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“Lisboa Soa” regressa em Setembro com novo formato

“Lisboa Soa” regressa em Setembro com novo formato

Redacção

Em 2020, o “Lisboa Soa” regressa à cidade entre os dias 24 e 27 de Setembro com um novo formato: várias instalações sonoras estarão alocadas pela cidade Lisboa, celebrando a paisagem sonora de uma Capital que se quer cada vez mais verde.

Também a linha da programação do “Lisboa Soa” ajustou-se a estes tempos extraordinários, e pela primeira vez o programa contempla projectos seleccionados por “open call”. Sob a temática de “A Viagem” o “Lisboa Soa” procura promover «o apoio à criação de arte sonora e às artes exploratórias pensadas em sintonia com as questões ambientais que são, desde o início, o foco das nossas intervenções no espaço público», afirma Raquel Castro, diretora artística.  “Lisboa Soa” assenta, explora e sublinha o papel da escuta em pleno século XXI, sublinhando a importância dos espaços de reflexão, particularmente num momento em que urge redesenhar hábitos e costumes do comportamento humano, a um nível global.

«No “Lisboa Soa”, sempre acreditámos na importância da escuta e no papel da arte sonora para estimular um sentido que é quotidianamente massacrado pela vida contemporânea. Não é apenas o ruído que nos ocupa, mas o som no sentido lato, o som como recurso para entender o ambiente, o som como unificador e espaço partilhado, o som como elemento identitário dos lugares que habitamos, o som como elemento de fruição estética e de prazer.» avança Raquel Castro. «É inegável o efeito avassalador da pandemia no ambiente em geral e no sonoro em particular. Todos os dias nos chegam dados que dão conta de uma diminuição dos níveis de poluição e emissão de gases e são incontáveis os relatos de quem está a experienciar um ambiente sonoro muito distinto ao ouvir sons naturais até aqui mascarados pelos sons da produção e mobilidade humana.»

Sublinhando a relevância do programa “Lisboa Capital Verde”, o “Lisboa Soa 2020” apresenta projectos que enaltecem a importância do meio ambiente na forma como escutamos. Em “Echoplastos” de Henrique Fernandes e Tiago Ângelo, o som é moldado por materiais “tóxicos”; na instalação “Woodpeckers”, do artista residente em Berlim, Marco Barotti, vários pica-paus mecânicos transformam em tempo real as radiações invisíveis, usadas para comunicação móvel e tecnologia sem fio, em padrões de percussão acústica audíveis e visíveis; outro nome pioneiro nos estudos sonoros, Kaffe Mathews (UK), estreia mundialmente a partir de Lisboa o seu novo projecto “Environmental Bikes”, em que uma bicicleta transmite som e música a partir da qualidade do ar que um ciclista percorre.

O “Lisboa Soa” apresenta, em 2020, um total de 12 instalações sonoras, 6 seleccionadas por “open call”, que serão alocadas em pontos nevrálgicos da cidade de Lisboa proporcionando uma experiência auditiva única a cada espectador. A programação deste ano contempla, ainda, uma série de 13 “performances”, que terão lugar ao longo dos 4 dias do festival em diferentes espaços da cidade. De sublinhar 2 passeios sonoros e, pela primeira vez, o Lisboa Soa irá também experimentar o formato online, com uma masterclass de Ellen Fulman, um concerto imersivo de Francisco López, um workshop de Deep Listening por Ximena Alárcon e uma mostra de filmes de Mikhail Karikis.

Para mais informação, clica aqui.

PROGRAMAÇÃO

24 de Setembro
Terraço EPAL 18h30 |
Nuno Veiga e Yola Pinto “Uníssono”
Garagem EPAL 19h30 | Nuno Rebelo e Constanza Brncic “Se Se Desse um Corpo ao Bulício”

25 de Setembro | Jardim do Goethe
18h00 |
Luís Antero e João Lourenço (do) Rural
18h30 | Adriana Sá e John Klima “Lugar Elástico”
 19h30 | Vitor Joaquim e João Silva “The Construction of Time”

 26 de Setembro
Pátio da Galeria Monumental 11h00 | Fernando Mota “Concerto para uma Árvore”
Jardim Bordalo Pinheiro (Museu da Cidade) 14h30 | Francisca Marques e Inês Pereira “Organismus Kathársis II”
Pavilhão Branco, Museu da Cidade 17h00 | Vitor Rua “Sonosfera Zero”
Panteão Nacional 21h00 | Diogo Alvim e Matilde Meireles “Campo Próximo”
Panteão Nacional 22h00 | Angélica Salvi e João Pais Filipe

27 de Setembro | Estufa Fria
17h00 | Raw Forest “Avalon” (2001)
18h00 | Gabriel Ferrandini Estufa Fria de Lisboa
19h00 | Joana Sá e Luis J. Martins “Folio I. (catálogo poético)”

INSTALAÇÕES

24 a 27 de Setembro | 10h – 18h30
ColectivoSuspeito “Compasso Incerto” Centro de Interpretação da Estufa Fria de Lisboa
Eunice Artur “mysticeti” Estufa Fria de Lisboa
Gonçalo Alegria “Coro ” Estufa Fria de Lisboa
Nuno da Luz “Corpo Clima” Jardim do Torel
Nuno Mika “Non-Place” Garagem EPAL
Sara Anjo “llhas – uma constelação” Reservatório da Patriarcal
Henrique Fernandes e Tiago Ângelo “Echoplastos” Palácio Sinel de Cordes, Trienal de Arquitetura de Lisboa
Marco Barotti “Woodpeckers” itinerante
Marco Barotti “Clams” Estufa Fria de Lisboa
Ana Água, Carmo Rolo e Ricardo Guerreiro “Lisboa Sem Título” Largo da Severa
KaffeMathews “Environmental Bikes” Campo Mártires da Pátria
GilDelindro | “Fictional Forests” local a anunciar

PASSEIOS SONOROS

26 de Setembro
Álvaro Fonseca e Francisco Pinheiro “O que estão a ouvir, não é o que eu estou a ouvir” 10h
lotação 15 pax – duração 2h30 – passeio circular

Domingo 27 de Setembro
Margarida Mendes “Water Walk” 10h
lotação 15 pax – duração 1h30

+ info e inscrições: lisboa soa@gmail.com

WORSHOPS ONLINE
 24 Setembro
21h30 | Ellen Fullman “Sympathetic Resonances”

25 Setembro
21h30 | Francisco López “VirtuAural Self-Immersion” Live Streaming Binaural Headphone Concert

26 Setembro
11h30 | Ximena Alarcon “Deep Listening Online Workshop”

27 Setembro
15h30 | Mikhail Karikis “Mostra de filmes seguida de debate”


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