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Mimo Festival 2024: Leyla McCalla, Arnaldo Antunes & Vitor Araújo, Newen Afrobeat e A Cor do Som estão confirmados

Mimo Festival 2024: Leyla McCalla, Arnaldo Antunes & Vitor Araújo, Newen Afrobeat e A Cor do Som estão confirmados

Comunicado de Imprensa
José de Holanda

Os novos nomes confirmados no Mimo Festival em Amarante são Leyla McCalla, Arnaldo Antunes & Vitor Araújo, Newen Afrobeat com o nigeriano Dele Sosimi, e A Cor do Som convida Carminho.

O cartaz do festival gratuito Mimo Amarante continua a crescer. Desta vez, respondem à chamada Leyla McCalla, Arnaldo Antunes & Vitor Araújo, os chilenos Newen Afrobeat, que convidam o nigeriano Dele Sosimi para vir a Amarante e o icónico grupo vencedor do Grammy Latino A Cor do Som, que traz Carminho.

Estas confirmações juntam-se a Marcelo D2, Fatoumata Diawara, Dino D’Santiago e Femi Kuti & The Positive Force, fortalecendo ainda mais a ideia de uma programação multigénero e diversificada.

O super coletivo chileno Newen Afrobeat foi criado em 2009 pelo cantor e compositor Nicholás Urbina e é a banda pioneira e mais respeitada do afrobeat da América Latina. Com presença frequente nos principais festivais do mundo, conquistou também espaço nas cenas de world music, jazz e música afro-latina, ao longo do tempo. Celebra, agora, os 15 anos de trajetória com o quinto álbum, “Grietas”, que avança para uma renovação de sonoridade e procura inserir novos ingredientes ao género convencional criado por Fela Kuti, convidando para participações grandes artistas de origens, estilos e perspetivas culturais distintos para o novo álbum, como o brasileiro Chico César, a consagrada jovem colombiana Lido Pimienta e o nigeriano Dele Sosimi – que atuou como teclista de Fela Kuti no mítico Egypt 80 e que foi um dos fundadores da banda The Positive Force – e que será o convidado especial da banda no espetáculo no MIMO Amarante 2024.

Com mais de quatro décadas de carreira, o grupo vencedor do Grammy Latino 2021 na categoria de Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa, A Cor do Som sobem ao palco do Mimo Amarante trazendo novidades e sucessos que marcaram a sua carreira.

Trata-se de um caso raro de grupo que se mantém unido até aos dias de hoje e que se tornou uma referência obrigatória da música brasileira, sobretudo depois de criar temas consagrados que marcaram gerações e liderarem os tops das rádios. São seus clássicos como “Menino Deus”, “Abri a Porta”, “Palco”, “Zanzibar”, “Beleza Pura” e “Semente do Amor”, incluídos em bandas sonoras de novelas da TV Globo.

Parcerias com Moraes Moreira e Fausto Nilo e composições feitas especialmente para o grupo A Cor do Som por Caetano Veloso e Gilberto Gil, garantiram entradas diretas e pela porta grande em emissoras de rádio e TV, culminando em espetáculos esgotados por todo o Brasil. O álbum comemorativo dos 40 anos de carreira ilustra bem as credenciais deste super grupo e contou com participações dos artistas Caetano Veloso, Daniela Mercury, Moraes Moreira, Gilberto Gil, Roupa Nova, 14 Bis, Lulu Santos, Natiruts, Djavan, Paulinho Moska, Samuel Rosa e Flávio Venturini.

Nascida em Nova York, a cantora, compositora e notável multi-instrumentista, filha de pais imigrantes haitianos e activistas, redescobriu suas raízes ao se radicar em Nova Orleans. Influenciada pela música crioula, o jazz e o folk, adotou o violoncelo como principal instrumento, num estilo muito próprio. Cantando em francês, crioulo haitiano e inglês, Leyla McCalla também toca banjo tenor e guitarra, e desperta atenção por sua voz profunda e comovente.

A artista vem ao MIMO Amarante lançar o seu quinto álbum de estúdio, o aguardado “Sun without the heat”, um trabalho divertido e alegre, ao mesmo tempo que carrega a dor e a tensão da transformação. Nele, McCalla consegue equilibrar peso e leveza com melodias e ritmos extraídos de diversas formas de música afro-diaspórica, incluindo Afrobeat, modalidades etíopes, tropicalismo brasileiro e folk e blues americano. Leyla é uma cantora humanista e para ela as letras são tão importantes quanto a música. Em “Sun without the heat”, a artista incorpora escritos de pensadoras feministas negras afro-futuristas, como Octavia Butler, Alexis Pauline Gumbs e Adrienne Maree Brown.

“Lágrimas no mar” é o momento mais lírico da carreira a solo do músico, poeta, compositor e artista visual brasileiro Arnaldo Antunes (ex-Titãs). Traz o repertório do álbum homónimo que se transformou num reencontro apoteótico do artista com o seu público. Em formato voz e piano, o concerto soma a obra de um dos principais compositores da música pop brasileira, marcado por influências pós-modernas, com o virtuosismo do pianista pernambucano Vitor Araújo. Arnaldo, sempre ávido por se conectar com artistas de géneros e gerações distintos, encontrou em Vitor mais do que apenas um parceiro musical. Encontrou um jovem talentoso e sensível, alguém com quem dividir o seu particular universo, a alma e a matéria. Em “Lagrimas do Mar”, Vitor Araújo é o responsável por todos os arranjos.

Os artistas sobem ao palco para executar um setlist que parte da introspecção, mas que, em contacto com o público, ganha dimensões de sentimento compartilhado, onde a música se mistura com poemas entoados e projeções multimédias. Apresentam canções minimalistas como “Socorro”, “Manhãs de love”, parceria de Arnaldo com Erasmo Carlos e hits como “Vilarejo”, dos Tribalistas e “Como 2 e 2”, de Caetano Veloso, além de composições de outras fases da carreira de Arnaldo Antunes.