão experimental o seu concerto será. Ainda no mesmo palco, Frank Lucas leva-nos até ao hemisfério do trap e, por fim, os Navegantes da Rua, numa dupla instrumental repleta de imprevisibilidade.
No palco Bazuuca, é a vez do colectivo Mayu, criado em 2019, poder mostrar um pouco da sua visão audaciosa de explorar fronteiras no universo das instalações e performances artísticas, com a apresentação do tão aguardado novo álbum “CIRCUM MUNDUM”. Segue-se o fundador das bandas Smix Smox Smux e Máquina del Amor, Palas, que apresentará o seu novo video-álbum “Tons de Pele”, que conta com a participação de Sérgio Freitas, Gilliano Boucinha e João Costeira. É através de riffs, batidas e berros que Capela Mortuária nos serve do puro e duro Thrash Metal, rápido e furioso como deve ser, com letras inteiramente em português, vociferadas de indicador apontado, punho cerrado e sem papas na língua. Chegámos assim ao fim do primeiro dia da Noite dos Reis da Bazuuca, com o takeover da Wav. In, com os
DJs Mazda Fields e Terzi, na Sala dos Espelhos, a partir das 2h00.
à 6 de janeiro, Mafalda BS abre as portas do Palco Salão Mozart, uma jovem compositora, produtora e cantautora, que se faz acompanhar do piano. Seguem-se os Maison Vërt, um grupo de música eletrónica/hip-hop composto por Frank Lucas (voz) e por B Quest (beats), numa performance que junta as suas influências urbanas, a liberdade da música eletrónica, com ambientes espaciais envolventes, e ainda algumas surpresas que têm vindo a preparar para o lançamento do seu álbum de estreia. Por fim, é a vez de St. James Park, nome artístico de Tiago Sampaio, músico, compositor e produtor de música eletrónica. Além da criação e composição musical para cinema, teatro e dança, já colaborou com artistas como TOKiMONSTA e Holly (dois nomeados para GRAMMY), Conan Osíris e Cláudia Guerreiro (Linda Martini).
De volta ao Palco Bazuuca, o segundo dia arranca com Mutu. A banda flutua por diferentes influências, que vão desde a música eletrónica à música tradicional. Composto por Diogo Martins, na voz, Pedro Fernandes, nos sintetizadores e guitarra, Nuno Gonçalves, nos teclados, e João Costeira, na bateria, apresentam o seu mais recente álbum “Morte do Artista”. De seguida, é numa convergência de estilos quentes e exóticos que podemos encontrar os QUADRA. A banda formada por Sérgio Alves (baixo), Gonçalo Carneiro (guitarra), Hugo Couto (bateria), Sílvio Ren (guitarra) e Lucas Palmeira (sintetizadores), apresenta “Selva”, o seu mais recente trabalho. Por fim, Bed Legs, onde a música embebida, entornada e enrolada em melodias que despertam a maior das emoções, brota vivências por todos os lados. Fernando Fernandes (voz), Tiago Calçada (guitarra), Hélder Azevedo (baixo), David Costa (Bateria) e Leandro Araújo (teclas) trazem ao palco um intenso cheiro a rock ‘n’ roll, deveras vivido e desejado, que viaja de braço dado com essências sonoras de outras épocas, tudo majestosamente pincelado e abençoado pela orla do rhythm and blues.
A encerrar a 4ª edição da Noite dos Reis da Bazuuca há ainda tempo para um takeover da DarkSessions com os DJs MGR96 e Aäg, um coletivo que tem vindo a dar cartas no mundo da eletrónica, onde a sonoridade mais obscura das batidas do techno se mistura e deixa a saudade para a próxima edição.
A Noite dos Reis da Bazuuca, que na verdade são duas, conta com o apoio do Município de Braga e os passes gerais já se encontram disponíveis a 12€, havendo também bilhetes diários a 8€. As entradas podem ser adquiridas online, na Seetickets, e na bilheteira do Lustre durante os dias do evento.