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Viriatada Agosto #1: JP Coimbra, Luís Trindade, Volunteer Dinosaur, Puzzle 3, Entre Outros

Viriatada Agosto #1: JP Coimbra, Luís Trindade, Volunteer Dinosaur, Puzzle 3, Entre Outros

Redacção

Mais uma semana, mais uma ronda de Viriatada, o espaço que a AS dedica aos lançamentos da música portuguesa.

A música nacional merece ser partilhada. Existem novos lançamentos todos os dias, todas as semanas, todos os meses, e qualidade é coisa que não falta! A nossa rubrica Viriatada reúne alguns dos destaques da música portuguesa todas as semanas. Poupamos-te o trabalho, só tens de visitar a Arte Sonora, conhecer, ouvir e partilhar.

JP COIMBRA – “Invincible Summer” // JP Coimbra, que anunciou recentemente que tem agora o seu Publishing a cargo da agência Manners McDade e que o disco “VIBRA” vai ser editado pela britânica Cognitive Shift Recordings, apresenta agora um novo single, “Invincible Summer”. ​Nas palavras do compositor, «quando estava a fazer as misturas do tema, em vez de termos técnicos para descrever o que queria que a música soasse, pensei mesmo em imagens específicas». Para JP Coimbra, todo o ambiente musical do tema deveria «retratar o Cambodja, o Vietname ou o Laos no final dos anos sessenta. Com a guerra a acontecer mas com aquele pôr do sol, paisagens, as bebidas, as nuvens de fumo dos cigarros, as danças e o apaixonarmo-nos sem sabermos se iria existir um novo dia». A realização do vídeo de “Invincible Summer” esteve a cargo de Vasco Mendes com algumas das imagens captadas na Capela da Imaculada Conceição em Braga. O álbum a solo de JP Coimbra será apresentado dia 12 de Setembro no Porto, às 19h, incluído no último dia da Feira do Livro) e a 13 de Setembro, às 21h, em Lisboa, no Teatro Maria Matos.

KIBOW – “Balança” // “Balança” é o nome do primeiro single em nome próprio de Kibow e remete-nos para «festa e romance, retratando a história de um casal desde o primeiro momento em que os seus olhares se cruzam até se aperceberem da vontade mútua de se conhecerem mais profundamente». Kibow faz parte dos Instinto 26, o colectivo da Linha de Sintra, também composto por Julinho KSD, Trista e Yuran. “Balança” já está disponível nas plataformas digitais.

VADO MÁS KI ÁS – “Fora da Lei” // “Processo” é o nome do primeiro EP de Vado Más Ki Ás. Um processo que se conclui com o novo single “Fora da Lei”, um tema onde Vado explora novas sonoridades e ritmos, em formato acústico, acompanhado à guitarra por David Piçarra, com produção de Tom Enzy, e videoclipe realizado por Rafael Duarte. Neste EP, o artista trabalhou e revelou música a música, sendo que cada uma dela conta um pouco da sua vida, das suas memórias e das suas lutas do dia a dia. «O próprio nome deste EP remete-nos para avanço, marcha, progressão, o caminho que se faz em frente e que single a single tem vindo a ser explorando. A recepção do público foi sempre positiva» e os temas “Química” feat Gang Más Ki Ás, “Godzilla”, “Mudjer Africana” feat Pragga Donzalla, “Vida Louca”, “Tribunal” e “Magia” com Djodje conseguiram «conquistar o seu espaço junto dos ouvintes», somando milhares de audições e visualizações nas plataformas digitais. A apresentação ao vivo do EP fica marcada para quando estiverem reunidas todas as condições para que Vado possa celebrar o “Processo” junto dos seus fãs.

LUÍS TRINDADE – “The Lights” // Luís Trindade regressa aos discos com o álbum “In the Land of Wolves”. O single de avanço escolhido chama-se “The Lights”, uma canção que se destaca no cancioneiro do autor com um registo mais ritmado e melódico. O artista radicado em Viseu lançou o seu primeiro álbum em 2016, “Dead Leaves”, trabalho que conquistou a atenção do público nas plataformas digitais, onde atingiu a marca dos 10 milhões de streams. O single de avanço “Old Town” foi o que mais se destacou, marcando presença numa curta-metragem e em duas das mais importantes playlists do Spotify, a Morning Acoustic e a Acoustic Love. Nos anos que se seguiram, manteve uma produção musical constante. Escreveu, produziu e gravou os álbuns “Can you see this Darkness” (2017), “The Salesman” (2018) e “4” (2019). Neste último, podemos destacar o single “Your Soul”, «canção despida de floridos», onde o autor só se faz acompanhar por uma guitarra eléctrica, e que alcançou mais de 150 mil streams, figurando também ela entre várias playlists nas diversas plataformas digitais. O ano de 2020 foi o ano do lançamento de “Songs of Luís Trindade”, álbum de índole «mais melancólica e íntima, onde prevalece um ambiente dominado pela guitarra acústica e clássica. Sete temas marcados pelas angústias da existência e da solidão». Neste regresso aos discos, o cantautor explora novas texturas e sonoridades, mas mantém os traços característicos e transversais ao conjunto total da sua obra – «um som orgânico e honesto». O single, juntamente com o álbum, encontra-se disponível em todos as plataformas digitais.

WAU – “Herrar é Umano” // Dizem que cantam, dançam e reúnem influências musicais de vários quadrantes do mundo. O single “Herrar é Umano” é o primeiro avanço dos WAU e oferece «um ritmo quente, urbano, assente numa batida forte que pretende celebrar a vida». Composto por 12 membros, o grupo promete «agitar o universo pop com uma proposta irreverente, onde a música e a dança se complementam e piscam o olho aos mais variados ritmos urbanos». Álvaro Lopes, mentor e manager dos Wau, na primeira pessoa: «Acreditamos que este é um projecto que faz falta à música nacional e que vai precisamente ao encontro de uma geração que, através das diversas redes sociais, bebe influências vindas dos mais diversos cantos do mundo, nomeadamente da América do Sul e da América Latina. Nos castings que fizemos, procurámos precisamente pessoas que se complementam não só em termos vocais e nas competências enquanto bailarinos, mas, também, que representassem diversas influências relacionadas com a cultura urbana, algo que fica patente no primeiro single». O primeiro single intitula-se “Herrar é Umano” e assenta «numa batida forte, embalada por um beat tropical que contagia e que convida a dançar ao ritmo das vozes que alimentam constantes explosões de ritmo. É um convite a celebrar a vida, através de uma mensagem de felicidade e irreverência que encaixa no espírito de verão», explica David Faria, o outro mentor do projecto. «Precisamos urgentemente de vibrações positivas, tanto a nível da sociedade em geral como do universo cultural, em particular, e acreditamos que os WAU podem trazer esse lado de celebração de que temos estado privados, mas que, como o próprio nome da música indica, faz parte de nós enquanto seres humanos».

FILIPE SANTOS – “Dá-me Mais” // “Dá-me Mais” é o título do quarto single do próximo disco de Filipe Santos, intitulado “Acústico”. O processo de divulgação do álbum iniciou a 1 de Maio com a divulgação do primeiro single, “Por tudo o que és”, ao que se seguiram “Não me deixes por aí” e “Olhos nos Olhos”. No primeiro dia de cada mês até ao lançamento do disco “Acústico” irão ser divulgados nas principais plataformas de streaming, no canal oficial do YouTube e nos perfis do Instagram e Facebook, singles de avanço a este novo álbum com lançamento previsto para o último trimestre de 2021.

METADEVICE – “Turba” // “Turba” é o título do mais recente trabalho de Metadevice. É o regresso de Metadevice às composições «mais estruturadas e ritmicamente orientadas, onde a combinação de um vasto leque de sons, de ásperos pulsares sintetizados, loops, drones electrificados a rasgos ferrugentos de guitarra, edificam uma aguçada sonoridade industrial». Dirigido pelas «intensas vocalizações de Rui Almeida (vocalista da banda de rock experimental NU), cujas letras em português e inglês fundem as suas palavras com apropriações de T.S. Eliot, Thomas Pynchon ou Nathaniel West, este é um álbum sobre a alienação colectiva, individualismo delirante e um profundo mergulho na hiper-realidade dos nossos dias». Esta turba «não é um movimento massificado de libertação, mas antes uma inexorável escalada de violência e atomização autofágica em direcção ao vazio». Editado pela New Approach Records em CD num digisleeve de 8 painéis, totalmente ilustrado por A. Coelho. Dispara o play para o teaser de “Turba”.

ORION NEBULA MUSIC – “ONM” // “ONM” é o título do primeiro EP de Orion Nebula Music, projecto que nasceu da «necessidade criativa de manter a sanidade mental durante um período complicado, como foi o ano passado». As suas músicas nascem de «um processo criativo que tanto pode ser exclusivo do seu mentor, como pode ser uma colaboração entre vários músicos, sem limites à criatividade». O que todas as músicas têm em comum são os samples de voz, que complementam o instrumental. «A pandemia e os sucessivos confinamentos obrigaram muitas bandas a parar a sua actividade e algumas não recuperaram. Para impedir que a criatividade esmorecesse, os Orion Nebula Music começaram a fazer música por casa, partilhando e colaborando com todos quantos quisessem / queiram contribuir. Orion Nebula Music é o “Brain Child” de uma só pessoa, mas com o sonho de que se torne maior do que si próprio». O EP conta com 3 músicas, inspiradas por temas bem distintos. “Pale Blue Dot”, a primeira música, foi inspirada pela famosa fotografia e livro do saudoso cientista Carl Sagan. “Revolution: Zappa!”, como o nome indica, foi inspirada pelo génio de Frank Zappa e, «embora musicalmente não faça lembrar as músicas de Zappa, consegue, através dos samples utilizados, trazer as palavras de Frank Zappa de volta à actualidade». “2504” é uma «celebração à revolução de Abril de 1974, que conta com vários excertos da TV e Rádio portuguesas recolhidas no dia mais importante para a democracia portuguesa».

VOLUNTEER DINOSAUR – “Uno” // “Uno”, o primeiro disco dos Volunteer Dinosaur, é o mais recente lançamento da Panama Papers. Um disco descrito como intimista e multidimensional. «A linguagem tem um carácter transformador na mente humana. Evoluiu até agora, e começou com um meteoro. Todos querem voltar àquele primeiro dia, àquele primeiro ponto de vista e voluntariamente caminha-se para os tempos antigos; já não há mais palavras para aprender, só mesmo as que ficaram no caminho», explica o duo. Os Volunteer Dinosaur (George Silver e Camila Vale) «viajam pelo multiverso das memórias aleatórias que compõem linguagens paralelas, dia-a-dias vividos por alguns, entre o banal e o superlativo; aquele típico espaço do senso-comum. Nesta proposta audiovisual embarca-se, através da película ou do som, numa viagem pelas memórias de outros tornando-as próprias, e assimilando intuitivamente ideias e mensagens adquiridas a tempo real que pertencem a passados desconhecidos».

CRUZUMANA – “Algo Está a Mudar” // “Algo Está a Mudar” é o título do terceiro álbum dos Cruzumana. «Doze caminhos, doze vidas que se unem para que mais um ciclo continue. Esperamos que tenham tanto gosto em acompanhar estes doze passos, como nós tivemos em desenvolver todo o conceito, ao longo desta última década». Oriundos da Margem Sul do Tejo e com 20 anos de existência, os Cruzumana são «musicalmente marcados por jogos de quatro vozes e pela crueza de um rock cruzado com ambientes étnicos e atmosféricos. Este colectivo pauta a sua poesia por uma acirrada defesa da língua portuguesa. Ao vivo, a banda oferece vários formatos de espectáculo, com multimédia, vídeo, dança contemporânea e percussão tradicional, para além do rock português que lhes é característico». “Algo Está A Mudar” tem edição digital a 9 de Agosto. Para já, podes espreitar o teaser.

PUZZLE 3 – “D” // O enigmático trio Puzzle 3 apresenta o seu primeiro álbum “D” pelo Carimbo Porta-Jazz. Pedro Neves (piano), João Paulo Rosado (contrabaixo) e Miguel Sampaio (bateria) são três músicos recorrentes no catálogo do Carimbo e no meio jazzístico da cidade e propõem-se aqui com este dinâmico e orgânico trio completar e descodificar o puzzle das suas afinidades e cumplicidades musicais. «Imaginação a. história peça surge a a Peça. Este através constrói da de peças que músico cada um compõe. trio junção». Não é erro de escrita, é mesmo a curiosa descrição que os Puzzle 3 fazem deste seu disco de estreia.

IVO DIAS – “Os Mochos Também Usam Óculos” // Ivo Dias dá continuidade ao trabalho que tem vindo a desenvolver e apresenta “Os Mochos Também Usam Óculos”, terceiro single do cantautor lançado este ano e já disponível nos serviços de streaming. O tema fala sobre «um problema que pode parecer gigante se olharmos para ele dessa forma, e como tudo pode mudar se apenas mudarmos a forma como o olhamos». Inspirado «na música infantil mas tentando não infantilizar», Ivo Dias procura explorar esse imaginário sob a forma de singles que juntos irão formar uma história, que mais tarde darão origem a um álbum.

C.OUVE – Cultura Que Ouve // C.OUVE – Cultura Que Ouve é uma compilação com obras musicais criadas pelos alunos das turmas de Criação e Produção de Música da World Academy. Caracteriza-se por diversas sonoridades que vão do electrónico ao indie, da pop ao hip-hop, passando pelo rock e está disponível nas plataformas de streaming com distribuição digital assegurada pela Farol Música. C.OUVE parte da iniciativa da Turma de Produção e Promoção de Música da World Academy, com o apoio técnico de Fernando Abrantes (ex-membro dos Kraftwerk) e direcção artística de Francisco Rebelo (músico e produtor dos Orelha Negra e Cais Sodré Funk Connection) e Luís Varatojo (actualmente autor e produtor no projecto “Luta Livre”).