Técnicos levam nega do Governo e avançam para nova manifestação no Porto
Os profissionais do sector dos espectáculos saíram desolados e frustrados da reunião no Ministério da Economia, mas prometem não baixar os braços, tendo já marcada nova manifestação para dia 8 de Setembro, no Porto. A luta continua!
«Foi com enorme esperança que nos deslocámos ao Ministério da Economia para sermos recebidos pelo Secretário do Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor. E foi com uma mão cheia de nada e um enorme sentimento de frustração, que de lá saímos. Continuamos a não existir para este Governo». As palavras são de Pedro Magalhães, presidente da Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE) e servem para descrever a reunião que os representantes da associação tiveram, no dia 13 de Agosto, com o secretário do Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, João Torres.
Após este reunião, a APSTE decidiu então marcar uma nova acção de protesto para dia 8 de Setembro no Porto. Tal como na manifestação que decorreu a 11 de Agosto no Terreiro do Paço, o objectivo é chamar a atenção do governo para as dificuldades trazidas ao sector pela pandemia da covid-19, que está a pôr em causa 170 empresas responsáveis por 1500 postos de trabalho directos e três mil indirectos. Em 2019, as 170 empresas associadas representaram uma facturação superior a 130 milhões de euros. Agora, 56 por cento destas empresas asseguram que não têm liquidez para pagar os salários nos meses de Agosto e Setembro.
Os dirigentes da APSTE asseguram que, do lado do governo, «existe um total desconhecimento em relação aos actuais problemas de uma área de actividade que necessita urgentemente de medidas especificas para mitigar os impactos da falta de trabalho que marca o presente das empresas do sector».