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Viriatada Dezembro #2: Irma, Afonso Pais, Galo Cant’Às Duas, Milton Gulli, Gobi Bear, Entre Outros

Viriatada Dezembro #2: Irma, Afonso Pais, Galo Cant’Às Duas, Milton Gulli, Gobi Bear, Entre Outros

Redacção

Aqui está mais uma ronda de Viriatada, o espaço que a AS dedica aos lançamentos da música portuguesa.

A música nacional merece ser partilhada. Existem novos lançamentos todos os dias, todas as semanas, todos os meses, e qualidade é coisa que não falta! A nossa rubrica Viriatada reúne alguns dos destaques da música portuguesa todas as semanas. Poupamos-te o trabalho, só tens de visitar a Arte Sonora, conhecer, ouvir e partilhar.

IRMA – “Próxima Vez”// Chama-se “Próxima Vez”,  já está disponível em todas as plataformas digitais e é o single de apresentação do EP que IRMA irá editar em 2022. Depois de “Vejo-te Aqui”, música que lançou este ano em colaboração com Tiago Nacarato e que continua em alta rotação nas principais rádios nacionais, a artista prepara agora o sucessor do seu álbum de estreia, “Primavera”. O novo single, “Próxima Vez”, fala de uma relação que vive como se estivesse sempre a recomeçar porque mesmo quando o fim parece aproximar-se, o casal acaba por reatar o laço que os une. «São duas pessoas que só se conhecem juntas e que não sabem existir uma sem a outra», explica a artista. Uma coisa é certa: se o Amor fosse fácil viveríamos mais sossegados mas não teríamos músicas inspiradas como este novo single de IRMA. Até ao início de Janeiro a actuar no espectáculo “A Nova Cinderela no Gelo”, IRMA continua a conjugar a música com o teatro e a dança, revelando ser uma artista completa que, apesar de se ter primeiro afirmado junto do grande público enquanto actriz, tem no canto e na composição a mais antiga expressão do seu talento, revelado ainda em criança e que agora abraça em paralelo à representação.

TEKILLA – “Gratidão ft. Camila Masiso” // Tekilla, nome incontornável do Hip Hop português, com uma longa carreira que o liga a uma das primeiras vagas de MCs nacionais, depois de lançar em Julho  o disco “Olhos de Vidro”, lança agora novo single, “Gratidão”, produzido por Sam The Kid e com participação de Camila Masiso. «Esta faixa foi composta durante um período de reflexão pessoal. Numa época em que o caos está por toda a parte torna-se difícil ver o lado positivo das coisas. Este é um exercício de gratidão, de ver as coisas boas, tenho certeza que muitos dos que ouvirem vão-se identificar. Convido a todos a fazer uma retrospectiva mais profunda das suas vidas, tenho a certeza que se procurarmos encontramos o lado bom, o lado que importa. É hora de espalhar o amor, agradecer em vez de nos lamentarmos. Convidei o Sam The Kid, com quem cresci na cultura hip hop e que provavelmente é quem melhor entende a minha arte, a que juntei o toque tropical, do Brasil, com a Camila a liderar o refrão e a trazer boa boa vibe a esta faixa.»,  refere Tekilla. Tekilla continua a apresentar o seu novo disco ao vivo, tendo passado recentemente pelo Estúdio Time Out em Lisboa e também pela última edição do Festival Iminente. 

MIGUEL DINIS – “Não me vais deixar”// Miguel Dinis é a nova aposta da Primeira Linha, agência dos conceituados artistas Miguel Araújo, Bárbara Tinoco, Os Quatro e Meia, João Só, entre outros. O jovem cantor, compositor e instrumentista, estreia-se nas edições com o seu primeiro single, “Não me vais deixar”. «Dono de um timbre único e de um dom para a composição», Miguel Dinis cresceu rodeado por todo o tipo de instrumentos desde que tem memória. A paixão foi crescendo e hoje defende que a música tem um papel determinante na sociedade, quer como veículo cultural e de expressão, mas principalmente como elemento na prevenção da doença. Com influências vastas e muito variadas, é com o pop rock e com o blues que mais se identifica, tendo encontrado em John Mayer o seu músico compositor de eleição. Um verdadeiro apaixonado pela indústria musical, que agora se atreve a dar ao mundo a melhor parte de si, canções profundas, carregadas de nuances pessoais, um estilo muito próprio e carregado de individualidade. Com apenas três anos de idade teve o primeiro contacto com o piano e com a viola, instrumentos que explora até hoje. Aos 16 começa a escrever e a compor as suas canções e pouco depois percebe que já não há volta a dar, a música veio para ficar. Procurou a escola certa para aprender o que lhe faltava no vasto mundo musical e, em paralelo montou o seu primeiro estúdio, em conjunto com outros amigos sonhadores. Pelo meio a energia que lhe restava serviu ainda para criar a marca BUNKER RECORDS, uma produtora especialmente vocacionada para todas as pessoas que sonham em ser músicos, dotando-a de todas as competências técnicas e humanas para os apoiar na criação, composição, mistura e produção áudio e visual.

AFONSO PAIS – “Ermo”// Meses após o lançamento do seu mais recente trabalho discográfico, o guitarrista e compositor português Afonso Pais apresenta-nos um novo vídeo para o terceiro single do disco “O Que Já Importa”. Depois do lançamento e da circulação do novo espetáculo por Lisboa, Porto e Coimbra, este ano de 2021 não terminará sem que a canção nos seja revelada também pelo lado visual: um retrato em movimento da essência desta colaboração com Salvador Sobral. No alinhamento original do disco, “Ermo”, com música e letra de Afonso Pais, encerra a sequência de faixas do álbum. O caráter conclusivo desta música completa a viagem ao longo das temáticas e episódios, fruto de um imaginário que se centra na guitarra como “voz” criadora, cruzando caminhos na diversidade das suas amplas tradições. Com realização de Jep Jorba, o vídeo articula as duas versões constantes no disco: uma introdutória que conta apenas com guitarra e com a voz de Salvador, em jeito mais intimista e formato acústico, que metamorfoseia numa outra, mais sinfónica e com a presença do grupo completo – Margarida Campelo, Maria Luísa, Nazaré da Silva, João Correia, João Hasselberg, para além de Salvador e Afonso. A Voz de Salvador Sobral encontra o desfio de uma estrutura e arranjo em crescendo musical, mas que simultaneamente impõe um percurso narrativo de afastamento e resolução forçados. A assinatura da sua interpretação única traz “Ermo” aos meandros da canção portuguesa, da melodia em português, que reluz da letra e do lugar de nostalgia. «Cada música reconstitui uma vivência e reconstrói a sua marca na memória emocional que a acompanha: uma autobiografia em sons. Este trabalho corporiza o significado do Blues nas suas várias manifestações em mim. Não sei o que foi começo nem qual o destino. Mas sei tudo sobre o percurso feito, e aqui conto essa história, com os pontos de referência que importam. “O Que Já Importa” é o quinto disco de originais e o mote para o seu novo espectáculo cujas datas de 2022 serão anunciadas no começo do novo ano. Aguardam-se as novas oportunidades para a experiência ao vivo deste projecto que relembra e remete ao essencial da música de Afonso Pais.

THE ALLSTAR PROJECT – “Momentum”// Vinham de várias formações musicais e queriam juntar-se num projeto paralelo, sem expectativas, mas profundamente ambicioso, estética e conceptualmente inspirado no universo das bandas sonoras e do movimento musical independente mais épico. Como quem faz uma paisagem sonora e apenas instrumental para a forma como olha o mundo. Em pouco tempo estavam a ser associados à introdução do movimento pós-rock em Portugal, a criar concertos inesquecíveis com projeções sincronizadas e a conseguir um estatuto de banda de culto no nosso país e com muitos seguidores internacionais. Na cidade de Leiria começaram a programar uma sala de concertos, inspiraram uma nova geração de jovens músicos a fazerem bandas e criaram um estúdio onde gravaram os primeiros discos de nomes como First Breath After Coma ou Nice Weather For Ducks. Em 2021, comemorando 20 anos desde a sua formação, os The Allstar Project regressam com “Momentum”, acompanhado por um vídeo que explora precisamente essa ideia. Musicalmente, não deixa de ser interessante que, pela primeira vez, prescindem de serem apenas eles próprios a produzir este trabalho, partilhando a responsabilidade com quem cresceu a ouvi-los e daí fez também uma banda: Rui Gaspar, dos First Breath After Coma. Se o ecossistema da música independente que se vive hoje em Leiria existe e se várias bandas resolveram começar a tocar, uma grande quota parte de responsabilidade é dos The Allstar Project. Há já vinte anos começaram um verdadeiro “Momentum” que se tornou muito maior do que eles próprios e agora voltam a mostrar porque é que continuam e vão continuar a ser uma referência e uma banda de culto. Há muitas formas possíveis de comemorar um aniversário redondo, com reedições ou com concertos, mas os The Allstar Project nunca fizeram o que seria mais expectável e “Momentum” é apenas a primeira apresentação de um novo disco que será lançado no primeiro trimestre de 2022.

RAFAEL XAVIER – “Só Hoje Vi”// Rafael Xavier traz consigo um registo musical que nem o próprio arrisca classificar: uma fusão que contempla a tristeza e melancolia do fado na voz e guitarra do autor e a influência folk e clássica invocada pela colaboração do violinista e compositor Eduardo Sousa. Surge, então, o single “Só Hoje Vi”, um registo autobiográfico de redenção e purificação que irá integrar o álbum “Ode Moribunda”, a estrear no próximo ano.

WIPEOUT BEAT – “Hey Girl”// Dentro de um universo low-fi onde a paixão por teclados antigos e em segunda mão fala bem alto, surge “Hey Girl” com uma espécie de foco numa personagem feminina que deixou marcas ao passar. Mantendo o calor e conforto sonoro dos teclados, surgem riffs simples, mas marcantes, que nos colocam neste universo de synth rock com cheiro a garage e algum rock’n’roll. Wipeout Beat é a nova banda de três veteranos da cena musical de Coimbra. Carlos Dias, Pedro “Calhau” Antunes e Miguel Padilha têm os seus nomes ligados a bandas conimbricenses com sonoridades tão diversas como Bunnyranch, Subway Riders, Garbage Catz, A Jigsaw, Objectos Perdidos, entre outras. Tudo começa em 2016: as jams e brincadeiras com velhos teclados que foram encontrando nas feiras de velharias e lojas de 2ª mão, transformaram-se em coisa séria que tinha que ser gravada. E assim foi! O resultado foi bom, resolveram encontrar um nome, e em 2016 estrearam-se em palco. Com preferência por teclados clássicos da Casio, uma guitarra e uma velha caixa-de-ritmos da Roland, o som foi crescendo com a destreza de tocar instrumentos que nenhum tinha tocado a sério até essa altura. Pedro Calhau, baixista exímio, cria agora com a guitarra, algo que tanto tem de western como do rock inato das bandas de Coimbra. Os teclados, tocados pelos três, soam ao mais sujo do garage, aos sons minimais dos Suicide ou do Philip Glass, a uma “eletrónica primitiva”, tudo ao ritmo de um Roland CR-8000, que faz com que seja impossível não bater o pé. “Wine Nights Fantastic Stories” é o segundo disco da banda com lançamento marcado para o dia 23 de Dezembro com o selo da Lux Records.

PÄ – “Il primo movimento dell’immobile”// A combustão lenta records tem o prazer de apresentar “Il primo movimento dell’immobile”, dos pä. Este novo tomo duplo assinado por de Paulo Fonseca e Filipa Campos chega em versão digital e em cassete, numa edição limitada a 10 exemplares numerados à mão. Se “La Demeure Phréatique” nos colocou na órbita de Paulo da Fonseca e Filipa Campos, “Il primo movimento dell’immobile” faz-nos descer gentilmente sob este corpo em expansão para descobrir uma cosmologia própria e cada vez mais fascinante. Aqui, os pä abrem mais uma vez caminho à procura de uma linguagem universal – algures entre a emoção e a evocação -, explorando espectros, memórias, ecos, reverberações e outras fantasmagorias tornadas matéria para dar corpo a “le son doublé” e “löss”. Depois de uma aparição no Out.fest que nos submergiu numa torrente de harmónicos reais e imaginários que nos deixou a sonhar com outros mundos, cruzamos agora destinos com os pä nas nossas próprias condições: numa dimensão sem tempo e onde nada mais ressoa para além desta “meta-música oculta sob a aparente pacatez dos dias lentos” (nas palavras de Bruno Silva). Um deleite. “Il primo movimento dell’immobile” está disponível para escuta e encomenda no bandcamp da combustão lenta records.

RITA ROCHA – “Mais ou Menos Isto”// Rita Rocha, que chegou à finalíssima da mais recente edição do programa televisivo The Voice Kids sob a mentoria de Carolina Deslandes, revelou o single de avanço do EP que irá editar em 2022. “Mais ou menos isto” tem letra de Carolina Deslandes e Bárbara Tinoco, que também assinam a autoria da música em parceria com Agir e Fedor Bívol. A Rita Rocha cabe uma interpretação profunda, bem maior do que a sua idade. A cantora, compositora e instrumentista teve uma passagem marcante pelo The Voice Kids e em Março a sua actuação valeu-lhe inclusive a distinção “Best of March in The Voice Kids 2021”, fazendo-se notar para além das fronteiras do nosso país. Lapidando agora a sua personalidade artística, o talento que possui e que é universal, começa a revelar-se.

GALO CANT’ÀS DUAS – “Selfish Boy”// Galo Cant’Às Duas lançou um novo single, música intitulada de “Selfish Boy”, que conta com a participação do rapper português Chullage. Escrito pelo próprio, o tema fala-nos de toda uma pressão social, cada vez maior das redes, dos likes, dos dislikes ou mesmo de toda a mentira, personagens criadas de uma suposta perfeição que é criada atrás de um ecrã. «Toda a gente quer um papel fixe, mas nem tudo o que vem à rede é fixe». Este single conta também com o contributo do beatmaker Marlow Digs.

BILOBA – “Tabuada”// A banda Biloba lançou o single “Tabuada”, que irá estar disponível em todas as plataformas de streaming. “Tabuada” desenvolve-se num começo de miragem e frases frenéticas, transformando-se num jogo recreativo de letras invulgares e fluxos de pulsações e ondas flutuantes. Biloba é o nome do grupo lisboeta que se formou no final de 2019, nascido do imaginário de Francisco Nogueira, cantor e baixista do projeto. Iniciando-se em pré-pandemia, Biloba observou a sua metamorfose criativa durante o confinamento de 2020. Neste casulo, foi buscar as suas influências ao Rock Alternativo e ao Hip-Hop, com repertório cantado em português e francês. Os membros conheceram-se a partir dos seus estudos em Jazz, de onde foram buscar a improvisação e a inconformação que entregam à sua música. São eles, Nazaré da Silva (voz e teclados), Simão Bárcia (guitarra), Diogo Lourenço (guitarra), Miguel Fernández (bateria) e Francisco Nogueira (voz e baixo). O grupo apresentou-se ao vivo nos Anjos 70 em 2020, ao lado de Ossos d’Ouvido e Polivalente, e gravou um concerto completo na World Academy. O EP de Biloba vai estar disponível em 2022 e será lançado pela Chinfrim. Foi gravado e misturado em 2020 e 2021, tendo sido adiado devido aos períodos de confinamento. O EP foi gravado e misturado por João Oliveira e masterizado por Guilherme Coelho.

YAWN SOCIETY – “Watching You” // Projeto artístico de música eletrónica e jazz e música moderna, da autoria de Duarte Reis (Impuzzle), Gonçalo Diogo Morais e José Veiga (ZZY) estreou-se com o seu primeiro single “Watching You”, que será parte integrante de um EP a sair futuramente. Por intermédio das guitarras elétricas, dos teclados e sintetizadores há um cruzamento entre a música acústica e a produção de música eletrónica digital, concebendo um universo de influências jazzísticas, estruturas livres e imprevisíveis, associadas ao experimentalismo. Yawn Society aglutina diferentes realidades musicais, as guitarras de Gonçalo Morais, os teclados e sintetizadores de Duarte Reis, bem como a programação eletrónica de José Veiga. As influências e o background, musical e artístico, completamente distintos deram resposta a um desafio, ditando uma nova estética na produção e criação musical.

TRISTA – “Tristianismo”// Trista, um dos elementos do coletivo Instinto26, lançou o seu álbum de estreia “Tristianismo”, já disponível em todas as plataformas digitais. Neste álbum, todos os temas estão interligados e contam uma história. «Tristianismo é a minha religião. Quero espalhar por cada ouvido a minha música e esperar que se identifiquem com os meus sentimentos e estado de espírito.» Num mix de valores, pensamentos e sentimentos vividos tanto por Trista como por aqueles que o rodeiam, neste projeto o artista pretende transmitir as suas influências e, em simultâneo, mostrar a sua versatilidade. Cada verso tem o seu sentimento, sendo a família e as suas origens o motor para todo o processo e ciclos pelos quais tem passado e passará. Este álbum é sobre os altos e baixos da vida, sobre os momentos que que estamos “desligados” da realidade e tudo parece uma neblina, momentos em que nos sentimos como um “ghost” ou desejamos não ser vistos. Até que chega um dia, um momento, uma mudança, algo ou alguém que nos faz querer sair da nossa zona de conforto, despertando-nos para outras “paisagens”, como se de uma viagem se tratasse.

WILDCHAINS – “Chaotic Needs”// Wildchains é uma banda de Braga, é rock que promete levar o caos ao Rock n’ Roll. “Chaotic Needs” é uma fusão entre melodia e Riffs energéticos que fala sobre uma relação caótica metafórica, que persiste em arranjar forma de funcionar. Carrega no play para ouvir.

DENISE Nuvens”// “Nuvens” foi o single escolhido por Denise para encerrar 2021. Após os temas que marcaram o seu regresso “Tom de Voz” e “Ciclo Viciado”, “Nuvens” veio para fazer a transição para 2022. Com linhas musicais híbridas, complementadas pelo tom de voz doce de Denise, faz deste tema algo único, dissipando qualquer dúvida e afirmando assim o sentimento. O tema Nuvens já se encontra disponível em todas as plataformas digitais.

MR MARLEY – “Saudade”// “Saudade” é uma música nostálgica a relembrar os tempos de criança, que foram tão marcantes na vida de Mr. Marley. Se há alguém que teve uma infância atípica e, também por isso, inesquecível, é ele. Através da letra e do videoclip deste tema, onde foram usadas imagens da carismática banda One Love Family e onde a família mais próxima do artista participa, ficamos a conhecer este seu lado mais pessoal. “Saudade” mostra uma vertente mais melódica e lírica, com um teor muito emocional. “Apesar da minha história ser diferente, acho que muitas pessoas, sobretudo da minha idade, se vão identificar com esta letra”, refere Mr. Marley. Esta canção lança o mote para um mini-documentário sobre a vida de Mr. Marley: uma produção onde ficaremos a conhecer melhor o homem e o artista.

ANDRÉ DE BRITO – “Sweet Angel”// André de Brito apresenta o single Sweet Angel e que fará parte do álbum “Queen of Spades” a ser editado em 2022. «“Sweet Angel” é uma balada, na qual que se misturam instrumentos clássicos como guitarra clássica, flauta e oboé com uma vertente mais electrónica usando sintetizadores e pianos elétricos. A letra é bastante imaginativa e metafórica», diz André de Brito. Para além de todos os instrumentos terem sido tocados por André de Brito, o novo single foi também composto, escrito e produzido pelo artista.

JOSÉ VALENTE – “Trégua”// O premiado compositor e violetista apresenta “Trégua”, disco em que inova mais uma vez compondo para viola d’arco e a realidade filarmónica. “Trégua” é a primeira obra criada para viola d’arco e orquestra de sopros, da autoria do premiado compositor e violetista José Valente. Um encontro imprevisível entre o músico e a Orquestra Filarmónica Gafanhense, dirigida pelo prestigiado saxofonista e maestro Henrique Portovedo, que resulta num momento inédito na história da música portuguesa. Uma proposta criativa singular, tanto para a viola d’arco, enquanto instrumento solista, como para a realidade filarmónica que parte numa viagem disruptiva que vai além dos limites da música erudita. O projecto cultural 23 Milhas acolheu, em residência artística, a concepção e a gravação deste registo original, de 7 actos, que reflecte a persistência de José Valente em percorrer um trilho desassossegado, mapeado pela constante descoberta de novas possibilidades musicais para o seu instrumento.

GOBI BEAR – “10”// Já está disponível em todas as plataformas digitais e em CD o novo EP de Gobi Bear, que celebra dez anos passados desde o seu primeiro lançamento e inclui três temas que anunciam o terceiro álbum de longa-duração, com lançamento previsto para 2022. O artwork é da Katharina Leppert e todas as músicas contam com a voz convidada da Teresa Q. “10” conta com o apoio do Município de Guimarães e da Direção Regional de Cultura do Norte e tem o selo da Planalto Records.

GOODBYE, ÖLGA – “Cop’s Delight”// Os lisboetas GOODBYE, ÖLGA comemoram os seus vinte anos de existência com o lançamento de um álbum duplo de título homónimo. A banda que se cimentou na cena indie-rock nacional no início do século com uma discografia composta por “Ö” (2004), “What is” (2005), “La Résistance” (2009), “Samurai” (2010) e “Pandora” (2012), com uma sonoridade fortemente enraizada nas correntes do post-rock e alternative-rock dos finais dos anos 90, sempre se caracterizou pelas constantes metamorfoses e experimentalismo criativo. Após um hiato de quase dez anos na edição discográfica e impedidos de usar o nome original ÖLGA (após ameaça de processo judicial por parte de uma artista americana de seu nome Olga), o agora quarteto, composto por João Hipólito, João Teotónio, Filipe Ferreira e Tiago Fonseca, é uma versão mais madura e refinada da banda, explorando ao longo das duas partes que compõem GOODBYE, ÖLGA, um universo sonoro que se define pelo contraste entre a subtileza melodiosa e a agressividade intensa das suas composições. GOODBYE, ÖLGA surge como uma necessidade quase catártica da banda de explorar estruturas onde as dinâmicas das guitarras e vozes distorcidas são predominantes. Dividido em duas partes, GOODBYE, ÖLGA apresenta um lado vermelho, de cariz mais direto e melodioso, por vezes intimista, e um lado negro, de inclinação sonora atmosférica mais sombria, experimental e psicadélica. Após um longo período de composição e experimentação, a gravação decorreu em estúdio próprio, entre janeiro e setembro de 2021. A mistura e masterização ficaram a cargo do produtor e colaborador de longa data, Eduardo Vinhas. O álbum será lançado dia 11 de Fevereiro através de uma edição de autor apoiada pela Fundação GDA. “Cop´s Delight“ é o primeiro single extraído do álbum, tema marcado por guitarras ásperas e ritmos pulsantes, onde está bem patente a vertente mais post-punk da banda. O vídeo de apresentação do single foi realizado por João Teotónio e retrata a influência da estética obscura “film noir” na banda.

MARTA DIAS – “Dantes”// Após “À Janela”, primeiro single, eis que Marta Dias nos apresenta agora o novo tema “Dantes”, que conta com a participação muito especial da cantora Ana Vieira. Segundo Marta Dias, “Dantes” recupera memórias de um passado perdido, de felicidade, viagens e momentos de alegria. Pode ser uma alusão aos tempos que vivemos. Pode ser o relato de um relacionamento que findou. A decisão fica a cargo do ouvinte. A cantora e compositora Marta Dias apresentará em breve o seu novo trabalho discográfico, intitulado “Um Beijo para Amanhã”, composto por dez canções de inspiração luso-africana e brasileira, unidas pela língua portuguesa, que constituem uma autêntica súmula dos cruzamentos feitos ao longo de uma carreira construída a partir da investigação das componentes da sua identidade africana e lusa, que culmina em síntese perfeita com a tradição brasileira. Marta Dias possui um percurso musical que se estende por mais de duas décadas. Nascida em Lisboa, com ascendência santomense, goesa e portuguesa, Marta Dias tem vindo a cruzar, ao longo da sua carreira musical, as diversas influências culturais que lhe correm no sangue. Colaborou com nomes tão díspares como os Ithaka e General D ou Mestre António Chainho, com quem actuou aliás em digressões nacionais e internacionais que culminaram, em jeito de síntese destes anos de concertos e viagens, num álbum em parceria com o Mestre.

MANUEL MAIO – Chula da Distância”// Com um percurso musical intenso e ecléctico como intérprete, compositor e produtor, Manuel Maio apresenta-se, finalmente, em nome próprio com o disco “Sem olhar ao Tempo”, a ser lançado a 11 de Fevereiro de 2022. Por agora, levanta-se o véu sobre este novo trabalho discográfico com o single “Chula da Distância”, que nos fala sobre relacionamentos à distância, onde as estrofes e refrão contam histórias diferentes: se as primeiras são dominadas por um pessimismo teimoso, o refrão rende-se à inevitabilidade do amor, rejeitando o fado amargurado. Para além da música, a “Chula da Distância” também se conta em vídeo de animação, da autoria da ilustradora Ana Maio. Em tom de festa e de celebração dos afectos, nesta “Chula da Distância” troam tambores, vibram rabecas e trinam guitarras, com música e letra da autoria de Manuel Maio (voz e rabeca), acompanhado por Francisco Pereira (guitarra portuguesa), Pau Figueres (guitarra espanhola), Rui Ferreira (baixo) e Tiago Manuel Soares (percussão). O novo disco “Sem olhar ao Tempo” será editado a 11 de Fevereiro sob a chancela da Sons Vadios, editora independente especializada na música portuguesa de cariz tradicional, folk e worldmusic.

MILTON GULLI – “Cacimbo” // Milton Gulli é um artista profundamente imerso nos sons lusófonos e na cena musical africana contemporânea de Lisboa. A celebrar quase 25 anos de carreira, é fundador de projectos como Cacique´97, The Grasspoppers, Simba & Milton Gulli e Philharmonic Weed, foi vocalista dos Cool Hipnoise e é também produtor e DJ. Criou a editora independente Kongoloti Records e, entre vários trabalhos na TV e cinema, compôs recentemente a banda sonora para o filme moçambicano “Resgate/Redemption” em exibição na Netflix. Após uma temporada de nove anos em Moçambique, Milton regressou a Portugal em meados de 2020 para preparar o seu primeiro álbum a solo. “Quotidiano” é o título deste trabalho que será lançado a 3 de Março de 2022 com edição internacional pela britânica Tangential Records. Depois de dar a conhecer “Jogador” e “Puto“, os primeiros singles revelados, Milton Gulli lançou, no passado mês de Maio, “Cacimbo”, o terceiro tema de avanço deste seu primeiro disco a solo.

ARY RAFEIRO – “Tão Linda”// Ary Rafeiro junta em “Tão Linda” os bons malandros Rony Fuego, Mr Marley (Supa Squad) e Uzzy para contar quatro histórias. Este é o single de avanço do primeiro álbum de Ary Rafeiro, que se intitulará “Contos de Amor de Um Bom Malandro” e tem edição prevista para o próximo ano. “Tão Linda” veste-se de Brasil com a rima gingada e um caraterístico refrão orelhudo de Ary Rafeiro; viaja pelo Rap mais “raw” de Uzzy; passa pelo Afro Swing com Rony Fuego e acaba num flow de Dancehall ao bom estilo de Mr. Marley.  “Tão Linda” é produzido por Ary Rafeiro & ZOO, dupla de produtores que assinou o platinado “Romance de Cinema” de Domingues e “Game Over” de Cintia e Lukky Boy. Estes são também responsáveis pela produção de todo o álbum de Ary Rafeiro. O master final ficou a cargo do brasileiro 2F’s que já misturou e masterizou Papatinho, Anitta, L7nnon, Orochi, Ludmilla, entre outros. Já o videoclip tem a assinatura da Afro-Digital com produção dos Bons Malandros (equipa de Ary Rafeiro). Grafismo de capa por ZOO e Hypart com fotografia de Luana Novi.

JOÃO FARINHA – “Balada do Regresso”// Comemorando praticamente um ano após o lançamento de “Solto”, o músico de Coimbra propõe agora o video “Balada do Regresso”, um tema romântico que conta com o notável arranjo para guitarra clássica de Diogo Passos, também ele responsável pela direcção artística do projeto. João Farinha, que durante os últimos anos se tem batido por inovar e trazer novas sonoridades para o Fado de Coimbra, prepara um novo trabalho discográfico para 2022, continuando assim o seu objetivo de renovar e adaptar a canção coimbrã a novas realidades, procurando assim chegar a novas geografias, novos palcos e novos públicos.

PAULO PRAÇA – “A Minha Terra”// O músico Paulo Praça está a apresentar o seu primeiro tema ao vivo após o fim da digressão “Onde” que percorreu mais de 30 localidades a nível nacional. “A Minha Terra” faz parte do Livro-Disco “Onde” lançado em 2020 e conta com a letra de Simão Praça. O tema foi filmado ao vivo na Cividade de Bagunte com Paulo Praça a ser acompanhado pelos Intocáveis (Eurico Amorim – teclados, Andrés Malta – baixo e Pedro Martins – bateria). A Cividade de Bagunte é um monumento nacional localizado no Concelho de Vila do Conde. É considerada um dos maiores povoados da cultura castreja do Noroeste Peninsular, fundada na Idade do Ferro e, posteriormente, romanizada, tendo sido um importante centro populacional habitado entre os séculos IV a.C. e IV d.C. O vídeo contou com a realização de Rita Mercedes. O tema “A Minha Terra” é uma homenagem à terra natal de Paulo Praça, Vila do Conde, e é a mais recente amostra do Livro-Disco “Onde” que inclui letras de nomes relevantes da cultura nacional: de Valter Hugo Mãe, a José Régio, Jorge Cruz, Ruy Belo, entre outros. Conta também com a participação de José Cid e Fausto Bordalo Dias.

ÂNGELA SILVA – “Canto”// Natural de Lagos, Ângela Silva é licenciada em Canto pela Escola Superior de Música de Lisboa e frequentou o Trinity College of Music, em Londres. No domínio da ópera e oratória, interpretou enquanto soprano, vários papéis principais por várias cidades nacionais e internacionais. Já gravou vários cd’s ao vivo e em estúdio, como solista, com destaque para “Alma Mater”, “Pasión”, “O Mundo, In Memoriam”, “O Aniversário” e “O Método” de Rodrigo Leão. A cantora portuguesa conta com dois troféus, cinco primeiros prémios e três segundos prémios conquistados em Inglaterra, destacando-se o “The pearl Butcher Cup” e o “Premier Challenge Cup”, conquistados em 2007 com obras de compositores portugueses. Ângela Silva lança em Dezembro de 2021, o seu EP de estreia no estilo pop operático, intitulado “CANTO” com o vídeo clipe “Canto (Um Belo Encanto)”.

PÁLIDOS – “Fim do Nada”// Banda nascida e criada em terras Lusitanas, prometendo aos deuses a elaboração de partituras musicais com elevada conotação artística anexadas ao aprimoramento do Surf Rock e de suas variações psicadélicas. Eles são Nuno Coelho nas cordas vocais e na guitarra, João Pedro Afonso na mesma coisa porque um não chega, André Guerreiro que toca muito baixo, Manuel Duarte com bateria infinita para bater nos tambores e por fim Cláudio Pascoal que não canta, mas encanta nos teclados! Conheceram-se todos na mesma faculdade e a tirarem todos o mesmo curso: Engenharia Informática. Compartilhavam a mesma paixão pela música e certo dia tiveram a ideia de formar uma banda. Assim nasciam os Pálidos em 2016 na Caparica. No final de 2019 lançaram o seu primeiro EP de originais “EPá Lindo”. Seguiram-se mais uns concertos de apresentação do novo EP até à pandemia. Não foi isso que os fez parar e a 29 de Agosto de 2020 editam o seu segundo EP “No Mar de Marte”. Imediatamente após estes lançamentos, meteram mãos à obra para um ambicioso trabalho. Para álbum de estreia, um álbum concetual! As preparações começaram em Outubro de 2020 com muitos ensaios e finalizar composições. As gravações iniciam-se em Junho de 2021 até Setembro. Carrega no play para ouvir “Fim do Nada”.

5ª PUNKADA – Blues da Quinta// Os 5ª Punkada são uma banda de rock constituída há mais de 25 anos por utentes da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra. A 23 de Dezembro de 2021 lançam o disco de estreia, que foi gravado e produzido por Rui Gaspar (First Breath After Coma) e que conta com os músicos convidados Surma e de Victor Torpedo (The Parkinsons /Tédio Boys). A apresentação ao vivo (com os músicos convidados) em palco também já está marcada para esse mesmo dia, em Leiria. Fausto Sousa nasceu para compor música, escrever letras, cantar e tocar, mas quem o vê na sua cadeira de rodas, com a paralisia cerebral a tomar conta dele, dificilmente imaginaria que ele conseguiria fundar uma banda. Mas, com muito trabalho e com o espírito mais punk que pode haver, Fausto prova o contrário há já quase três décadas, quando fundou este projeto. Desde 2008, é acompanhado nesta aventura por Fátima Pinho, teclista (que integra também a orquestra de samples “Ligados às Máquinas”, também na APCC) e é uma espécie de referência estética dos 5ª Punkada, sempre preocupada com a segunda parte do binómio ‘som + visão’. Jorge Maleiro e Miguel Duarte são os elementos mais recentes, tendo ambos entrado para a banda em 2018. Jorge, além de garantir boa disposição, tem toda a ambição das grandes estrelas rock e começou a tocar guitarra elétrica apenas quando passou a integrar o grupo, mas hoje já fala em fundar uma outra banda e talvez até em ter uma carreira a solo. Miguel é o mais novo dos quatro e o otimista de serviço, discreto q.b. mas seguro de como quer fazer as coisas. Paulo Jacob é o musico-terapeuta da APCC que coordena o projeto há duas décadas, desde 2001. 

HOLLY HOOD – “Peso”// Já está disponível o novo single de Holly Hood. Chama-se “Peso” e é precisamente sobre o “peso” que atribuímos às diversas situações da vida, numa analogia constante entre o peso literal das coisas e a sua importância, relativa à subjetividade de cada um. O videoclip, com a assinatura de André Caniços, transporta-nos para uma viagem dentro da cabeça do artista, na qual os espetadores são guiados pelo próprio.

EVAYA – “How to dance what is true”// “How to dance what is true” é sobre nos auto questionarmos e irmos ao encontro de uma genuína forma de expressão, honrando a nossa existência e agindo através de uma verdade própria. O videoclipe com direção de Gabriel Siams – artista brasileiro residente em Lisboa – desenvolve então uma atmosfera mística onde a energia da lua, astro dos ritmos da vida e do destino, desencadeia uma busca através do movimento contínuo do corpo, que dança pela luz incondicional e eterna.

 O emanar do brilho lunar estende-se às sombras internas humanas, e a percepção deste encontro é um portal para a liberação dos poderes pessoais. EVAYA constrói composições sobre as leis da natureza – a intemporalidade e informidade do ser e os aspetos místicos das nossas emoções. A sua linguagem musical procura palavras em melodias pop combinadas com texturas e sintetizadores – servindo um ambiente de paisagens sonoras etéreas, em camadas suaves de efeitos e ritmos eletrónicos dançantes. 

[Nota: Todos os textos foram retirados dos comunicados enviados à redacção da Arte Sonora]