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The Vaccines confirmados para o Super Bock Super Rock

The Vaccines confirmados para o Super Bock Super Rock

António Maurício

E três novos nomes para o dia 20 de Julho!

O Super Bock Super Rock está de regresso ao Parque das Nações, em Lisboa, para mais três dias de música autêntica. Nos dias 19, 20 e 21 de julho, nomes como Justice ou The XX fazem crescer as expectativas do público num cartaz eclético e ainda em aberto. Vê e aponta as novas confirmações:

Os Vaccines são uma das melhores coisas que o rock inglês deu ao mundo nos últimos dez anos. É muito simples: quatro rapazes com vontade de fazer rock juntaram-se para tocar, influenciados pelo pós-punk dos anos 80, pelo rock que vai da garagem ao pub, passando pelo surf, e por bandas como os nova-iorquinos Strokes. O álbum de estreia, “What Did You Expect From The Vaccines”, editado em 2011, confirmou as expectativas: boas canções, sem grandes artifícios, com tudo aquilo que importa no rock. Com essas canções na bagagem, foi fácil para os Vaccines incendiarem os palcos ingleses e também de todo o mundo. Enquanto esperamos pelo novo “Combat Sports”, já podemos desfrutar de “I Can’t Quit”, um dos singles, e confiar na promessa de que vem por aí mais rock and roll ousado e arrojado, que brota de sentimentos tão diferentes como a melancolia ou a euforia.

Tom Misch cresceu numa família apaixonada pela música. Aos quatro anos aprendeu a tocar violino e a adolescência trouxe-lhe o hip hop. A plataforma Soundcloud fez com que o ainda adolescente Tom Misch começasse a ter a sua base de fãs na internet. «Aparentemente, eu tenho um som e as pessoas podem ouvi-lo…» E é assim que Tom descreve a música que faz e o sucesso que essa mesma música vai fazendo na redes sociais, onde é seguido por milhões de pessoas. Além da modéstia do artista, também é preciso reconhecer que não deve ser fácil falar de um som que parece ser tanta coisa ao mesmo tempo. Por aqui ouve-se jazz, hip hop, música de dança, tudo junto sobre uma atmosfera funky e luminosa. No disco de estreia, “Geography”, o mais importante para Tom Misch é continuar a desafiar-se enquanto artista, enquanto vê as pessoas a dançar à sua frente.

Concentrado na sua própria arte, e sem se distrair com as luzes do rap, Oddisee é um músico e trabalhador muito aplicado: mixtapes, discos, colaborações e muitos outros trabalhos enquanto produtor atestam a sua prodigiosa ética de trabalho. Interventivo como poucos, Oddisee aborda temas como as desigualdades sociais e de género ou a islamofobia. Mas o talento do rapper de Washington DC não se fica pelas letras e também se faz notar nas batidas, como prova “Odd Tape”, uma mixtape exclusivamente instrumental editada em 2016. Mais recentemente, já em 2017, Oddisee lançou “The Iceberg”. O jazz é a base de todo o trabalho, mas também há soul, funk, disco e, o mais importante, palavras que têm o dom de nos tornar mais conscientes. Entretanto, também editou o disco “Beneath The Surface” ao vivo com a banda Good Company, que traz consigo para o concerto no Palco EDP. Oddisee passou pela edição passada do Vodafone Mexefest, lê aqui a review.

E, curiosamente, a última confirmação do dia é um dos membros da banda Good Company. Olivier St. Louis nasceu em Washington DC, mas passou maior parte da sua infância a estudar no interior do Reino Unido. Esse percurso fez com que Olivier assimilasse várias culturas musicais, passando a adolescência a ouvir géneros tão diferentes como hip-hop, r&b ou o típico rock inglês que brota da garagem ao lado. Em 2006 editou o seu primeiro disco, “Kilowatt”, que colocou Olivier no mapa do hip-hop underground. Começou a trabalhar com artistas como Hudson Mohawke, Oddisee, C2C, entre muitos outros… Mas faltava encontrar a sua própria voz. Um tempo sabático aproximou-o do blues, do rock e do funk, as guitarras ganharam espaço na sua vida e daí surgiu um artista novo: Olivier Daysoul, como se apresentava até então, é agora Olivier St. Louis. Mais pessoal, mais autêntico, mais descomprometido, sem perder a mesma voz arrebatadora.

O Super Bock Super Rock decorre de 19 a 21 de julho 2018. O passe de 3 dias custa 114€ e o bilhete diário tem um custo de 60€.

CARTAZ

19 de julho
Palco Super Bock
The XX
Justice
Palco EDP
The Vaccines
Lee Fields & The Expressions
TORRES

20 de julho
Palco Super Bock 
Slow J
Palco EDP
Tom Misch
Oddisee & Good Company
Olivier St. Louis

21 de julho
Palco EDP
Sevdaliza
Baxter Dury