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Audiogest: Música produzida em portugal é uma tendência

Audiogest: Música produzida em portugal é uma tendência

Comunicado de Imprensa

A Audiogest afirma que no primeiro trimestre de 2024, 30% das 100 músicas mais tocadas na rádio são de artistas portugueses, sinalizando um aumento na proeminência da música nacional nos meios de transmissão.

No âmbito de mais uma edição dos Prémios PLAY – Prémios da Música Portuguesa – a AUDIOGEST, Associação de Gestão e Distribuição de Direitos, uma das entidades promotoras do evento, anuncia o aumento histórico na popularidade da música portuguesa, tanto no setor do streaming como no mercado do vinil. As vendas de discos de vinil representam 67% do total do valor de vendas físicas, o que equivale a 5.803.659€, sendo que os álbuns icónicos de artistas portugueses estão no Top50 de vendas de vinil no primeiro trimestre de 2024.

No primeiro trimestre de 2024, os artistas portugueses não só dominaram as tabelas de streaming, como tiveram uma presença marcante, com canções como “Tara” de Slow J a conquistar o primeiro lugar das músicas mais ouvidas nestas plataformas. No geral, as músicas portuguesas ocuparam cinco dos dez primeiros lugares, incluindo sucessos como “Carro” de Bárbara Bandeira (feat. Dillaz), “Alô” de Dillaz (feat. Plutónio), “Habibi” de Dillaz e “Fogo” de Slow J. Este fenómeno segue uma tendência significativa observada já em 2023, onde as receitas de streaming de música portuguesa foram quatro vezes superiores aos valores de 2019, ilustrando uma trajetória de crescimento robusta e sedimentada.

Os serviços de streaming representam agora 73% do valor do mercado total de música em Portugal, com um aumento de receitas de 25,3%, passando de 21,6 milhões de euros em 2022 para 27,1 milhões de euros no ano passado. Para além disso, de acordo com dados fornecidos pela Spotify, em 2023, os utilizadores portugueses ouviram 42% mais música produzida internamente do que em período homólogo.

Miguel Carretas, Diretor-Geral da AUDIOGEST, salienta que “Desde 2019 que se tem assistido a um aumento do desempenho da música portuguesa nas plataformas de streaming. No entanto, não podemos deixar de referir que, ainda assim, e se atendermos não apenas aos TOPs mas à totalidade do consumo musical em Portugal, a música nacional está ainda muito abaixo do consumo de musica local da esmagadora maioria dos países e aquém do que seria desejável. Num mercado de grande escala, como é o caso do mercado digital, isso só pode ser feito com incentivos à exportação e ao consumo de streaming musical por subscrição”. A AUDIOGET mantém o empenho em tornar estes desígnios realidades.”

Transmissões de rádio refletem já mudanças legislativas e mudanças culturais.

Em setembro de 2023, as alterações legislativas que reintroduziram uma quota de 30% para a produção nacional tiveram um impacto significativo nas emissões de rádio em Portugal. Como resultado, no primeiro trimestre de 2024, 30% das 100 músicas mais tocadas na rádio eram de artistas portugueses, sinalizando um aumento esperado na proeminência da música nacional nos meios de transmissão. Assim, a música de produção nacional, não só ocupa a quota legalmente estipulada como tem vindo a ser utilizada pelas rádios em períodos de maior audiência.

As vendas de vinil permanecem como a parte mais significativa, em valor, do mercado físico.

O mercado de discos de vinil também reflete uma preferência cultural distinta, com os consumidores a preferir edições de música estrangeira, e entre a música nacional, as preferências parecem ir para as reedições de álbuns históricos. No Top50 de vendas de vinil no primeiro trimestre de 2024 predominam álbuns icónicos de artistas portugueses. Entre os 50 mais vendidos, podemos encontrar “O Monstro Precisa de Amigos” de Ornatos Violeta, “O Melhor de Amália” de Amália Rodrigues, “Venham Mais 5” de José Afonso, “Caos+Calma” de Carolina Deslandes, “O Caminho da Felicidade” de Delfins, “Anjo da Guarda” e “Dar e Receber” ambos de António Variações.

De acordo com os Números do Mercado Fonográfico para 2023, as vendas de discos de vinil continuam a dominar o segmento, representando 67% do total do valor das vendas físicas, o que equivale a 5.803.659 euros.