Segundo Dia de NEOPOP: Começou Mais Tarde e Mais Tarde Acabou

12 Agosto, 2022

Num dia onde um dos cabeças de cartaz, Nina Kraviz, apenas surgiu em palco já às cinco horas da manhã, os destaques estiveram principalmente no NEO STAGE do NEOPOP.

Da Sibéria, a Dj, produtora, escritora e cantora russa veio até à Capital do Techno com um set arrebatador. Ainda não sei se os primeiros segundos da sua atuação foram propositados ou não, onde Nina, parece reproduzir acidentalmente segundos do que estaria previsto para mais tarde. Pausou, riu-se enquanto abanava a cabeça e abriu a performance num tom menos intenso que os segundos que tinha deixado escapar. Kraviz, assim como Leon Vynehall, outro destaque do dia 11 e Peggy Gou que atuou no primeiro dia, alcançou reconhecimento mainstream depois da sua contribuição para a lendária !K7 Records com sua participação no catálogo DJ-KiCKS em 2015.

Antes do momento alto do NEO STAGE, o deck esteve sob o controlo da belga, Amelie Lens. A Dj/Produtora começou a tocar em festivais na sua natal Antuérpia com apenas 15 anos e alcançou o sucesso comercial depois do essential mix para a BBC, a residência na Radio 1 e da recepção favorável à própria label Lenske.

Energético e duro são dois adjetivos que definem o seu set no NEOPOP, fortemente dançável, Amelie não deixou tempo para descanso no seu set de duas horas.

Continuando o sentido inverso, Lens foi precedida pelo duo KAS:ST, que se estreou em 2016 com o duplo Ep, “Dysphoria I Euphoria”. Em formato live, os franceses, não têm medo de aventuras, quer nos suas colaborações, com remixes dos também presentes no NEOPOP, 999999999, quer nas suas performances como a da noite de quinta-feira.

Completando os destaques do palco principal, Honey Dijon distribuiu “Black Girl Magic” pelos presentes. Além de ser o nome do seu último álbum, é também a energia que emana. Residente em Berlin, a Dj teve recentemente um dos seus remixes de “Break My Soul”, single do novo álbum de Beyoncé divulgado pela própria. Talvez em jeito de agradecimento, talvez porque se sente representada mas Dijon também incluiu no seu set uma rendição de “PURE/HONEY”, também de “RENAISSANCE” o sétimo Lp de Queen B. Honey Dijon, contudo, nasceu e cresceu em Chicago, rodeada de música House, foi aquando da sua deslocação para Nova Iorque que começou a fazer ondas, com uma linha de moda e um dos mais vistos sets na Boiler Room além dos vários lançamentos na bagagem, Dijon encantou em Viana.

O ANTI STAGE teve menos afluência no segundo dia do NEOPOP algo que o cartaz farto de sexta promete contrariar. Realce para Leon Vynehall, o britânico que se inspira em poemas para as suas composições já chegou a usar textos de Fernando Pessoa. No festival de techno surgiu com um set de duas horas diverso e distinto, dos sons menos convencionais aos mais tribais Leon até teve tempo para fazer o seu “milkshake trazer os rapazes para o jardim” uma reprodução que apanhou de surpresa o público, contudo provou-se extremamente eficaz, não tivesse o palco sensivelmente o dobro da afluência no final da sua atuação. Destaque também para Courtesy com o seu som de “aeróbica 2000”.

 

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