Em 2025, o Under The Doom prepara-se para mais uma edição memorável, celebrando a escuridão, a melancolia e a beleza trágica do metal mais soturno e atmosférico.
Nos dias 26 e 27 de Setembro de 2025, o Under The Doom Festival regressa a Lisboa para a sua a 9.ª edição, que se realiza na Music Station e promete mais uma celebração inesquecível dos sons mais sombrios e atmosféricos da música extrema. Conhecido pela sua curadoria bem rigorosa e pelo ambiente intimista que proporciona aos afetos das sonoridades mais sorumbáticas, o evento já se tornou uma referência obrigatória e incontornável para os verdadeiros amantes do doom, do death, do gothic e do black metal. Fazendo jus à tradição, a Notredame Productions preparou um anúncio estrondoso, revelando um alinhamento inicial de enorme peso, que combina na perfeição lendas consagradas e algum talento em ascensão.
Entre as primeiras confirmações contam-se os icónicos My Dying Bride, uma das mais influentes bandas da história do doom, e os dinamarqueses Saturnus, mestres na arte de criar atmosferas melancólicas e emotivas. A eles juntam-se os Ruins Of Beverast, famosos pela sua abordagem enigmática ao black metal, enquanto os Todomal e Ethereal representam as cores da Península Ibérica. Com este leque poderoso de nomes já assegurados, o Under The Doom estabelece um arranque verdadeiramente impactante, preparando o terreno para mais uma edição memorável.
Mantendo em alta a expectativa de todos os fãs, o cartaz completo da edição de 2025 do festival só será revelado no dia 19 de Abril. No entanto, para celebrar este primeiro anúncio, a organização acaba de disponibilizar um lote limitado de 100 passes a valor promocional, exclusivamente através da Unkind.pt. Esgotada esta oferta, o valor dos passes aumenta 10€, sendo que, nessa altura, também serão disponibilizados bilhetes diários para o evento.
Com uma carreira que se estende por mais de três décadas, os britânicos My Dying Bride são uma referência incontornável do metal lento e soturno, sendo que moldaram o género com a sua fusão única de melancolia poética, guitarras pesadas e atmosferas profundamente emocionais. Clássicos como “Turn Loose The Swans” e “The Angel And The Dark River” são referências no espectro em que se movem e, apesar de se apresentarem com uma formação diferente daquela a que os fãs estão habituados, o seu ADN permanece 100% intocado. Embora Aaron Stainthorpe, o inconfundível vocalista e letrista da banda, não vá participar nestes concertos, a decisão de se fazerem à estrada foi tomada de comum acordo, permitindo ao grupo manter-se ativo enquanto Aaron opta por não se comprometer com atuações fora do Reino Unido. Com a sua bênção, e sendo que esta é a única forma de ver a banda ao vivo.
Os dinamarqueses Saturnus, por seu lado, são mestres na arte do doom/death melódico. Com uma sonoridade que combina riffs arrastados, vocalizações profundas e uma atmosfera carregada, a banda conquistou um culto de seguidores dedicados. Álbuns como “Veronika Decides To Die” e “Saturn In Ascension” destacaram-se pela profundidade lírica e musical, abordando temas de perda, amor e existência com uma honestidade verdadeiramente desarmante. Após o regresso triunfante com “The Storm Within”, em 2023, o grupo oriundo de Copenhaga apresenta-se no Under The Doom Festival para uma atuação que se prevê tão intensa quanto emotiva.
Originários da Alemanha, os The Ruins Of Beverast são conhecidos pelo seu som avassalador e atmosférico, que mistura doom, black metal e elementos experimentais. O projeto liderado por Alexander von Meilenwald cria verdadeiros rituais sonoros e, ao vivo, mergulha o público numa experiência densa e hipnótica. Com discos aclamados como “Rain Upon The Impure” e “The Thule Grimoires”, a banda explora temas de misticismo, mitologia e desolação espiritual, com a sua presença no Under The Doom a prometer uma experiência a roçar o transcendental.
Vindos de Espanha, os Todomal chegam a Lisboa como uma das bandas mais intrigantes da nova geração do doom metal ibérico. Com um som pesado e bastante opressivo, os músicos fundem influências de doom tradicional com sludge, e criam um ambiente sonoro sombrio e envolvente, patente na estreia “Ultracrepidarian” e no mais recente “A Greater Good”, de 2023. Para finalizar, e representando a cena nacional, os veteranos Ethereal renasceram das cinzas com a edição do muito aplaudido “Downfall” e trazem consigo uma aura de mistério e melancolia, apoiada em sons que evocam as raízes do doom gótico, com guitarras etéreas, teclados atmosféricos e vocalizações profundamente emotivas, que convidam o público a uma viagem introspetiva.