Nova Espécie Anfíbia Descoberta Chamada Led Zeppelin

25 Junho, 2021

Investigadores nas montanhas nebulosas dos Andes equatorianos descobriram uma nova espécie de sapo e deram-lhe o nome da pioneira banda britânica de rock Led Zeppelin. Se não for devidamente protegido, o pequeno anfíbio pode brevemente subir a Stairway to Heaven…

Pristimantis ledzeppelin, o seu nome académico, foi encontrado pelos cientistas David Brito-Zapata e Carolina Reyes-Puig, na Cordillera del Cóndor, que se estende pelo sudeste do Equador e nordeste do Peru. O sapo, que tem olhos vermelho-cobre e uma pele mosqueada, amarela, castanha, preta e laranja, é um membro do vasto e em rápida expansão género Pristimantis.

O género compreende 569 espécies – 28 das quais foram descritas no Equador só nos últimos dois anos. A nova descoberta é relatada na revista Neotropical Biodiversity e no website do Instituto Nacional de Biodiversidade do governo equatoriano.

Brito-Zapata e Reyes-Puig disseram que todos os espécimes tinham sido encontrados «em vegetação arbustiva em redor de riachos dentro de floresta madura, onde se empoleiraram em folhas de arbusto», entre 1,7 metros e 3 metros acima da água. Os machos da espécie crescem até cerca de 2,4cm de comprimento, enquanto uma fêmea adulta foi encontrada a medir 3,6cm do focinho ao respiradouro.

«O nome honra Led Zeppelin e a sua extraordinária música», explica a dupla na revista. «Foi uma banda de rock britânica formada em Londres, em 1968, as mais influentes ao longo dos anos 70 e progenitores tanto do hard rock como do heavy metal».

Os cientistas advertem que os Pristimantis ledzeppelin correm o risco de extinção, uma vez que a rica biodiversidade do seu habitat está ameaçada pela agricultura, exploração madeireira, mineração, doenças e a emergência climática. Notam também que é pouco provável que a espécie se desloque para outro local e que necessitará de protecção.

«Devido ao elevado endemismo da Cordillera del Cóndor, é provável que a nova espécie aqui descrita seja encontrada apenas nesta área restrita, pelo que é importante considerar novas iniciativas a longo prazo para acções de conservação de pequenos vertebrados», escrevem os investigadores.

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