Fotoreportagem Vilar de Mouros 2023: Limp Bizkit, Enter Shikari, The Last Internationale e Xutos e Pontapés
O CA Vilar de Mouros 2023 começou a 23 de Agosto com os Limp Bizkit e os Enter Shikari como as grandes atrações do dia.
O Festival Vilar de Mouros regressou! Durante vários meses chegámos a temer que este ano não iria haver o mítico Vilar de Mouros, tal era o atraso no anúncio de bandas face aos outros eventos de música que também decorrem em Portugal.
Mas as coisas começaram a tomar outro rumo quando, há sensivelmente dois meses, foram finalmente anunciadas as datas e os artistas da edição de 2023. Com uma imagem renovada, devido ao novo name sponsoring, o Crédito Agrícola, o cartaz deste ano destacou-se por apresentar um conjunto de bandas que apela, maioritariamente, a uma faixa etária de festivaleiros e melómanos que cresceram na segunda metade dos anos 90 e princípios de 2000.
Na primeira noite do festival subiram ao palco os portugueses Micomaníacos e Xutos e Pontapés, os norte-americanos (com uma costela portuguesa) The Last Internationale e as grandes atrações da noite, os Limp Bizkit, que não tocavam em Portugal desde 2012, e os Enter Shikari, cuja a última atuação em terras nacionais tinha sido em 2013. A lente da Arte Sonora esteve presente no festival pelo olhar de Teresa Mesquita.
Uma aposta em Xutos e Pontapés é sempre ganha. Não surpreendem, mas também não desiludem. A máquina está oleada e esperamos que continue por muitos e bons anos.
Num set de 1h10m, os Limp Bizkit apresentaram um alinhamento em formato best of onde não faltaram os clássicos “My Generation”, “Rollin’ (Air Raid Vehicle)”, “Nokkie” e “Break Stuff” e as covers “Thieves” dos Ministry, “Heart Shaped Box” dos Nirvana e a já tanto dos Limp Bizkit, como dos The Who, “Behind Blue Eyes”. Contudo, o momento alto da noite foi mesmo a performance de “Full Nelson” onde um fã, de seu nome Márcio Gomes, subiu ao palco para dar tudo ao microfone. A história tinha começado na segunda feira, dia 21, quando Márcio encontrou Fred Durst e Wes Borland à chegada ao Aeroporto do Porto, onde registou o momento com uma foto. Quando chegou o dia do concerto Márcio levou um cartaz a perguntar se podia cantar a “Full Nelson” com os Limp Bizkit. Wes Borland reparou no cartaz e reconheceu Márcio e disse a Fred Durst que era «o tipo do aeroporto.» A banda lá acedeu ao pedido e Márcio subiu então ao palco para entregar uma performance repleta de entrega e carisma.
Já os Enter Shikari vieram apresentar o novo álbum “A Kiss for the Whole World” com faixas como “(pls) set me fire”, “A Kiss for the Whole World x”, “Bloodshot” e “It Hurts”. Ainda assim, ao longo de 1h de atuação não esqueceram clássicos como “Labyrinth”, “Sorry You’re Not A Winner”, “Havoc B” ou “Juggernauts”.
The Last Internationale, a banda Norte Americana mais portuguesa, aborda temas bastante políticos, como a guerra, a classe operária ou abusos de poder, e prometem mensagens de esperança nas suas letras revolucionárias. Delila Paz e Edgey Pires já nos habituaram aos seus energéticos concertos e menos não esperamos. Em Vilar de Mouros ofereceram aquela entrega ao público que já conhecemos e não faltou um “Grândola Vila Morena”, que também começa a ser uma das canções obrigatórias nos seus concertos em Portugal.