O MEO Kalorama anunciou vários nomes de uma assentada, mas uma das grandes confirmações é, sem dúvida, Siouxsie Sioux.

Considerada por muitos como uma das artistas simultaneamente mais influentes e dissidentes da cena pós-punk londrina dos meados dos anos 1970, a artista nascida Susan Ballion, em Londres, a 27 de Maio de 1957, alcançou um sucesso quase imediato em terras de Sua Majestade com os seus Siouxsie and the Banshees (1976–1996), praticantes de um som obscuro e vanguardista, tendo ainda formado os The Creatures, que operaram entre 1981 e 2005. Era o início do rock gótico.

Dos 11 discos da carreira, sete álbuns de estúdio dos Siouxsie and the Banshees foram editados durante os anos 1980. Foram sempre um pouco estranhos demais para se tornarem êxitos esmagadores, mas, no que toca a objectivos artísticos, poucos artistas se aproximaram da imagem desafiante e sombria de Siouxsie Sioux e das suas qualidades musicais. As suas canções foram reimaginadas por nomes tão distintos como Jeff Buckley (“Killing Time”, dos The Creatures), Tricky (“Tattoo”, Siouxsie and the Banshees) e LCD Soundsystem (“Slowdive”, Siouxsie and the Banshees) e os seus discos serviram de inspiração para gente como os Joy Division, The Cure, Depeche Mode, The Smiths, Massive Attack, Radiohead ou PJ Harvey.

Sem os seus álbuns como legado e a sua longa história com os The Banshees, o género nunca teria sido compreendido. Algumas das bandas mais importantes da história, como U2, The Cure e os The Smiths, foram inspiradas pela sua essência gótica do rock, pós-punk. Siouxsie regressa em nome próprio às atuações e actua em Lisboa num concerto único, no âmbito do Festival MEO Kalorama.

MEO Kalorama, que decorre a 31 de Agosto, 1 e 2 de Setembro, no Parque da Bela Vista, em Lisboa,