Fotoreportagem: Green Lung levaram o seu folklore de peso ao LAV na companhia de Unto Others e Satan’s Satyrs
Já bem estabelecidos na cena doom e stoner, os Green Lung mostraram que merecem estar em palcos maiores como o LAV, conquistando sem esforço um público rendido à sua alquimia musical.
Nos tempos que correm, os britânicos Green Lung e os norte-americanos Unto Others estão entre as mais interessantes propostas que o rock pesado contemporâneo tem para oferecer e, com álbuns novos para promover na bagagem, estas duas muito aplaudidas bandas fizeram-se à estrada numa digressão conjunta. Em palco estiveram também Satan’s Satyrs.
Em Portugal, actuaram no Lisboa Ao Vivo, no dia 28 de Fevereiro, e a lente da Arte Sonora esteve lá.
Oriundos da Virgínia, Satan’s Satyrs combina rock’n’roll, stoner e psicadelismo de forma exemplar, conquistando uma crescente notoriedade no underground desde a sua formação em 2010. Com um som fortemente enraizado na tradição do rock clássico, a banda, liderada pelo talentoso vocalista e guitarrista Clayton Burgess, funde influências que vão do punk ao heavy metal, mantendo sempre uma energia explosiva. O seu mais recente álbum, “Saints & Sinners”, foi lançado em 2021.
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A lente da Arte Sonora esteve presente no concerto de apresentação, em Lisboa, do novo álbum dos Obscura, "A Sonication".
A dividir o protagonismo com Green Lung nesta digressão, encontramos os Unto Others, banda de Portland, que tem conquistado reconhecimento global graças à sua fusão única de rock gótico e heavy metal. Formado inicialmente como Idle Hands, o grupo adoptou o nome atual em 2020, ano em que lançou o aclamado álbum “Strength“. Com riffs intensos, melodias envolventes e refrões marcantes, o quarteto liderado por Gabriel Franco apresentou um concerto poderoso e compacto onde ouvimos malhas como “Can You Hear The Rain”, “It Doesn’t Really Matter”, “Give Me To The Night” e “Heroin”.
Os Green Lung subiram ao palco rodeados por figuras sombrias, com destaque para o imponente Ooser de Dorset, uma máscara tradicional de madeira originária do sul de Inglaterra. É neste cenário místico que a banda transporta o público para uma viagem mitológica através do folclore esotérico britânico. Em plena ascensão, os Green Lung conquistaram sem esforço o público do LAV, que se entregou à sua alquimia musical. Prova disso são faixas como “Maxine (Witch Queen)”, “Woodland Rites”, “Let the Devil In” e “One for Sorrow”. Apesar de não lançarem um novo álbum desde 2023, a expectativa para o sucessor de “This Heathen Land” é alta, num futuro que promete grandes conquistas.
