Quantcast
Rock in Rio Lisboa: Ivete, a Rainha; Ornatos, os Reis; Macklemore o sábio; e a debandada com a subida ao trono dos príncipes Jonas

Rock in Rio Lisboa: Ivete, a Rainha; Ornatos, os Reis; Macklemore o sábio; e a debandada com a subida ao trono dos príncipes Jonas

Redacção
John Batista

Vê aqui as fotoreportagens dos concertos de Ivete Sangalo, Jonas Brothers e Macklemore.

A nova Cidade do Rock recebeu no terceiro dia de festival 60 mil pessoas, que assistiram ao jogo Portugal – Turquia nos ecrãs dos palcos do festival, e sobre isso podes ler a nossa reflexão, aqui, e ainda ao concerto especial de 90 minutos de Ivete Sangalo e à estreia em grande dos Jonas Brothers no Palco Mundo do Rock in Rio Lisboa. Ornatos Violeta celebram em palco os 25 anos do álbum “O Monstro Precisa de Amigos”, no Palco Tejo com vários convidados como Samuel Úria e Gisela João.

Além de Ivete Sangalo, Jonas Brothers e Ornatos Violeta, Carolina Deslandes, Macklemore, Filipe Karlsson, Leigh-Anne, James, Kura, Fonzie e Dilsinho foram outros destaques do penúltimo dia do festival.

A banda de pop rock americana, Jonas Brothers, um trio que saltou para o estrelato através das séries da Disney, à semelhança de Miley Cyrus ou Demi Lovato, estão de regresso aos palcos e estrearam-se pela primeira vez em Portugal. Os fãs mais fervorosos cantaram em êxtase hits como “Waffle House”, “Cake By The Ocean” e “Sucker” e para além da versão de “Can’t Take My Eyes Off You”. Cumpriram o estipulado, trouxeram uma big band competente e sem grande coisa a apontar deram um bom concerto, mas morno numa noite fria, não conseguindo prender muitos dos “não-fãs” e curiosos, a meio era visível a massa humana que se dirigia para a saída.

Unidos pelo amor e pelos direitos humanos, foram muitos os que vibraram com o rapper norte-americano Macklemore, um concerto com muitas mensagens políticas, LGBT, de aceitação e amor próprio. «Se acreditam que todos podem ser quem são e amar quem quuiserem, apontem para o céu», pediu Macklemore a dada altura. O rapper sabe como animar e agitar multidões: «Estamos aqui para nos divertirmos, para aproveitar, mas está a acontecer um genocídio no mundo. Não podemos esquecer isso — a nossa liberdade depende da liberdade da Palestina.» Em muitos cartazes lia-se “Free Palestine”. “Thrift Shop”, “Same Love” e “Can’t Hold Us” puseram toda a plateia a cantar e ainda houve tempo para uma competição de dança entre duas fãs que subiram a palco. Confessou que Lisboa é uma das suas cidades preferidas e prometeu voltar.

Assim que o jogo da selecção nacional contra a Turquia acabou começou a ouvir-se: «Ivete, Ivetinha, estou aqui só para te ver». Sobre Ivete Sangalo, já tudo foi dito em edições anteriores e pouco ou nada mudou. Ivete é a Rainha do Rock in Rio Lisboa e edição a após edição continua arrastar multidões e arriscamos dizer, que a grande maioria do público que esteve no Parque Tejo dia 22 foi para dançar e cantar cada um dos seus grandes êxitos, incluindo “Tempo de Alegria”, “Abalou”, “O Mundo Vai” e “Só Love”. Ivete tem 52 anos, mas o tempo não parece passar por ela. Não podemos deixar de assinalar os grandes músicos e bailarinos que acompanham Ivete. Ao início da tarde e cumprindo um sonho de criança, Carolina Deslandes não desiludiu e pôs milhares de fãs a cantar em uníssono “A Vida Toda”.

No Palco Galp, o terceiro dia do Rock in Rio Lisboa foi marcado por outros tantos momentos inesquecíveis. Leigh-Anne estreou-se a solo em Portugal, os James fizeram aquilo que já esperávamos, voltaram a ser recebidos por uma plateia cheia a provar que a relação que têm com o público português e do festival se mantém inabalável.

O Palco Tejo arrancou com os Fonzie, que com o rock que já lhes conhecemos há quase 30 anos, mostraram que continuam a levar o público ao rubro; seguiu-se o concerto especial dos Ornatos Violeta, com a comemoração dos 25 anos do icónico segundo álbum “O Monstro Precisa de Amigos”, ao lado de Ana Deus, Gisela João, Samuel Úria e o quarteto de cordas Solistas da Casa da Música. Um dos grandes concertos do palco Tejo de todo o festival. Precisamos disto, mas nos Coliseus, se não for pedir muito.