Feira do Livro do Porto com muitos concertos by Maus Hábitos
Maus hábitos apresenta concertos de bolso na feira do livro e continua a servir cultura à mesa dentro de portas.
Volvidos três meses da sua reabertura, o Maus Hábitos – Espaço de Intervenção Cultural continua a apostar numa programação vasta de actividades na sua sala de espectáculos e agora fora de portas.
Entre 28 de Agosto e 12 de Setembro, o Maus Hábitos promove na Feira do Livro do Porto, um total de 24 concertos que pretendem traçar um retrato do panorama da cena musical da cidade, entrecruzando gerações e géneros musicais. Do fado ao rock, do hip hop à pop, da electrónica às sonoridades mais experimentais, nomes como Osso Vaidoso, Angélica Salvi, Baleia Baleia Baleia, Keso, White Haus, Peixe, João Pais Filipe e Retimbrar, passarão pelo terreiro da Casa do Roseiral. O arranque deste ciclo de Concertos de Bolso, com entrada gratuita, é dado nesta sexta-feira, 28, com as actuações de aquilo que vocês quiserem, às 19h e S. Pedro às 19h45.
A entrada é gratuita, mas está sujeita a levantamento de bilhete no acesso ao Terreiro do Roseiral, 1h30 antes do início de cada concerto. Entrega limitada a dois bilhetes por pessoa, até à lotação do espaço (120 lugares).
Já dentro de portas, também com entrada gratuita, as terças (1, 8, 15, 22, 29) continuam a dar voz a Ana Deus e os seus improvisos literários e sonoros e as quartas (2, 16, 23 e 30) voltam a ser de cinema, em parceria com o Porto Femme – International Film Festival, numa antecipação da 3ª edição do festival, que decorre de 6 a 8 de Outubro no Porto. Nas quatro sessões, serão apresentados filmes que estiveram em competição desde a primeira edição e que regressam, pela primeira vez desde que foram exibidos no festival, à sala do Maus Hábitos.
Na rubrica Sons à Mesa, a 17 de Setembro, o Maus Hábitos recebe a linguagem experimental e electrónica de KRAKE, o projecto a solo do baterista e percussionista Pedro Oliveira (Kafka, Green Machine, Peixe:Avião), e a 24, a fusão eletrónica-rap-baile funk do brasileiro Frankão sob o alias O Gringo Sou EU. Já na rubrica Comédia à Mesa, Ricardo Couto traz novos convidados, preenchendo as noites de sexta-feira com o que de melhor se vai criando ao nível deste circuito em clara expansão nacional. Os bilhetes para ambas as tipologias de espectáculo incluem um menu de snacks e custam 10€ por pessoa (ficando disponíveis à venda na Loja Online do Maus Hábitos a partir de 30 de Agosto).
Depois de um primeiro mês com a lotação praticamente esgotada, as noites de sábado continuam a ser guiadas pelo fadista Miguel Bandeirinha que, este mês, convida Cristina de Sousa (5), Gina Santos (12), Helena Carvalho e Ricardo Monteiro (19) e Carla Cortez (26) para estas sessões de Fado à Mesa, que incluem jantar com um menu especial, pelo valor de 22€ por lugar (bilhetes à venda na Loja Online do Maus Hábitos, a partir de 30 de Agosto). Por sua vez, as tardes de Hábitos de Esplanada, também aos sábados, em Setembro, recebem os DJ sets, com entrada gratuita, de Ghetthoven (5), NOIA (12), Lessa (19) e Carolina – Shuggah Lickurs (26).
Setembro marca ainda a inauguração de novas exposições, no âmbito da programação artística da Saco Azul Associação Cultural. A “Murmurar na Noite” de Sebastião Resende, patente na Mupi Gallery do Maus Hábitos até dia 9, sucede “Não se ouve um ai” de Valter Vinagre, também do ciclo “Poético ou Político?”, com curadoria de João Baeta, e cuja abertura acontece a 10 de Setembro, a partir das 19h.
Já a sala de exposições, entre 11 de setembro e 11 de outubro, acolhe “da serra e da terra”. Com curadoria dos artistas Daniel Moreira e Rita Castro Neves, também responsáveis pelo desenho expositivo, a exposição apresenta obras em vídeo, texto, cerâmica, escultura em madeira e desenho de cinco artistas de diferentes gerações e geografias de Portugal – Alice Geirinhas (Évora, 1964), José de Almeida (Macieira, São Pedro do Sul, 1930), Maria Lino (Feital, Trancoso, 1944), Pedro Saraiva (Lisboa, 1952) e Tânia Dinis (Vila Nova de Famalicão, 1983) – em torno de um discurso sobre a serra e a terra que parte do universo original e único de cada um dos intervenientes. A entrada é livre.