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Viriatada Novembro #1: The Weatherman, Palmers, Senhor Vulcão, Jónatas Pires, Aníbal Zola, Entre Outros.

Viriatada Novembro #1: The Weatherman, Palmers, Senhor Vulcão, Jónatas Pires, Aníbal Zola, Entre Outros.

Redacção

Mais um mês, mais uma ronda de Viriatada, o espaço que a AS dedica aos lançamentos da música portuguesa.

A música nacional merece ser partilhada. Existem novos lançamentos todos os dias, todas as semanas, todos os meses, e qualidade é coisa que não falta! A nossa rubrica Viriatada reúne alguns dos destaques da música portuguesa todas as semanas. Poupamos-te o trabalho, só tens de visitar a Arte Sonora, conhecer, ouvir e partilhar.

SENHOR VULCÃO – “Toma lá”// “Toma lá” é o segundo single do quarto volume de canções “Bixos Bons”. “Toma lá meu menino põe-te fino, vai à madrinha, cambalhota faz o pino. Põe o laço, engraxa o sapato, põe o gel tira o buço e toma lá um chocolate!” Assim começa e continua, como a vida formatada dos dias de hoje. “Toma lá” é um grito irónico, um post-it de testa. Senhor Vulcão no seu folkrap ora ácido, ora doce. “Bixos Bons”, o quarto volume de canções de Senhor Vulcão, foi gravado em 4 dias numa sala em Marvila com eco de cimento e vazio. Foram muito poucos os instrumentos na sala pois a escassez aguça a destreza. Stompboxes construídas e doadas por amigos, uma guitarra acústica, pequenos instrumentos eletrónicos para os loops, e algumas gravações de sons captados ao longo de meses de deambulação. Os takes foram poucos para ficar a crueza, e a edição cirúrgica para a crueza não sair.

HUMANA TARANJA – “Destino”// Os Humana Taranja, oriundos do Barreiro, são o projeto artístico de Guilherme Firmino. Começaram a tocar em 2018, tendo o seu concerto de estreia nesse mesmo ano, na última edição do festival Barreiro Rocks. Guilherme Firmino é o vocalista principal e está encarregue da guitarra rítmica, Marta Inverno dá vida ao baixo e integra o coro, David Yala Rodrigues é o responsável pela guitarra lead, Filipa da Silva Pina aventura-se no teclado e enquanto voz secundária, e Afonso Ferreira dita o tempo na bateria enquanto auxilia o coro. “Destino” é o segundo single do disco de estreia dos Humana Taranja com data de lançamento previsto para o fim de 2021. O tema foi gravado no Estúdio King, no Barreiro, e conta com a produção de Carlos Ramos (Nick Suave) e Guilherme Firmino. Juntamente com este novo tema os Humana Taranja lançam também o segundo vídeoconcerto VCR – Humana Taranja Commercial Anthology Part One, fruto da contínua parceria com o cineasta Tiago Bastos Nunes no qual, para além do single “Destino”, é desvendado, numa versão ao vivo, mais um tema do disco de estreia da banda, “Nunca”. O vídeo-concerto será exibido no Canal 180 todas as sextas feiras do mês de novembro pelas 23:30h.
A captação sonora esteve a cargo de António Sá, Guilherme Firmino e Luís Dias e contou com a participação especial da companhia de dança do Barreiro DanceUp Ballet, e dos figurantes Mariana Sardinha, André Amado, Fábio Caeiro, Mafalda Gonçalves. Encontra-se agora disponível no Spotify e nas restantes plataformas digitais.

IT WAS THE ELF – “The Return Of The Bear”// Na encosta da Serra da Estrela, ao redor de uma fogueira, cinco druidas decidiram juntar a sua sabedoria e criar uma poção sonora que junta todos os elementos e essências da montanha. Ao longe, avistam Elfos e decidem convidá-los a juntar-se a eles nesta criação. Os ingredientes usados para a poção são o heavy, o blues rock, o stoner, a distorção e o psicadelismo. «Quem beber este néctar oriundo do caldeirão dos It Was The Elf, consegue sentir na pele a dicotomia entre o ar quente e gélido que entra pelo nariz e pelos poros da pele e uma sensação de purificação explosiva e enigmática que provém dos pedais e de toda a harmonia que as cordas conjugam.», dizem em comunicado. A música deste quarteto remete-nos para um lugar onde os pássaros cantam, o vento assobia canções de solidão e os rugidos que vêm do desconhecido ecoam pelos vales. Aqueles onde, sem saber como, nos desintegramos e passamos a constituir como um uno. Os It Was The Elf são Edgar Ferrão na bateria, Vasco Bicker na guitarra, Emanuel Mareco no baixo e Diogo Ferreira na voz e teclado. Vão lançar o seu segundo longa duração, “Ancestors”, no próximo dia 25 de Novembro pela Raging Planet que será apresentado no dia 13 no Wodstock 69, no Porto, no dia 04 de Dezembro na DRAC, na Figueira da Foz e dia 07 no Side B, em Alenquer, e em mais locais a anunciar em breve.

MGDRV – “Só por Ser” feat Kruss// “Só por Ser” é o mais recente single do álbum “Guelras”. «Haverá maior liberdade de que aquela de podermos ser nós próprios a 100%? Neste mundo cada vez mais virtual em que vivemos é difícil não querer seguir tendências ou “ondas virais”, mas é  na insistência no nosso próprio valor e personalidade que devemos apostar.  Nada melhor que olhar para dentro de nós e estar completamente convencidos que assim podemos vencer qualquer obstáculo, assim, só por ser.» Viajando pelas sonoridades do uk (2step;garage), este tema contou ainda com a participação da cantora Kruss.

BOSSA & MORNA – “Encontros”// O álbum “Encontros” dos Bossa & Morna, é um reflexo da história de Ivo Dias, Diogo Caetano e Iúri Oliveira, os três músicos que compõem o projeto. Para além da história musical individual de cada um, a sonoridade que, todos eles se identificam, é a génese humana e resiliente que os une. A “casa vazia” que eles decidiram habitar e nela criar, sem pensar em mainstreams, no que os outros vão pensar, ou outro factor, uma ponte transatlântica entre os Países Lusófonos. O disco de onze faixas, traz em sua matriz a língua Portuguesa com os seus diferentes sotaques, traz a pulsação que foi transportada em barcos, de África para o Brasil e América Latina, traz os balanços que abraçam as letras que retratam as tristezas do quotidiano, as alegrias, o “corre corre” de estação em estação, etc. De todos os temas destaca-se uma belíssima morna “Diz-me”, com a génese do cavaquinho cabo-verdiano e o choro das melodias, destaca-se o “Por Aí” e o “Fica mais um pouco”, dois temas que mesclam a bossa nova com a coladera, assim como outros temas que trazem o semba de Angola, a Obatála de Cuba, o baião do Brasil. Um CD, unicamente produzido, editado e gravado pelos três elementos da banda, é uma edição de autor e uma prova de resiliência, que em tempos estranhos e de confinamentos, é possível, com muita vontade e sacrifício, fazer-se o que mais se gosta.

PIMENTA CASEIRA – “Dá-me Tudo”// Pimenta Caseira, coletivo que se fixou na rua cor de rosa, no Cais do Sodré em Lisboa, prepara-se para lançar o disco de estreia, e fazem a antevisão com o primeiro single de avanço “Dá-me Tudo” já disponível em todas as plataformas digitais. Pimenta Caseira não é uma banda nem é um condimento, é um movimento. É assim que se classifica o super grupo formado por Fred Martinho aka B.E.R.A, na guitarra e talkbox, Gui Salgueiro aka Yanagui, nas Teclas, Zé Maria no Saxofone, Synths e Vocoder e Ariel Rosa na Bateria e pads. O single “Dá-me Tudo” reflete a essência do coletivo. «Será que é pedir demais, pedir tudo? Pimenta Caseira está habituada a dar tudo em cada concerto, cada canção em cada solo. Nesta faixa de estreia não é excepção, damos tudo, pedimos tudo, é o mínimo! Com um instrumental que celebra o G-Funk a faixa é comandada pela voz robótica do Talk Box, ao qual os Daft Punk e Roger and Zapp nos habituaram ao longo das últimas quatro décadas, mas cuja estreia em Portugal fica a cargo desta canção.» explica Fred Martinho aka B.E.R.A. Desde que o colectivo nasceu, foram vários os músicos que contribuíram para o seu crescimento. Na sua génese está Fred Martinho, músico fundador dos HMB e criador de vários projectos instrumentais que ao fixar morada no Tokyo no Cais do Sodré procurava um som, um novo som. Após muitas e longas noites, tardias, suadas e inesquecíveis, encontrou-o. Uma dose bem balanceada de passado e futuro, raízes e aspirações, orgânico e electrónico em que a missão é levar a audiência numa viagem de primeira classe mas sem rumo pré-definido, onde a improvisação é rainha e os instintos e oficio dos músicos são postos à prova em prol de algo maior.

MEMA. – “ESTOU BEM”// A artista e produtora MEMA., autora de “Perdi o Norte” e do EP “Cidade de Sal”, lança agora o seu novo single “Estou Bem”. Um tema pop, dançável, que sob o engodo da electrónica, questiona temas como a depressão, a vulnerabilidade e de como o passado molda a nossa liberdade presente. “Vivemos com monstros que nos perseguem para todo o lado. Para mim tem sido a depressão e este ano em particular, deitou-me ao chão, estive mesmo para desistir de tudo. Mas dava por mim a responder ao habitual “então, estás bem?” com um “Sim, estou bem”, quando por dentro estava a desabar e comecei a questionar-me ‘mas porque é que eu disse isto?’». Do desconforto à aceitação, “Estou Bem” revela uma evolução da estética anteriormente apresentada pela artista, mostrando uma nova maturidade e assertividade, bem delineada no grito dos sintetizadores e ritmo marcado, mas mantendo a mesma identidade vocal e guitarras elétricas a que MEMA. já nos habituou. Produzido por MEMA., o tema conta ainda com a colaboração do songwriter Água, de Ruby Smith na mistura e da célebre Katie Tavini (Arlo Parks, Mykki Blanco, Sega Bodega, entre outros) no mastering. «Conheci a Katie e a Ruby numa comunidade chamada 2% Rising, feita por mulheres e minorias de género que trabalham em produção e engenharia de som. Continua a haver um desequilíbrio enorme na indústria no que toca à representatividade feminina (e não só). É um tema que me faz comichão e quero fazer parte da solução. Por isso, fico mesmo contente de elas terem entrado no barco comigo para este tema e para o álbum que estou a preparar. Admiro muito o trabalho delas e sinto-me muito grata por alguém do nível da Katie querer trabalhar comigo». O videoclipe é assinado pela produtora Illicit Epiphany, e conta com realização de Gonçalo Loureiro.

THE WEATHERMAN – “One of a kind”// “One of a kind” é o terceiro single extraído do mais recente álbum de The Weatherman, “All Cosmologies”, uma ópera pop em todas as suas facetas, editado no início do ano. Segundo o músico, “o desfecho de uma ópera pop é suposto ser algo com impacto, que emocione, por isso tentei compor uma canção que estivesse à altura de um grande final, ou seja, que fosse o ponto alto do álbum. Por outro lado, era importante que a letra passasse uma mensagem forte, de esperança.” Mas “One of a kind” não é apenas um hino à esperança (“there is still hope and always will be…”), é também a canção mais confessional do disco (“I am just a man and I’m doing what I can, I just wanted to be heard and understood…). “All Cosmologies” foi transposto para o cinema e deu origem ao filme musical com o mesmo nome, uma curta-metragem realizada por Vasco Mendes, com a participação da actriz Carolina Amaral e com o apoio da GDA. O vídeo de “One of a kind” é composto por imagens retiradas do filme e, ao mesmo tempo que faz uma micro-síntese da narrativa, incide no desfecho desta, o aguardado encontro entre as duas personagens principais. “All Cosmologies”, o filme, foi construído em torno das canções que compõem o alinhamento do disco e é sobre como as gerações futuras vão olhar para o mundo actual. “All Cosmologies” recebeu várias nomeações para festivais de cinema internacionais, tendo arrecadado os prémios de Melhor Vídeo de Música no “Roma Short Film Festival” e no “Venice Shorts Film Awards” de Los Angeles. Venceu ainda o Prémio Melhor Filme Musical no festival “New York International Film Awards”. Por seu turno, “One Of A Kind” encontra-se nomeada na categoria de Melhor Canção no “Indie Short Fest” de Los Angeles. Depois de ter apresentado “All Cosmologies”, na Casa da Música, no Porto, o músico anuncia agora uma data em Lisboa: o palco do Teatro Maria Matos vai receber The Weatherman e a sua banda, no dia 23 de Março de 2022!

ATALAIA AIRLINES – “Niteflix”// O avião já está no ar e Atalaia Airlines já se prepara para fazer a sua primeira aterragem. Dia 19 de Novembro sai o primeiro álbum da banda com apresentação em exclusivo na curadoria Cuca Monga, no Palácio da Independência, no Super Bock em Stock. Em antecipação sai o último avanço deste primeiro trabalho. “Niteflix” com Mike El Nite já está disponível em todas as plataformas de streaming.  “Niteflix” é uma música simples. Feita desde início para ter uma voz a colaborar, a escolha Mike El Nite acabou por assentar como uma luva no registo do tema. A letra, envolve-se na perfeição com todos os elementos musicais e a estética cinematográfica e do VHS têm o seu expoente no video realizado por Irish Faveiro que também fica disponível hoje. 

JÓNATAS PIRES – “Quando o Vendaval Vier”// Jónatas Pires lançou novo single: “Quando o Vendaval Vier”, com videoclip já disponível. O tema faz parte do álbum “Terra Prometida”, de Junho deste ano, e mostra-nos Jónatas Pires no seu registo mais próximo do rock, servido, como sempre, por palavras de invulgar riqueza e conteúdo, construindo uma dinâmica muito identitária. O videoclip foi realizado por André Abrantini e filmado no sul do país, em que uma linha de comboio desativada é o mote para abordagem imagética à canção. Uma viagem com referências a muitos dos cânones que habitam o nosso imaginário e que associamos ao rock e ao contador de histórias – a estação abandonada, o carril, o céu ou a guitarra elétrica são pontos chave na linguagem. «O vendaval passou, nada mais resta”. É com estas palavras, tingidas de perpetuidade na dor, que o eterno Tony de Matos abre uma das mais icónicas canções de superação da nossa língua. Todos somos, a certa altura, esta personagem que dá por si sem saber para onde vai, nem o que fará. Só que, ao invés de nos encontrarmos e sabermos que, enfim, a saída é por mares calmos e enverdecidos de esperança porque o vento nos sopra de favor, assemelhamo-nos mais a uma jangada desfeita cuja única esperança é que o vendaval por ela passe novamente para a fazer navegar. Se há amor que quando nos prende acaba por se desfazer em fumo, outro amor há, maior, mais misterioso e profundo, que nos é como esteio em meio às vagas mais tremendas. E é a esse amor que, sugiro no meu Vendaval, nos podemos ancorar. “E no fim, ninguém mais rirá de nós».

ELISA – “No Meu Canto”// Já passou mais de um ano desde que Elisa, que acabara de vencer o Festival da Canção, lançou a primeira pedra desta sua obra que se chama “No Meu Canto”, o primeiro álbum da sua carreira. O álbum já está disponível em todas as plataformas Digitais de Streaming e Download. Chegou, finalmente, o momento de deixar sair para o público um álbum muito especial que reúne 10 canções, incluindo os singles já lançados até ao momento. «‘No Meu Canto’. O nome foi escolhido por ter duplo sentido”, conta-nos Elisa, “No meu canto, na minha voz, o meu instrumento, ou no meu canto, o meu refúgio, um canto do quarto onde eu fico sozinha com os meus pensamentos e músicas, que é como eu vejo este álbum, um “lugar” com diferentes temas musicados, coisas que me passam pela cabeça, mensagens que quero transmitir e o início de uma nova fase da minha vida. Espero que este álbum, ou pelo menos algumas das canções, façam parte do soundtrack da vossa vida, da mesma forma que faz parte da minha. Bem vindos ao meu canto.» A canção que serve de base a este lançamento é assim o quarto single, “Se Não Me Amas”, um tema com música e letra de Luisa Sobral e produção de Mikkel Solnado, que nos fala de amor e desamor, e que certamente vai tocar nos corações dos portugueses. Sobre o tema a artista explica que, “Se Não Me Amas” é o último single do meu álbum de estreia, mas não o menos importante. Quando soube que poderia cantar um tema composto por uma das artistas portuguesas que mais admiro, Luísa Sobral, fiquei com a cabeça nas nuvens e com uma responsabilidade acrescida em entregar uma interpretação que fizesse jus à composição. Mais do que tudo, é um tema que tem um significado especial, seja pela mensagem como pela história do tema.”

CRISTIANA SANTOS – “Fica comigo”// “Fica comigo” da autoria da própria Cristiana e co-autoria de Rui Ribeiro e Ricardo Ferreira (Blim Records), é um tema que conta a história que já todos vivemos em alguma altura da nossa vida – como explica a compositor: «A letra em si é algo bastante íntimo, pois acaba por ser um sentimento pelo qual eu passei e pelo qual quase todos passamos em certo momento das nossas vidas. O amor está sempre presente de diversas formas. Fica Comigo acaba por ser um poema que escrevi enquanto pensava no sentimento frustado que é quando terminamos uma relação. No final, podem existir recordações más, mas também existem as boas. Esta música fala de uma segunda tentativa num relacionamento. Do querer tentar mais uma vez, pois o sentimento é forte e verdadeiro. Não se dirige especificamente a ninguém mas está associado ao que sentimentos quando gostamos de alguém e queremos lutar por alguém.» O videoclip, produzido e realizado pela Yo Cliché, transmite um sentimento de melancolia e simplicidade, com o fabuloso cenário da cidade de Lisboa como pano de fundo. Depois de um primeiro single mais up-tempo, fica claro neste tema que a artista está mais à vontade num registo intimista e pessoal. Resta esperar para perceber que mais surpresas nos reserva o álbum de estreia da artista, com lançamento previsto já para o início do próximo ano.

ANÍBAL ZOLA – “Dona Isabel”// Aníbal Zola apresenta o novo tema “Dona Isabel”, single de estreia do terceiro álbum do cantautor e contrabaixista portuense. O videoclipe foi realizado por Joana Jorge, da Ficus Films, e tenta representar a vida numa mercearia local da forma mais realista possível. «A Dona Isabel é a senhora da mercearia da rua onde eu vivo. Quando lá vou esqueço-me que vivo num mundo dominado pela individualidade. Encontro um bairro, uma comunidade onde as pessoas se conhecem a si e às suas histórias. Como se fosse um fado corrido, mas vestido de ritmos sul americanos, esta música podia ser um narco corrido mexicano, se não se ficasse pelo comércio de frutas e legumes de uma mercearia local». O novo álbum será um disco totalmente composto e influenciado pelos tempos difíceis que vivemos, mas que se foca nas pequenas coisas boas da vida como um antídoto para os grandes problemas do mundo. O disco tem edição prevista para 2022. Até lá, vai continuando na estrada e o próximo concerto é já dia 9 de Dezembro no Festival MARé, no Cine Teatro Garrett na Póvoa de Varzim.

BENJI PRICE -“ígneo”// “Girassóis” é o primeiro single de “ígneo”, primeiro álbum a solo de benji price a ser lançado em 2022. Sob uma produção arrojada que distorce a linha entre o tradicional e o experimental, benji price alia-se a EU.CLIDES, SPLINTER e Alex Bastos para entregar versos e melodias ao ouvinte que refletem sobre o caminho que o levou ao ponto atual da sua carreira. Na sua típica abordagem pouco ortodoxa às fonéticas e rimas em português, o rapper-produtor abre uma janela para o interior da sua mente numa introspecção calma embora segura de si mesma acerca da sede insaciável de novos desafios e obstáculos a ultrapassar que todos experienciam na vida, pintando um visual único em cima de uma batida que mistura a leveza e poesia de um piano digno dum filme de Miyazaki com as mais progressivas sonoridades do hip-hop luso.

GPU PANIC – “거울 (Mirror)”// GPU Panic fecha o ano com um novo single “거울 (Mirror)” em colaboração com a artista sul coreana Lili Coy. Este novo tema do produtor antecede a estreia de um novo álbum no início de 2022. Escrito e gravado no início de 2020, “거울 (Mirror)” é o resultado de uma relação de trabalho de longa distância que perdura até agora. Lili Coy é uma artista oriunda da Coreia do Sul e estreou-se com o seu single “리리코이 (hahoo)” em 2018. Inspira-se numa variedade de géneros musicais de forma a criar música eclética e única. Foi num encontro perfeito entre GPU Panic e a artista coreana, que o tema floresceu, sendo que apenas aguardava pelos vocais perfeitos que o completassem, aliando o brilho pop às paisagens sonoras expansivas e contagiantes do produtor português. Como habitualmente, os temas de Guilherme Tomé Ribeiro são bastante líricos e narram uma história que se une na perfeição com acordes e melodias enigmáticas a um ritmo rápido e poderoso. Desta vez, centrado num espelho, tal como o nome da faixa indica, a artista Lili Coy conta-nos a sua inspiração: «A letra para a canção surgiu naturalmente. Trata-se de uma história de uma rapariga que se vê ao espelho todos os dias, determinada a mudar, mas, ao mesmo tempo, com muitas dúvidas. A canção começa com ela a questionar-se e, à medida que a canção avança e a faixa torna-se mais intensa, fica determinada na sua decisão e termina com um reflexo dela no espelho do qual ela gosta e se orgulha». Este tema conta ainda com uma capa criada por Lourenço Providência, que segue a mesma linha estética dos temas lançados anteriormente, “Flores” e “Just Go”. GPU Panic é também um convidado regular na música de Moullinex, com o single “Luz” e “Running in the Dark”, tema que lançou o álbum do co-fundador da Discotexas, apoiado com um remix de Seb Wildblood, por Pete Tong na BBC Radio 1 e ainda Nemone na BBC 6Music. Colabora também nos temas “Inner Child” e “BREAK/OUT/BREAK”, que fazem dele um dos principais vocalistas do mais recente e aclamado álbum “Requiem for Empathy” de Moullinex.

PALMERS – “Seasonal Affective Disorder”// Palmers, banda oriunda das Caldas da Rainha, revela o primeiro single do álbum de estreia intitulado “Seasonal Affective Disorder”. “PLAY ACT” é uma canção que marca o ponto de viragem da banda, não só no seu estilo, mas também na sonoridade. Ela retrata o facto da sociedade reprimir o que as pessoas realmente são. A sonoridade revela uma maior leveza por parte da banda sem deixar de parte a sua essência sonora. Esta é uma natural evolução depois de já terem pisado os palcos de algumas salas do país, como é o caso do Music Box, Maus Hábitos e Bang Venue. A canção foi produzida pela banda no seu estúdio caseiro. A masterização e a mixagem foram realizadas pela baterista da banda, Raquel Custódio. Já a artwork do single ficou a cargo de Vasco Cavalheiro, guitarrista da banda, confirmando uma vez mais a faceta “DIY” dos Palmers. Em 2022, esperam-nos mais novidades dos Palmers, com o tão aguardado álbum de estreia, Seasonal Affective Disorder. Palmers são Cláudia, Raquel e Vasco. Conheceram-se e formaram a banda em 2018. A sua caminhada começou com o lançamento da demo “I Don’t Care” que foi gravada num sótão. A banda lançou dois EPs: Younger Days (2018) e Running Thoughts (2019). Após passarem algum tempo a tocar em várias salas do país (Music Box, Maus Hábitos e Sabotage) e partilharem o palco com bandas como Iceage, The Last Internationale e Parkinsons, a pandemia forçou-os a parar. Esta pausa deu-lhes a oportunidade de trabalhar no seu álbum de estreia “Seasonal Affective Disorder” que será lançado em 2022.

BEATO – “Com Justa Causa”// “Com Justa Causa”, o novo single de Beato que antecipa o disco que será editado no início de 2022. Depois de “À Beira-mar”, tema lançado para celebrar o verão de 2021, chega-nos um novo tema com uma letra de Beato em co-autoria com Nuno Figueiredo (Virgem Suta). Uma música em registo pop acústico e com um final felizmente infeliz, que revela mais um pouco da sonoridade do primeiro longa-duração que está a ser preparado. O videoclip que acompanha a música foi realizado e filmado em colaboração com Bruno Pereira e Paulo Segadães e conta com a participação de Mariana Camacho que também participa no disco. Neste vídeo, realizado pelo próprio músico e rodado no Braço de Prata junto ao Rio Tejo, Beato acorda para a vida e para um momento de ruptura. Com justa causa, apresenta a sua demissão ao encontro de um estado de espírito mais solto e sem mais volta a dar. Beato é o alter-ego do músico, compositor e produtor Bruno Vasconcelos que esteve na origem de bandas como Pinto Ferreira e os Ultraleve com o qual foi, em 2013, nomeado para um Grammy Latino na categoria de Melhor Álbum Pop Contemporâneo. “Com Justa Causa” já pode ser ouvida em todas as plataformas digitais.

CHYNA – “Chinatown”// Chinatown” é o novo EP de CHYNA, disponível todas as plataformas digitais. No EP o músico apresenta 7 faixas com produção de Duque, D’Ay, Freddyboy e Orato, entre as quais se destacam ‘Depois da Tempestade’, ‘Chyna Town’, ‘Wasabi’ e o novo single ‘Fica’, cujo vídeo acaba de estrear. “Fica”, produzida por D’Ay, é o single de coração cheio, sem medo de contemplar a luz no escuro e apreciar a calma entre o barulho. O elogio do amor e do companheirismo, de quem vive na batalha mas que, no final do dia, sabe baixar as armas e deixar-se cair nos braços.

FADER OBSERVA – “Memento mori”// O artista FADER observa apresenta o single “Memento mori” após o lançamento do seu EP de estreia “Auto-observação”. “Memento mori” surge como transição entre o EP de estreia e aquilo que serão os próximos trabalhos do jovem produtor, pretendendo demonstrar a sua versatilidade com uma sonoridade renovada. FADER observa assume a faceta de beatmaker e produtor com inspirações dentro do Hip Hop, Lo-fi, Jazz, Neo-soul, numa viagem musical à volta da sua perspetiva marginal do quotidiano suburbano. FADER observa é o alter ego de Tiago Moura, músico e produtor natural do concelho da Amadora. Esteve envolvido em inúmeros projetos musicais, quer como freelancer, quer como membro do grupo, destacando-se Helix Trio, André Viamonte, Zé Pedro Viveiros e Anomalias. “Memento Mori” está disponível em várias plataformas digitas.

ALVES BABY – “Granada de Água Benta”// Depois de, em Junho de 2021, a banda portuguesa Alves Baby formada por André Sousa, na guitarra; Bruno Gonçalves, no baixo; e Hugo Pinto, na bateria – ter lançado o primeiro single, denominado “Sarrafo”, daquele que é, igualmente, o primeiro álbum longa duração do coletivo, eis que a banda lançou, esta semana, uma campanha de crowdfunding. O objetivo é claro: conseguir o apoio e envolvimento do público necessários, para ter fundos suficientes de forma a pagar a produção, a promoção e o licenciamento do disco “Bonito Serviço”. Para isso, os Alves Baby precisam de todo o apoio que conseguirem juntar. Se a campanha, que termina já no próximo dia 30 de Novembro, for bem sucedida, o novo álbum deverá estar disponível ainda no mês de Dezembro. Entretanto, e para aguçar o apetite daqueles que já seguem a banda, os Alves Baby lançam o seu segundo single “Granada de Água Benta”, disponibilizado nas plataformas digitais de música (Spotify e Apple Music) e que vem acompanhado, também, de um videoclip oficial, que poderá ser encontrado no Youtube. Veiculando uma linguagem visual que não deixará ninguém indiferente, a banda prepara-se para dar que falar com este novo vídeo. Com uma sonoridade assente no rock instrumental alternativo, os Alves Baby prometem trazer uma fresca e nova abordagem ao género. Afinal, trata-se de uma banda que faz das narrativas construídas sem voz, mas com uma enorme paleta de vocábulos sonoros, o seu modus operandi. Em cada canção, uma viagem. Em cada acorde, um bilhete para uma nova paisagem sonora. Com influências demasiado grandes para nomear, os Alves Baby fazem canções em rock instrumental, com influências de rock alternativo, indie rock, música ambiente, space rock, neopsicodelia, dream pop, shoegazing, chillwave ou tudo aquilo que se lhes queira ser apontado. Bandas como os portugueses Linda Martini ou os escoceses Mogwai podem ser consideradas como influências. Entre muitas outras.

MONDA – “Cai o Sol”// “Cai o Sol” é o título do tema que marca uma nova viragem no universo sonoro do colectivo. Um tema original, que confere a força e identidade próprias do colectivo que canta o Sul com uma aura única e diferenciadora. «Trazemos para este single uma abordagem contemplativa num registo de obra singular o qual, inevitavelmente, irá traçar um novo o caminho de sons no nosso território musical», explica a banda. O vídeo, realizado por Rui Pereira e com produção dos próprios Monda, foi gravado nas antigas Minas de São Domingos e traz-nos, numa cor e autenticidade peculiares, a história que ditou o encontro dos três músicos: Jorge Roque, Pedro Zagalo e Der Medinas. Oriundos de paragens e percursos sonoros diversos, encontram-se num mesmo horizonte musical, onde o Sol do Alentejo se põe todos os dias para nos trazer novas canções.

BROWN.SUGAR – “Sugar Bit”// O primeiro single de brown.sugar veste-se das diversas influências musicais passando por Erykah Badu, Lauryn Hill, Ella Fitzgerald, entre outros. O tema, produzido por Beatoven, fala de um encontro nocturno entre duas pessoas onde uma tenta ficar com um “pedaço de doçura” do outro, daí o nome “Sugar Bit”. E quem é brown.sugar? De seu nome Jessica Tavares, começou na música muito cedo tendo sido uma das Docemania, banda que fez um revivalismo dos temas das Doce, o primeiro disco lançado em 2006, recebeu o galardão de Platina e foram requisitadas para muitos concertos. Quando terminou essa aventura, Jessica iniciou outra, bem mais desafiante, a descoberta do seu eu musical, tendo encontrado em brown.sugar.

STEREOSSAURO FEAT AUREA – “Mais que tudo”// O DJ e produtor Strereossauro lançou o novo disco “Desghosts & Arrayolos”. Neste trabalho, Stereossauro volta a reunir um grupo de convidados de excelência e representativos da diversidade da música portuguesa, num equilíbrio perfeito entre vozes femininas e masculinas: New Max [Expensive Soul], Xtinto, Aurea, Manel Cruz, Marisa Liz & Carlão, Blaya, MC Zuka, Sara Correia, Ricardo Ribeiro, Selma Uamusse, João Pedro Pais, Maria Emília, Ana Bacalhau e Mitó. Depois dos singles “A Noite” com Marisa Liz e Carlão e “Pensão do Amor” com Blaya – duas colaborações ecléticas e arrojadas, reflexo da ampla liberdade criativa e artística de Stereossauro, chega agora o single “Mais Que Tudo” com Aurea. Realizado e produzido por Phillip Reese, “Mais Que Tudo” foi interpretado pelo realizador como «um tema de amor, mas um amor com medo». A partir daí, desenvolveu-se o conceito do vídeo que Phillip explica desta forma: «A voz conta-nos uma angústia interna de um desejo tingido de receio do que virá. No vídeo queria evitar o clichê de uma história de amor tradicional e também quis elevar a personagem da Aurea com arco mais ativo e menos passivo – dona do seu próprio destino e o Stereossauro, “o motorista” é o que guia a música metaforicamente no carro e musicalmente na produção da mesma. Ambos nos levam a uma conclusão ambígua tal como é o amor às vezes na vida». Este tema representa também a realização de um sonho antigo do próprio Stereossauro: fazer uma canção de amor. Nas palavras do DJ e produtor, Aurea não poderia ter sido uma melhor parceira para esta missão e esse entendimento criativo e artístico que surgiu entre ambos desde o primeiro instante é visível neste novo vídeo.

TIAGO MENDES RODRIGUES – “New Sight”// Tiago Mendes Rodrigues apresenta o seu mais recente álbum “Winter’s Pale Light”, do qual foi apresentado o primeiro single: “New Sight”. Representa muito do que é o espírito do álbum, uma mensagem sublime de esperança e de reencontro com nós próprios, enquanto que os outros dois singles, “Broken Hearts” e “Goodbye”, são dois dos momentos mais especiais de “Winter’s Pale Light”, pela simplicidade da música e por possuírem uma originalidade muito própria. O quarto trabalho editado desde 2020, depois de um conjunto de três trabalhos, todos editados em 2020 “Lighthouse”, ” Why are you still holding that Gun?” e “All Is Well”. O lançamento destes quatro álbuns num período tão atípico como o de 2020/2021, que levou a um processo pessoal de recentrar e refocar, materializou-se numa forte vontade de apresentar e partilhar a música que tem produzido nos últimos anos. Sobre este último álbum, “Winter’s Pale Light”, Tiago revela que o álbum possui também um caráter autobiográfico, e que quis lançar um olhar sobre momentos específicos da sua vida, momentos a quem o tempo fez a justiça de revelar o quão determinantes foram no seu no caminho. Musicalmente, o objetivo passou por incorporar as influências presentes nos álbuns anteriores, e daí partir para outras perspectivas. “Winter ‘s Pale Light” faz assim parte de um ciclo de três álbuns, juntamente com os seus dois álbuns anteriores, “Why Are You Still Holding That Gun?”, “All Is Well”. Estes três álbuns, embora possuam universos distintos, partilham entre si bastantes elementos em comum, tanto a nível dos arranjos como de estética musical, da temática abordada nas letras, representando em conjunto como que um processo de catarse. Outro elemento chave foi o leque alargado de músicos que participou na gravação do álbum, João Clemente (“Slow Is Possible”, “Shapeless Man”, “Profound Whatever”), Diogo Martinho (“Stone Dead”), Duarte Fonseca (“Slow Is Possible”, “Cat in a Bag”, “Sideways”) João Lucas (“Cat In a Bag”) e Nuno Santos Dias (“Slow Is Possible”), tiveram uma influência determinante no resultado final de “Winter’s Pale Light”.

OPUS PISTORIUM e GEORGE SILVER – Couro Duvidoso // George Silver e Opus Pistorum juntaram esforços para formar a crosta e a carne deste novo álbum, cujo nome nos é apresentado como “Couro
Duvidoso”. Do Alto Seixalinho à Fuseta, do techno suburbano à hiperatividade do breakbeat, todas as viagens são possíveis e inteligíveis. Por entre o pensamento e a abstração é possível também encontrar conforto na nostalgia do quotidiano, que nos leva a revisitar certos lugares; através do encontro com a dança e a sugestão rítmica, que habitam incessantemente no nosso subconsciente. “Couro Duvidoso” estará disponível em CD e formato digital no bandcamp da Linha Amarela Produções.

AZART – “I Know”// Azart, nome artístico de Sebastião Oliveira, é um cantor e compositor natural de Lisboa, que tem vindo a alimentar grandes expectativas. “I Know” é o seu primeiro single, já disponível em todas as plataformas digitais, com o selo da Sony Music Entertainment. Numa faixa energética, com uma atitude assertiva, “I Know” reflete os obstáculos, dedos apontados e dúvidas de um artista, evidenciados num videoclip que retrata a luta constante entre a vontade de vencer e a falta de compromisso. Desde sempre que Azart se lembra de escrever e improvisar no microfone. Em 2015, surge a sua primeira música, cujo feedback positivo o impulsiona a gravar uma mixtape intitulada “pAZ à pARTe”. Mais recentemente, junta-se à label Clutch Gang Records, com a qual está a trabalhar no seu álbum de estreia “KARMA”. “I Know” é a primeira faixa deste álbum a ver a luz do dia. Maestro da sua própria música, Azart promete muita versatilidade e uma mão cheia de criatividade.

ELECTRIC MAN – “Believer”// “Believer” é o novo single de Electric Man. Para quem acompanha a obra do músico, “Believer” não é um tema óbvio, pois o ambiente é mais “escuro” do que nos tem habituado, com rasgos de música industrial. No entanto, é fácil reconhecer o som de Electric Man em “Believer”, algures entre o rock e a música electrónica, a sua identidade, sem repetir qualquer fórmula. O vídeo que ilustra “Believer”, realizado por Sbrugens, revela um jantar sui generis, onde nos deparamos com a estranha relação entre diferentes personagens com as suas crenças e obsessões, numa inusitada alusão aos “novos pecados mortais”. A mensagem ecoa através de um universo absurdo (nonsense), deixando em aberto diferentes interpretações do lado do espectador e ouvinte. Electric Man é Tito Pires, a solo e em formato one man band. Surge em 2015 pela necessidade insaciável de fazer música e construir um projeto estável onde pudesse ter total liberdade e não dependesse da vulnerabilidade a que as bandas a que pertenceu o habituaram. Electric Man torna-se, assim, o veículo de expressão artística de Tito Pires, onde a música acontece entre batidas eletrónicas, guitarras em loop num jogo criativo de efeitos, devaneios de theremin, sintetizadores e voz. “Electric Man“, o álbum de estreia editado no mesmo ano, marca o início da viagem que levou o músico a diversos palcos de norte a sul do país. Em 2017, com “Electric Domestique“, explorou da melhor forma a arte de fazer e gravar música em casa. 2020 conheceu dois novos singles de Electric Man: “Much More Space“, onde contou com a participação de Suspiria Franklyn, a antiga vocalista dos Les Baton Rouge; e “Modern Machine“, música onde explorou de forma mordente o resultado da ligação biónica do Homem com a máquina, e o narcisismo desmedido encontrado nas redes sociais. 2021 traz mais música nova de Electric Man. Chama-se “Believer” e é marcada por um ambiente mais “escuro”, com rasgos de música industrial.

JACINTA & ANTÓNIO BASTOS – Luna Bar// Jacinta e António Bastos estreiam-se em conjunto num novo projeto e disco – “Luna Bar”. Vários estilos musicais se fundem, dando origem a um som inquietante desta dupla. O disco surgiu com o mote de ajudar a União Audiovisual (movimento organizado pelos profissionais do mundo do espetáculo), que se entreajudam, a fim de angariar bens de primeira necessidade para aqueles colegas que ficaram sem qualquer tipo de rendimento, durante a pandemia. Este um álbum foi feito à distância, com todos os cuidados que a pandemia exigiu. Desafiados pela manager de Jacinta, Maria Joana Pereira, ambos, Jacinta e António Bastos, foram provocados a juntarem-se e a estabelecerem uma fusão de jazz com eletrónica e ainda a fusão destas duas linguagens com a música portuguesa, convidando o Guitarrista Português Paulo Bastos para integrar o projeto. Neste projeto convidamos ainda alguns cantores que, com espírito de solidariedade (alguns deles com vidas bem agitadas), resolveram colaborar, fazendo dueto vocal com a Jacinta. Produzido por Maria Joana Pereira para a label – HoneyBeeRecords, com Produção Musical de António Bastos, com a participação do Paulo Bastos na guitarra portuguesa e ainda com os nossos convidados especiais: Paulo de Carvalho, Inês Castel Branco, Mónica Ferraz e Joana Gil, marca o início de uma colaboração que se vislumbra profícua.

J.MISTERY – “Protection”// J.Mistery é Tiago Martins que se apresenta nas edições com a apresentação do primeiro single do EP de estreia “A Safe Place”, produzido por Francisco Reis.  “Protection” é o primeiro dos cinco temas a ser revelado e estará disponível para escuta em todas as plataformas de streaming. Entretanto, até lá, já é possível conhecer o videoclipe do single de estreia, realizado por André Tentugal e já disponível no YouTube do artista. Pode-se dizer que J.Mistery é um caso sério de talento para o qual se deverão virar todos os holofotes. Impera ouvir pelo menos uma vez as suas canções. Muito provavelmente será amor à primeira vista, sem dúvida que assim foi para todos aqueles que até agora se cruzaram no seu caminho. As letras e melodias de J.Mistery são uma autoestrada direta para o seu coração. Nascido e educado na igreja evangélica, Tiago Martins teve desde sempre contacto direto com a música. Apesar da construção musical surgir do Gospel, o músico encontrou sem a menor das dúvidas o seu estilo próprio. No EP, para além da letra e música serem da sua autoria, ainda gravou todos os instrumentos, com exceção da bateria que ficou a cargo de Mário Costa. A edição de “A safe place” está prevista para o primeiro trimestre de 2022.

ZÉ MANEL – // Depois de ter lançado os EP’s “expectativa” a 30 de Outubro de 2020 e “realidade” a 27 de Agosto deste ano, Zé Manel cumpre o seu objectivo de os editar como um só elemento musical já disponível nas plataformas digitais e lojas físicas. Mas, não pensemos que Zé Manel nos vai brindar apenas com este formato novo. Como já nos habitou, o artista multifacetado vai criar outros momentos especiais: a edição de um novo single e vídeo chamado existir que conta com a participação do artista brasileiro Philipi, um jovem mestre de frases inspiracionais e mantras contemporâneos, num sentido de humor muito próprio e uma escrita cheia de identidade. Em existir, Zé Manel fala de amor na sua forma mais elementar. Do amor que o é além de quaisquer estereótipos ou julgamentos. De um amor transcendente a preconceitos e estereótipos. De equidade. Um manifesto de liberdade e afirmação. Nunca um beijo poderá fazer pior do que uma crítica. Uma faixa cheia de positividade num registo menos melancólico do autor e a edição de “expectativa / realidade” que está em pré-venda tem várias surpresas para os fãs que a comprem: todos os CD’s estão autografados por Zé Manel e o artista, escreveu mensagens personalizadas; todos os CD’s contém sementes de Girassol – Sementes Vivas, num convite a que saibam renascer.