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Roger Waters regrava a solo “The Dark Side Of The Moon” para celebrar 50 anos do disco

Roger Waters regrava a solo “The Dark Side Of The Moon” para celebrar 50 anos do disco

Rodrigo Baptista

O fundador dos Pink Floyd regravou o álbum clássico de 1973 sem qualquer consentimento por parte de David Gilmour e Nick Mason.

Com “The Dark Side of Moon” dos Pink Floyd a celebrar o seu 50º aniversário em 2023, Roger Waters decidiu fazer o impensável e regravou secretamente o álbum sem o envolvimento ou conhecimento de qualquer um de seus ex-companheiros de banda.

«Eu compus o “The Dark Side of the Moon”. Vamos acabar de toda essa treta do ‘nós’! Claro que éramos uma banda, éramos quatro, todos nós contribuímos – mas é o meu projeto e fui eu que o escrevi», afirmou Waters ao The Telegraph.

O plano é que a nova versão de Waters de “The Dark Side of the Moon” seja lançada em Maio junto com a realização de um grande concerto. No entanto, Waters reconheceu que os outros membros sobreviventes da banda poderiam tentar bloquear o seu lançamento. «Não faço ideia», disse Waters quando questionado sobre possíveis problemas de direitos autorais.

Previsto para Março, mas entretanto adiado o seu lançamento para Maio, Tristram Fane Saunders, jornalista do “The Telegraph”, teve já a oportunidade de ouvir esta nova versão. «Algumas partes são verdadeiramente boas. “Breathe” foi reescrita como um tema acústico. “Money”, numa versão mais country, podia ter sido composta pelo Johnny Cash», diz. Entre as principais diferenças está a inclusão da voz de Roger Waters em temas instrumentais. Em “On The Run” vamos poder ouvi-lo a recitar um poema baseado num sonho que teve, uma luta contra o mal.

O relacionamento entre Waters e o ex-colega de banda dos Pink Floyd, David Gilmour, está particularmente tenso. Recentemente, Gilmour e a sua esposa Polly Samson criticaram Waters nas redes sociais. «Infelizmente, @rogerwaters, és um anti-semita», disse Samson. «Também é um apologista de Putin e um mentiroso, ladrão, hipócrita, foge a impostos,(…), misógino, invejoso, megalomaníaco. Chega de aburdos.» Gilmour citou o tweet da sua esposa, acrescentando: «Cada palavra é comprovadamente verdadeira.»

Parece que a tão esperada reunião dos Pink Floyd está bastante longe de acontecer e resta-nos apenas desfrutar dos álbuns clássicos que nos deixaram.

Se tiveres curiosidade em perceber como soam as novas versões de Roger Waters, deixamos aqui em baixo  a versão de “Comfortably Numb” partilhada por Waters no ano passado.