Linda Martini: Assiste à comemoração dos 20 anos “M*rda & Ouro” na RTP Palco
Já podes na ver na íntegra na RTP Play, a celebração dos 20 anos de uma das melhores bandas da música portuguesa contemporânea, os Linda Martini.
Em 2023, os Linda Martini anunciaram concertos de comemoração de 20 anos de carreira, de muita merda e ouro. Na eterna equação entre espaço e tempo, os concertos dos Linda Martini sempre desafiaram a lógica da física. Afinal, sempre que sobem a um palco, o espaço torna-se infinito e o tempo elástico. Basta assistir a um espetáculo da banda para o perceber.
Agora, através da RTP Palco, na RTP Play, podes assistir a um filme realizado por Ana Viotti com imagens desses concertos de celebração, em Lisboa e no Porto, que decorreram a 10 de Fevereiro no LAV, e a 11 de Fevereiro no Hard Club.
Na altura essas datas foram anunciadas da seguinte forma: «2022 foi um ano estranho e intenso para nós. Com o Rui (aka Filho da Mãe) encontrámos uma renovada vontade de estarmos juntos em cima de um palco e fora dele. É por isso natural o que temos para vos contar: ele disse sim! Não somos um trio, somos o Rui, o André, a Cláudia e o Hélio; e estamos com muita vontade de nos fecharmos numa sala, às cabeçadas, para encontrar música nova. Enquanto esse dia não chega, e porque em 2023 fazemos 20 anos de banda, queremos celebrar esta data redonda convosco, com dois concertos especiais que darão início à tour ‘Merda & Ouro”.»
Essa magia foi também, recentemente, replicada em disco, num vinil duplo que condensa 20 anos de carreira em pouco mais de uma hora. “Merda e Ouro”, assim se chama, é também o primeiro álbum ao vivo dos Linda Martini e reúne as gravações desses concertos de abertura da digressão com o mesmo nome.
O áudio e o alinhamento do filme “Linda Martini: M*rda & Ouro – 20 anos” são idênticos ao vinil duplo já está disponível nas lojas habituais.
No início do filme podemos ler: «Há 20 anos, na cozinha dos pais do André, decidimos chamar a isto Linda Martini. Longe de ser uma escolha consensual, e alvo de moderada contestação interna, o nome de uma rapariga italiana amiga do Pedro tinha a seu favor o (agora óbvio) facto de ser muito mais memorável do que o nome escrito a marcador nos CDr dos primeiros ensaios: “Primavera dos Monstros”. Houve muita merda. Coisas que aleijaram, algumas que já nem nos lembramos e outras que preferimos não recordar. Houve discussões, separações, mal entendidos, desaparecidos, dentes partidos, sobrolhos abertos, gritos e egos feridos. Não por esta ordem e nunca em simultâneo, ou talvez não tivéssemos chegado aqui. E no meio, a peneira. Passámos horas infindáveis a peneirar terra à procura de ouro. O velho truque de fazer aparecer uma canção onde antes só existia silêncio. Parece fácil, nos raros momentos onde avistamos a sua forma. E há risos e abraços e beijos irremediáveis porque a única verdade no meio disto tudo é o gozo que temos em fazer música juntos. Somos o André, o Hélio, o Sérgio, a Cláudia, o Pedro e o Rui. Tocar nesta banda é uma coisa maior do que qualquer um de nós e 20 anos depois ainda não percebemos como é que estas canções, que nos saíram tão pequeninas do quarto e da sala de ensaios, cabem na boca de tanta gente. Obrigado por estarem desse lado.»
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