Filme-concerto “Stop Making Sense” dos Talking Heads regressa aos cinemas este ano com versão 4k restaurada via A24.
Os Talking Heads uniram forças com o realizador Jonathan Demme para a criação do inovador filme-concerto “Stop Making Sense”. Para comemorar o seu 40.º aniversário, uma versão 4K restaurada regressa aos cinemas via A24.
No dia 18 de Agosto, a Rhino vai também lançar uma edição limitada deluxe da banda sonora que inclui, pela primeira vez, a totalidade do concerto “Stop Making Sense” em 2 LPs e formato digital, com uma mistura Dolby Atmos feita por Jerry Harrison e E.T. Thorngren, que anteriormente já tinham misturado a edição original.
Ambas as versões incluem todas as canções do filme, e duas inéditas – “Cities” e “Big Business / I Zimbra.” A edição em vinil inclui um livro de 28 páginas com fotos inéditas e notas dos quatro membros da banda –Tina Weymouth, David Byrne, Chris Frantz e Jerry Harrison.
A ideia da criação de “Stop Making Sense” surgiu quando o realizador Jonathan Demme assistiu a um concerto dos Talking Heads durante a digressão “Speaking in Tongues”, em 1983. Demme sugeriu aos Talking Heads a criação de um filme-concerto, e trabalharam juntos nos meses seguintes para acertarem os pormenores. Para criar “Stop Making Sense”, Demme filmou três concertos no Pantages Theater, em Hollywood, em Dezembro de 1983.
O filme-concerto oferece uma retrospetiva da banda, com uma atuação que junta canções dos seis álbuns de estúdio. O concerto avança metodicamente, começando com Byrne a interpreter “Psycho Killer” com uma caixa de ritmos. Depois de cada canção, junta-se-lhe um novo membro da banda, até Weymouth, Frantz e Harrison estarem juntos no palco. O grupo vai aumentando durante o concerto com a chegada dos músicos que acompanham a digressão: Bernie Worrell (teclas), Steve Scales (percussão), Alex Weir (guitarra) e Lynn Mabry e Ednah Holt (vozes).
A banda interpreta 18 canções em “Stop Making Sense”, incluindo o seu mais recente single na época, “Burning Down The House.” A canção foi muito passada na rádio e na MTV, e tornou-se a primeira entrada da banda para o top 10 nos Estados Unidos. No entanto, foi outra canção de “Speaking in Tongues” que se tornou um dos momentos especiais do filme. Byrne interpretou “Girlfriend Is Better” com o seu icónico fato excessivamente grande, inspirado no guarda-roupa do teatro tradicional japonês e que serviu de inspiração para a capa do álbum que tem uma fotografia dele com esse fato.
“Stop Making Sense” centra-se principalmente na música dos Talking Heads, mas inclui algumas canções gravadas à margem da banda: “Genius Of Love” pelos Tom Tom Club, o projeto de Weymouth e Frantz, e “What A Day That Was” e “Big Business” do álbum “The Catherine Wheel”, lançado por Byrne em 1981.
“Stop Making Sense”, que estreou em Setembro de 1984, foi um êxito artístico e comercial. As pessoas dançavam nos cinemas e a banda sonora vendeu mais de dois milhões de cópias. No ano passado, a Biblioteca do Congresso dos EUA incluiu o filme-concerto no Arquivo Cinematográfico Nacional a título da sua importância cultural, histórica e estética.