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R.I.P. Viola Smith

R.I.P. Viola Smith

Redacção

Morreu Viola Smith, a baterista que tocou com Ella Fitzgerald ou Chick Webb e que em tempos foi anunciada como a baterista mais rápida do mundo. Tinha 107 anos.

Segundo o The Post, Viola Smith morreu na sua casa em Costa Mesa, Califórnia. A causa da morte foi revelada como sendo complicações da doença de Alzheimer.

Viola Smith cresceu numa casa musical: o seu pai tocava corneta e as suas irmãs tocavam tudo, desde o saxofone, ao violino, clarinete, entre outros instrumentos.

«Havia cinco raparigas à minha frente na família e elas tinham o resto dos instrumentos», disse Smith numa entrevista em 2013 à Tom Tom Magazine. «Na altura em que houve uma sexta a entrar para a orquestra da família, o meu pai decidiu que deveria haver uma bateria – o que era óptimo para mim, porque, que melhor instrumento para tocar do que a bateria?».

Considerada a primeira baterista profissional feminina, Smith estudou com o baterista da Radio City Music Hall Billy Gladstone. Ganhou reconhecimento como percussionista de Frances Carroll & The Coquettes, um grupo só de mulheres que se tornou popular no final da década de 1930. Smith era conhecida não só pela sua velocidade e precisão, mas também pelo seu kit de 12 peças que apresentava timbalões montados a uma altura nunca antes vista.

Após o seu mandato como Coquette, Smith estudou tímpanos na prestigiosa Juilliard School de Nova Iorque, onde estudou sob a orientação de Ed Fisher. Em 1942, escreveu um artigo para a revista DownBeat intitulado “Give Girl Musicians a Break!”, no qual defendia que os líderes das grandes bandas deveriam contratar mais músicos do sexo feminino. Também tocou na Hour of Charm All Girl Orchestra de Phil Spitalny, bem como no quarteto de jazz Kit Kat Band.

Durante a sua carreira, Smith trabalhou com Ella Fitzgerald, Chick Webb, Bob Hope, entre muitos outros. Também actuou com a Orquestra Sinfónica da NBC e no The Ed Sullivan Show inúmeras vezes. «Estou realmente muito grata por ser aceite como baterista, uma baterista feminina», disse Smith à Tom Tom pouco depois do seu 100º aniversário. «Em tempos, isso não existiu».


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