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Lisboa Soa oferece várias experiências sonoras gratuitas em Agosto

Lisboa Soa oferece várias experiências sonoras gratuitas em Agosto

Comunicado de Imprensa
Lisboa Soa

Instalações sonoras, performances e workshops de educação e exploração auditiva irão estar acessíveis ao público – a todos os públicos – entre 24 e 27 de Agosto.

Definindo-se como um festival de arte sonora, ecologia e cultura auditiva, o Lisboa Soa procura valorizar a criação artística contemporânea, atribuindo-lhe um contexto social e ecológico, de intervenção direta no espaço e fomentando a participação de diferentes públicos através da fruição de instalações e performances sonoras, da participação em oficinas de educação auditiva, de encontros e caminhadas focadas no sentido da audição.

A edição deste ano vai decorrer, pela primeira vez, no Quartel Largo Residências, o antigo quartel da GNR no Largo Cabeço de Bola, e regressa ao espaço das Carpintarias de São Lázaro, por onde já passou na edição anterior.

Esta será uma edição que ficará marcada por um reforço do número de oficinas que se traduz num aumento exponencial da vertente educativa disponível ao público. Iremos navegar entre ondas sonoras que revelam as diferentes camadas invisíveis do mundo e que convidam o nosso corpo a experienciar o espaço, estimulando a escuta e desafiando a sensibilidade do público perante fenómenos tantas vezes impercetíveis.

O Lisboa Soa convida-nos a mergulhar nesta experiência transformadora, em que a cidade revela a sua paisagem sonora oculta, diversa, em constante mutação.

Esta edição do Lisboa Soa parte da ideia de Multipli.Cidades, procurando destacar a importância de abraçar as diferenças e promover a coexistência entre comunidades, humanas e não humanas, dentro dos espaços urbanos.

O festival inspira-se em espaços públicos que não são apenas ecologicamente conscientes, mas também socialmente justos e inclusivos. É esta a proposta do Lisboa Soa para o Quartel Largo Residências e as Carpintarias de São Lázaro nos dias 24 e 27 de Agosto: criar um espaço coletivo que possibilita a experiência sonora, mas também multissensorial, em ligação íntima com a cidade nas suas múltiplas cidades dentro.

Sentir o toque invisível do som, é a experiência que Stefanie Egedy proporciona numa instalação sonora à qual ninguém vai ficar indiferente. De 24 a 27 de agosto, no Quartel Largo Cabeço de Bola. De França, Vincent Martial traz-nos uma forma diferente de compor música utilizando velas e matéria em combustão. Flores, madeira, sal e uma multiplicidade de materiais são bloqueados em camadas na cera para produzirem o seu som de forma temporal através do efeito do fogo. Crackling Songs, de 24 a 27 de agosto, no Quartel Largo Cabeço de Bola.

Neste mesmo espaço, Cláudia Guerreiro irá apresentar uma instalação audiovisual em colaboração com Rui Carvalho (Filho da Mãe), um desenho em movimento que é uma escavação em tempo real que procura a luz, construindo e desconstruindo, escavando como se de uma gruta se tratasse. Marta Zapparoli apresenta a instalação e performance Interdimensional Generated Space, a partir de antenas que captam a rede invisível de comunicação sem fios e de alta frequência que atravessa o nosso corpo no dia a dia. Estas ondas de rádio são a representação do “Outro que-não-o-humano” e uma porta aberta para a consciência da multiplicidade do nosso ambiente urbano.

O artista libanês Tarek Atoui apresenta uma performance a solo que reúne material sonoro étnico variado e sons eletrónicos sintetizados com o seu próprio software e interfaces. Durante esta performance, materiais e corpos expressam-se mutuamente até que todos os limites geográficos, temporais e físicos entrem em colapso. The Crossing às 23h nas Carpintarias de São Lázaro. Também nas Carpintarias de São Lázaro, Rudolfo Quintas apresenta a exposição Darkless – A journey of Acoustic Embodiment, onde reúne, pela primeira vez, um conjunto de instalações imersivas e interativas, entre as quais “Black hole” e uma nova versão interactiva e lumínica da obra “Can I Hear You Dance?”, o filme “SONIAL” e o workshop “Blind Sounds”,  permitindo um olhar alargado sobre esta investigação artística em que o artista colabora com pessoas cegas em processos de criação nas artes digitais, envolvendo inteligência artificial e realidade virtual.

Lula Pena apresenta-se num registo bastante diferente do habitual. A poeta, compositora e artista visual portuguesa desenvolve atualmente um trabalho exploratório intermedia e interespécies. A 27 de Agosto, pelas 19h no Quartel Largo Cabeço de Bola, fará soar a composição sonora abrir o concreto para que o espontâneo brote, e o concreto se escute, um diálogo entre Planta e Humano, em que a artista abraça o terreno da incerteza e o tempo da escuta.

Durante esta edição, o festival lança a sua primeira edição discográfica, Sounds Within Sounds, um álbum editado pela label portuense Crónica Eletrónica, que resulta de uma encomenda feita pelo Lisboa Soa a quatro artistas portugueses, que mergulharam no arquivo sonoro do festival e dele criaram novas interpretações e significados.

Podes consultar o programa educativo em: www.lisboasoa.com