“Colinas”, o novo projecto de Pedro Geraldes e João Vairinhos já tem datas de apresentação ao vivo
Lisboa, Viseu, Porto, Aveiro, Barreiro e Parede recebem o concerto de apresentação do novo projecto que junta Lázaro (Pedro Geraldes) e João Vairinhos.
“Colinas” é o novo álbum que junta Lázaro e João Vairinhos e o resultado já pode ser ouvido na íntegra nas várias plataformas digitais ou em vinil.
Lázaro é o nome adoptado por Pedro Geraldes no seu projecto a solo. Geraldes fez parte dos Linda Martini durante quase duas décadas, colaborou enquanto músico e produtor com vários artistas, de Aline Frazão a Capicua, com quem fundou o projeto de música para a infância Mão Verde. Nos últimos anos, aproximou-se do universo do fado, ao fazer parte da banda que acompanha a fadista Carminho, em digressões pelo mundo e em estúdio. A solo, já enquanto Lázaro, foi lançando um punhado de músicas do seu arquivo de experimentações durante os intensos anos de pandemia, num prenúncio do que agora se concretiza em “Colinas”, o seu primeiro disco em colaboração com o baterista João Vairinhos, músico que actualmente faz parte dos NECRØ e regressou aos LÖBO. Vairinhos colabora ainda de forma mais pontual noutros projectos como Ricardo Remédio, The Youths com Bruno Cardoso (XINOBI), ou The Citadel com João Brito (Devil in Me, Sam Alone & The Gravediggers).
Em comunicado, este novo projecto é apresentado da seguinte forma: “Colinas” é como uma velha cidade. Um disco feito da sedimentação de memórias e mistérios, da sobreposição de camadas de tinta e de patine. É feito de tempo, do tempo que foi preciso para dizer adeus à cidade-mãe, do tempo que a desfigurou, do tempo que trouxe o distanciamento. É nesse hiato que se cria o disco, tendo como matéria-prima um conjunto de gravações feitas numa cidade em iminente transformação, como quem decide partir, levando consigo um velho álbum de retratos para enganar a saudade.
“Colinas” é um processo. Um longo processo de composição, que começou há uma década na recolha de paisagens sonoras de Lisboa e que se estendeu na colaboração de Lázaro e João Vairinhos na composição de um tema para cada colina da cidade e que culminou numa rigorosa labuta de produção e sobreposição de recortes, rock e rasgo. É também um convite ao percurso (por ruelas sinuosas, através do som e da alquimia dos estados de espírito), à viagem (às profundezas do luto, numa reminiscência da cidade que foi e do que deixámos com ela, entre partidas e desencontros), mas também à descoberta (de entusiasmantes caminhos de composição, de surpreendentes paisagens musicais, de novas cidades por inventar).
“Colinas” é rock e cinema, tem noise e deambulação, eletrónica e vozerio de cidade, sintetizadores e flauta de amolador, tem fado e bateria, samples manipulados engenhosamente e tem o dom de transformar os recortes de uma Lisboa evocada, no impacto da música de guitarras. Sendo evocativo, não cai na nostalgia saudosista, nem trilha caminhos batidos, puxando adiante com o entusiasmo do recomeço e da itinerância, misturando tudo. Em baixo dispara o play para ouvir na íntegra.
Os concertos de apresentação ao vivo já estão marcados entre Fevereiro e Maio. Para os concertos de apresentação Colinas tornou-se um trio, com a presença de Claúdio Lago Tavares.
No dia 27 de Fevereiro apresentam-se em Lisboa, no B.Leza, no dia seguinte em Viseu no Carmo’81, no primeiro dia de Março actuam nos Maus Hábitos no Porto, a 5 de Abril no GrETUA em Aveiro, a dia 11 na Sala 6 no Barreiro e por fim no dia 3 de Maio levam “Colinas” até à SMUP na Parede.