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Como teria sido o 9º álbum de Led Zeppelin

Como teria sido o 9º álbum de Led Zeppelin

Nero

Jimmy Page evoca os últimos momentos de John Bonham e as ideias que estava a desenvolver com o baterista, antes da morte deste.

Quando se aproximava o final do épico ciclo de remasterização da discografia de Led Zeppelin, que esteve a cargo de Jimmy Page, o guitarrista lançou um olhar sobre o que poderia ter sido o nono álbum de estúdio da banda. “Presence”, “In Through The Out Door” e “Coda” encerram a série, uma vez mais carregados de outtakes e misturas diferentes das versões finais.

O vocalista, Robert Plant, chegou a afirmar que a letra de “Carouselambra”, no álbum de 1979, “In Through The Out Door”, abordava as tensões nas relações entre si, Page, Bonham e John Paul Jones. Em entrevista à Classic Rock, Page refere que nunca se apercebeu de qualquer tensão entre os membros da banda, que se separou após a morte do baterista John Bonham, em 1980. Page admite que as letras possam referir esse assunto, mas que nunca prestou muita atenção às mesmas: «No início dos Led Zeppelin escrevi algumas letras, mas se me tivesse concentrado nas letras não teria sido capaz de dar tanta atenção às guitarras».

O “Presence” e o “In Through The Out Door” foram gravados em apenas três semanas. Isso é qualquer coisa – precisas de estar no teu melhor

O guitarrista afirma que o ambiente em estúdio era bastante bom e recusa que fosse complicado trabalhar consigo devido ao seu uso de drogas. «Quando necessitava de estar focado, estava mesmo focado. O “Presence” e o “In Through The Out Door” foram gravados em apenas três semanas. Isso é qualquer coisa – precisas de estar no teu melhor».

Após esses dois álbuns a banda esteve prestes a separar-se, devido ao rude golpe do destino que Robert Plant sofreu, com a morte do seu filho, em 1977. Mas a separação só aconteceria mesmo em 1980, com a morte de Bonham. “Coda” foi editado dois anos mais tarde. Page faz uma análise ao que teria sido o possível som do sucessor de “Coda”, se a banda tivesse continuado, falando em temas centrados em riffs e com sons hipnóticos. Ideias que Page lembra ter debatido com Bonham, nas últimas vezes que trabalhou com o baterista: «O John e eu falámos muito sobre isso. Digamos assim, no álbum seguinte o John não iria tocar com vassouras. O John adorava a ideia de algo em que ele pudesse deixar-se ir».

Na edição de 7º aniversário da Arte Sonora, Jimmy Page faz a capa, numa longa entrevista em que fala da reedição de “Physical Graffiti”, das sessões de gravação e dos 40 anos do álbum. Uma entrevista exclusiva em Portugal, que podem ler AQUI.

Foto de entrada cedida pela Warner Music.


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