The Pains of Being Pure at Heart estão de volta e actuam no Porto
Os norte-americanos The Pains of Being Pure at Heart anunciam digressão ibérica que passa pelo Mouco, no Porto, no dia 19 de Fevereiro.
Aproximadamente cinco anos após a separação, os The Pains of Being Pure at Heart anunciaram uma digressão de reunião para celebrar 15 anos do seu álbum de estreia homónimo. Os concertos decorrerão em Espanha e Portugal, entre Fevereiro e Março de 2025. O primeiro concerto está marcado no dia 19 de Fevereiro no Mouco, no Porto. Os bilhetes podem ser comprados, aqui.
Kip Berman, Peggy Wang, Kurt Feldman e Christoph Hochheim irão actuar juntos ao vivo pela primeira vez desde 2012. Eddy Marshall substituirá o baixista Alex Naidus, que não poderá participar na digressão devido a “questões pessoais (muito boas)“.
Os The Pains of Being Pure at Heart irão tocar o seu álbum de estreia na íntegra, bem como outras músicas desse período. «Não sei se faremos mais (ou menos) no futuro», escreveu Berman, «agora, estamos todos entusiasmados por ter esta oportunidade de estarmos juntos e tocarmos estas músicas que, literalmente, mudaram as nossas vidas.»
Berman anunciou a separação da banda em novembro de 2019, encerrando uma carreira de mais de uma década. Desde então, continuou a lançar música a solo sob o nome The Natvral, tendo lançado o seu último álbum, “Summer of No Light”, em Setembro passado.
The Pains Of Being Pure At Heart começaram o projecto em 2007. Nos seus três membros fundadores (Kip Berman, vocalista, guitarrista e principal compositor; Alex Naidus, baixista; e Peggy Wang, teclista), havia uma admiração partilhada por bandas como Smashing Pumpkins, The Field Mice, Black Tambourine e Nirvana. Quando se encontraram, souberam filtrar todas essas influências, levando-os ao sucesso dentro e fora do seu país, tendo como bússola The Jesus And Mary Chain e My Bloody Valentine, mas sem esquecer The Smiths. Composições românticas com um fuzz de guitarra algo neurótico, melodias com um toque complexo e muita ressonância emocional. Um noise-pop viciante, fresco, que não escondia as suas limitações porque, assim, também não ocultava a sua grande bandeira: a juventude.
Chamaram a atenção primeiro no MySpace (sim, falamos desses tempos) e com o seu primeiro EP, de 2007 e autoeditado, mas quando, em 2009, saiu o seu álbum de estreia homónimo pela Slumberland Records, canções como “Contender”, “Come Saturday” e “This Love Is Fucking Right” elevaram-se bem alto. O segundo álbum, Belong (2011), aumentou ainda mais essa onda de sucesso. Em Março desse ano, deram nada menos do que onze concertos no South By Southwest, em Austin. Talvez até mais. Nessa altura, já tinham recrutado Kurt Feldman como baterista. Foi a sua dream team. Chegaram ao 92.º lugar no Billboard 200 dos EUA e entraram no Top 100 em países como a Bélgica, França, Reino Unido… e Espanha.
Mas quando se levantou o pano para o seu terceiro álbum, “Days Of Abandon” (2014), Peggy Wang e Alex Naidus já tinham saído da banda. Com uma influência crescente da new wave e do pop dos anos 80, continuaram a lançar trabalhos — como os álbuns “The Echo Of Pleasure” (2017) e uma versão completa do disco de Tom Petty, “Full Moon Fever” em 2019, além de alguns EPs — com diferentes músicos a acompanhar Kip Berman tanto em estúdio como ao vivo, sendo ele o único capitão ao leme do projeto. Em Novembro de 2019, Berman anunciou o fim de The Pains Of Being Pure At Heart, dando início ao seu projeto a solo, The Natvral. Até que, em agosto de 2024, anunciaram o seu regresso aos palcos com a formação original, algo que não acontecia desde o fim da digressão de “Belong”.