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Roger Waters em Novo Rant Anti Gilmour

Roger Waters em Novo Rant Anti Gilmour

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Roger Waters tornou a usar as redes sociais para abordar a sua relação com os Pink Floyd e uma vez mais atacou David Gilmour, garantindo que este o baniu do website e redes da banda.

A separação dos Pink Floyd foi das que fez correr mais tinta na indústria musical. E pelos vistos continuará assim. Ciclicamente, algum dos protagonistas reacende a celeuma, caso da recente intervenção de Roger Waters na suas redes sociais.

As declarações de Waters foram originadas pela forte adesão de fãs a uma recente performance do clássico tema de 1979, “Mother”. Waters assumiu que nada no site oficial da banda é decidido por si: «Nada que parta de mim está no website. Fui banido, pelo David Gilmour, do website». Uma confirmação de que os restantes elementos sobreviventes da banda são, oficialmente, os únicos membros dos Pink Floyd, o guitarrista David Gilmour e o baterista Nick Mason, e apenas eles podem determinar as acções do lendário grupo britânico.

Roger Waters, que abandonou a banda em 1985, decidiu falar com Mason e Gilmour, em 2019, para procurar pacificar o ambiente entre os músicos: «Propus todos os tipos de medidas para ultrapassar este hediondo impasse entre nós. Não deu qualquer resultado, lamento dizer, para além de uma  coisa que pedi – propus, uma vez que vocês são mais de 30 milhões que subscreveram a página web, que o façam devido ao trabalho que nós os cinco criámos».

Portanto, as redes sociais dos Pink Floyd possuem uma dimensão, no que respeita a bandas clássicas, que, basicamente, só é ultrapassada pelos Beatles e, considerando essa enorme presença da banda no Facebook, Instagram, YouTube e Twitter, Waters defende que, devido ao seu papel na discografia da banda «seria justo e a coisa certa a fazer que todos tivéssemos igualdade de acesso. O David pensa que é o dono de tudo. Pensa que uma vez que deixei a banda em 1985 é ele o dono dos Pink Floyd. Que ele é os Pink Floyd. Que eu sou irrelevante e devia manter-me calado».

Na sua biografia, “Inside Out”, o baterista Nick Mason revela que quando Waters deixou a banda a tentou dissolver legalmente. Mason diz que havia um acordo formal entre os Pink Floyd que garantia que quem escolhesse deixar a banda abdicava dos seus direitos de decisão dentro do projecto e do uso do nome dos Pink Floyd. Daí Gilmour, Mason e Wright terem continuado a editar discos como Pink Floyd e Waters prosseguido em nome próprio, apesar de várias vezes ter encetado digressões a tocar integralmente álbuns que criou com os Pink Floyd.

Sobre este acordo tácito, Waters é brevíssimo, passando a atacar Gilmour: «Todos podemos dar as nossas opiniões. Mas têm surgido brechas. Dizem-me alguns amigos que acompanham estas coisas. Algumas pessoas dizem ‘Porque raio temos que nos sentar a ver a Polly Sampson a toda a hora e os Von Trapps a lerem-nos excertos dos seus romances? E depois não nos é dito nada do que o Roger anda a fazer?’ Isto é errado. Devíamos erguer-nos. Ou então mudem o nome para Spinal Tap e passa a ser tudo cor-de-rosinha».

Waters faz referência ao livestream semanal de Gilmour, o Von Trapped, realizado em conjunto com a sua esposa Polly Sampson. E deixa entender que gostaria de ver a sua música, digressões e documentários publicados ou referenciados nos canais sociais dos Pink Floyd. Uma posição, até pelo teor das declarações que parece muito longe da proclamada tentativa de conversa pacífica e de pacificação em 2019.

Gilmour e Mason ainda não teceram qualquer comentário, mas no final de 2019 Gilmour foi bastante claro sobre aquilo que significou a saída de Waters em 1985«Todos sabíamos que o Roger iria sair. Ele não estava feliz, nós também não. Sempre soube que queria seguir em frente, o Nick parecia desejar isso também. Falei com Rick durante uma folga, na Grécia, e conversamos sobre seguir em frente e ele também queria». Depois de abordar as discussões com Waters, recorrentes nos seus últimos anos nos Pink Floyd, Gilmour, adianta: «Tinha a certeza que as editoras gostariam de lançar um álbum nosso. Obviamente, não ter o Roger foi algo diferente, mas em algumas formas, sentimo-nos livres. As tensões dos dois álbuns anteriores, especialmente em ‘The Final Cut’, já não estavam mais ali. Éramos apenas nós juntos, a compor e gravar. Havia um sentimento de liberdade e optimismo».

Eis a publicação original de Waters, no player.


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