A orquestra surgiu através do projeto Parkinsound, uma iniciativa desenvolvida pela neurologista Margarida Rodrigues e pelo músico Pedro Santos.
No dia em que se assinala o Dia Mundial do Parkinson damos a conhecer a mais recente façanha de um projeto português que, não só, pretende contribuir para o estudo desta doença no nosso país, mas também para uma melhor integração cultural e social das pessoas que vivem com esta doença.
Falamos do projeto Parkinsound, uma orquestra comunitária constituída por doentes de Parkinson, que foi recentemente distinguido com o prémio de melhor trabalho de investigação clínica no Congresso Nacional de Doenças do Movimento, tal como anunciou o Hospital de Braga.
Num comunicado a neurologista Margarida Rodrigues refere que: «Foram aplicadas diferentes escalas de avaliação clínica da doença de Parkinson antes e depois da intervenção. Verificou-se que o grupo da orquestra teve uma melhoria significativa na escala de impressão clínica de melhoria em comparação com o grupo controlo.»
Os participantes na orquestra integraram diferentes categorias (percussão, vozes, eletrónica, teclas e sopros), tendo sido criadas várias músicas originais com o contributo dos doentes.
«A intervenção integrou processos motores (tocar instrumentos) e cognitivos (seguir pistas auditivas, visuais, ritmos e ainda colaborar na criação do espetáculo)», explica Margarida Rodrigues.
Recentemente, a Arte Sonora realizou um pequeno documentário intitulado “Doenças Neurológicas – O Poder da Música”, onde é abordado o papel terapêutico que a música tem nas pessoas que convivem com estas doenças. Para o registo foram recolhidos testemunhos de Jorge Bruto (Capitão Fantasma), Hugo Ferreira (Omnichord Records), Teresa Leite (Associação Portuguesa de Musicoterapia) e Rui Camilo (Secretário da Associação Portuguesa de Parkinson).