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Esa Holopainen Disserta Sobre Silver Lake, O Seu Primeiro Álbum a Solo

Esa Holopainen Disserta Sobre Silver Lake, O Seu Primeiro Álbum a Solo

Nero

Com a estreia do álbum “Silver Lake by Esa Holopainen” (já disponível em streaming integral), o guitarrista dos Amorphis fala sobre o seu primeiro trabalho a solo e sobre as suas surpreendentes influências. Ao emsmo tempo, estreou o vídeo para o single “Sentiment”, malha lindíssima cantada por Jonas Renske dos Katatonia.

Foi em Janeiro de 2021 que anunciámos a chegada de Silver Lake. O guitarrista fundador dos Amorphis, Esa Holopainen aproveitou as paragens impostas pela pandemia às rotinas dos Amorphis para concretizar uma velha ambição e gravou o seu primeiro álbum a solo no estúdio Sonic Pump.

De acordo com o músico, mais que um álbum a solo é um projecto alternativo aos Amorphis, pois foi concretizado com vários outros músicos e vocalistas (não que os cantores não sejam músicos). «O projecto intitula-se Silver Lake by Esa Holopainen, e apraz-me anunciar que assinei contrato com a Nuclear Blast, uma escolha óbvia pois trata-se da editora dos Amorphis também e conheço a malta super bem».

Entretanto, o álbum chegou acompanhado de um vídeo para “Sentiment”, depois do vídeo de “Storm” e de “Alkusointu”. “Silver Lake by Esa Holopainen” não apenas vem com os ultra melódicos riffs do guitarrista, mas também com sete dos grandes vocalistas do rock/metal como Jonas Renske (Katatonia), Einar Solberg (Leprous), Björn “Speed” Strid (Soilwork) ou Anneke Van Giersbergen.

O disco também oferece uma boa surpresa para os fãs obstinados do Amorphis. «Queria trabalhar com cantores que respeito muito. Tomi Joutsen – o vocalista de Amorphis – é uma pessoa adorável e um vocalista fenomenal, por isso foi fácil convidá-lo para o meu álbum. Como esperado, o Tomi faz um trabalho brilhante numa das malhas mais pesadas do disco, “In Her Solitude”. Existem algumas surpresas musicais também. Por exemplo, o primeiro single do álbum, “Storm”, apresenta algumas vibrações de guitarra dos anos 80, influenciadas pelos Dire Straits aqui e ali», sorri Holopainen.

Desde 1990, Esa Holopainen tem sido o guitarrista principal da banda dos Amorphis. Graças à beleza melódica de álbuns clássicos como “Tales From The Thousand Lakes”, “Elegy” e “Skyforger”, as magníficas habilidades de Holopainen para criar atmosferas encantadoras e riffs antémicos tornaram-se amplamente conhecidas nomundo do heavy metal.

«Nos últimos anos, tenho escrito muitas músicas e algumas das coisas não soam exactamente como Amorphis. Quando o Nino [produtor] me ligou no final de Março de 2020, já tinha três músicas de Silver Lake com um som decente armazenadas. Estas faixas, intituladas “Sentiment”, “Ray Of Light” e “Promising Sun”, funcionaram como a espinha dorsal para o álbum completo».

Embora a gravação do disco já tivesse começado, algumas decisões importantes ainda estavam em discussão. «No início, não sabia se o álbum seria puramente instrumental ou se haveria vocalistas também. Porém, uma coisa era certa, eu não seria o vocalista», sorri Holopainen, antes de continuar: «Naturalmente, sei que, como compositor, pareço manter sempre estruturas musicais bastante tradicionais – verso, refrão e assim por diante. Por isso, não demorou muito para decidir-me a convidar alguns cantores também. Muitas vezes, quando as pessoas pensam no álbum solo de um guitarrista, fica-se com a impressão de um material técnico com uma grande quantidade de notas tocadas de forma extremamente rápida. Bem, não sou um grande fã desse tipo de música. Sempre que escrevo, quero criar canções interessantes e não apenas palhetar que nem louco».

Algumas malhas mais pesadas e vibrações do Dire Straits já foram mencionadas, mas como Holopainen acrescenta, sobre Silver Lake: «Em primeiro lugar, o álbum é muito diverso. Silver Lake não pode ser realmente comparado aos Amorphis, mas, novamente, há minha impressão digital no material de ambos… Então, não ficarei surpreendido se alguns fãs ouvirem algumas semelhanças aqui e ali. Quero sublinhar que, quando estávamos a trabalhar no material de Silver Lake, não havia limites. Nem um pouco. Como resultado, algumas das músicas são realmente pop e algumas outras são muito pesadas».

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