Black Sabbath, 50 Anos de “Paranoid”
Em 1970, os Black Sabbath tornaram-se gigantes através das sirenes bélicas de “War Pigs”, o imediatismo do tema-título, o peso das pegadas de “Iron Man”, o experimentalismo de “Planet Caravan” e “Rat Salad”, a expansão do doom metal com “Hand Of Doom”, precisamente, e “Electric Funeral”.
Tal como sucede com os Led Zeppelin, há marcadamente um antes e depois dos Black Sabbath na música. A própria banda foi, sendo grande sucesso, outras bandas: The Polka Tulk Blues Band, Polka Tulk e Earth.
Até que a mistura dum clássico de horror da 7ª Arte [“Black Sabbath”, de Mario Bava e com o ícone Boris Karloff] com os escritos do ocultista Dennis Wheatley e um delírio de Geezer Butler, no qual viu uma silhueta negra a olhá-lo dos pés da sua cama, deram origem ao tema “Black Sabbath”, ao álbum do mesmo nome e à maior e mais influente banda de heavy metal de sempre.
Como convém a um álbum lendário, “Black Sabbath” foi arrasado pela crítica mainstream da época. O uso do Trítono, a “Nota do Diabo” era pouco recorrente na música popular, sendo mais famoso nas peças clássicas de tensão saturada – a mais famosa será, provavelmente, o 1º Movimento da 5ª Sinfonia de Beethoven. Contudo, essa harmonização negra tornou-se a pedra angular a partir da qual se erigiu todo um género musical. Nunca um guitarrista no rock havia baixado a sua afinação a Eb, D ou C#.
Ainda no mesmo ano, em 1970, tornaram-se gigantes com “Paranoid” a ecoar com a mesma força das sirenes bélicas de “War Pigs”, o imediatismo do tema-título, o peso das pegadas de “Iron Man”, o experimentalismo de “Planet Caravan” e “Rat Salad”, a expansão do doom metal com “Hand Of Doom”, precisamente, e “Electric Funeral”. E, claro, o groove inimitável de “Fairies Wear Boots”.
Mas, por extraordinários que sejam o álbum homónimo e “Paranoid” (e são verdadeiramente extraordinários), os Black Sabbath haveriam de ser ainda mais decisivos com “Master of Reality”, tendo aí cimentado para a eternidade as fundações do doom, stoner e sludge…
“Paranoid” é um dos álbuns que elegemos na nossa lista de trabalhos obrigatórios na nossa história dos 50 anos do hard rock. Os álbuns, as figuras, o gear e o som. São 150 páginas de mais uma edição histórica de Arte Sonora. PODES ENCONTRÁ-LA NA NOSSA LOJA.