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Novo estudo defende que tocar um instrumento ajuda na manutenção da memória em idade avançada

Novo estudo defende que tocar um instrumento ajuda na manutenção da memória em idade avançada

Rodrigo Baptista

O estudo, realizado pela Universidade de Exeter, refere ainda que a prática de um instrumento também ajuda no desenvolvimento do raciocínio.

Um novo estudo apresentado pela Universidade de Exeter defende que a prática de um instrumento, ou o cantar num coro, ajuda na manutenção da memória em idade avançada e no desenvolvimento do raciocínio.

O trabalho de pesquisa estudou dados de mais de mil adultos em idade avançada, analisando quanta experiência essas pessoas tinham em tocar instrumentos ou cantar em grupos, e comparou isso com a saúde do cérebro, incluindo a função executiva – o processo de planear, lembrar e priorizar tarefas. Aqueles que tocavam um instrumento pontuaram mais alto do que aqueles que não tocavam.

Sobre os resultados do estudo, Anne Corbett, Professora de Estudos de Demência na Universidade de Exeter, refere que: «No geral, pensamos que ser musical pode ser uma forma de aproveitar a agilidade e resiliência do cérebro, conhecida como reserva cognitiva. O nosso estudo deu-nos uma oportunidade única de explorar a relação entre o desempenho cognitivo e a música num grande grupo de adultos mais velhos. As nossas descobertas indicam que a promoção da educação musical seria uma parte valiosa das iniciativas de saúde pública para promover um estilo de vida protector para a saúde do cérebro, uma vez que encorajaria os adultos mais velhos a regressar à música mais tarde na vida.»

Por sua vez, Caroline Scates, Vice-Directora de Desenvolvimento de Enfermeiras da Dementia UK, refere: Os resultados deste estudo são positivos e ecoam pesquisas semelhantes sobre os benefícios de ouvir e tocar música para pessoas que vivem com demência. A música pode fornecer uma forma valiosa de comunicação para pessoas que vivem com demência, incluindo ouvir música com a qual a pessoa possa ter uma ligação, mesmo nas fases mais avançadas da doença. A capacidade de fazer ou tocar música – seja cantando ou tocando um instrumento – pode continuar mesmo quando as pessoas que vivem com demência perderam outras capacidades e meios de comunicação. Se conhecem alguém que vive com demência e que gosta ou já gostou de cantar ou tocar um instrumento, pode ser benéfico manter esses instrumentos ou partituras à mão para eles tocarem ou lerem.»