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Fotoreportagem: Cigarettes After Sex na MEO Arena, Do Minimalismo Afrodisíaco ao Êxtase

Fotoreportagem: Cigarettes After Sex na MEO Arena, Do Minimalismo Afrodisíaco ao Êxtase

Rodrigo Baptista
Inês Barrau

Banda de culto no universo musical do dream pop, os Cigarettes After Sex seduziram uma MEO Arena quase esgotada com as suas melodias etéreas e uma performance intimista e minimalista, provando assim a velha máxima de que menos é mais.

Descrever a música dos Cigarettes After Sex (CAS) é uma tarefa que pode dar azo a uma multiplicidade de expressões. Música para dormir em conchinha, música para sonhar acordado ou cafuné sonoro são algumas das designações que encontramos para caracterizar as músicas da banda de El Paso, Texas. Apesar da sua simplicidade estrutural, estas são composições ricas em apontamentos melódicos e líricos que surgem através de uma combinação de fatores, entre eles a articulação dos efeitos de guitarra de delay e reverb, provenientes de um Boss DD-3 Digital Delay e de um Neunaber Stereo Wet Reverb, e o timbre vocal suave, quase sussurrado, e de cariz andrógeno de Greg Gonzalez, que o diferencia de todos os seus pares.

Formalmente um power trio, ou melhor, um soft trio, Gonzalez completa a moldura sonora dos Cigarettes After Sex  com o baixista Randall Miller, que aqueceu a MEO Arena com os seus graves abafados, provenientes de um Gibson Thunderbird , e com o baterista Jacob Tomsky, que demonstrou todo o seu feeling e sensibilidade num kit reduzido, composto apenas por um bombo, uma tarola, um hi-hat e um ride.

Nesta que foi a sua sexta passagem por Portugal, os CAS trouxeram na bagagem o seu terceiro álbum de estúdio “X’s”, editado em Julho de 2024. Com a banda a assistir a um crescimento de popularidade e ao crescimento da sua base de fãs, esta foi também uma tour que marcou a transição entre os concertos da banda em salas de média dimensão (recordem-se que a última vez que os Cigarettes atuaram em Lisboa tinha sido em 2017, no Coliseu dos Recreios, inseridos na programação do festival Vodafone Mexefest) para arenas com mais de 10 000 pessoas. Ainda assim, os CAS não se sentiram tentados em engrandecer o seu espetáculo e mantendo-se fiéis à sua filosofia, proporcionaram-nos um concerto minimalista no que diz respeito aos efeitos visuais e luminosos, com os tons preto e branco a dominarem o aparato cénico, como é já usual.

LÊ A REPORTAGEM COMPLETA AQUI.