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Wilco vão editar o seu novo álbum “Cousin”

Wilco vão editar o seu novo álbum “Cousin”

Comunicado de Imprensa

Os Wilco vão editar o seu novo álbum “Cousin” em setembro. O primeiro single “Evicted” já está disponível.

Wilco estão de regresso aos álbuns no próximo dia 29 de Setembro. “Cousin” vai estar disponível em vinil, CD e em formato digital, e já está disponível para pré-venda. Esta será a primeira edição da dBpm Records sob o novo acordo de distribuição com a Sony Music Entertainment. A banda vai estar em digressão pela Europa, Reino Unido, Irlanda, México e EUA a promover o novo álbum (bilhetes à venda aqui), passando pelo Vodafone Paredes de Coura a 19 de agosto.

«Sou primo (cousin) do mundo», confessa o vocalista Jeff Tweedy. «Não sinto que esteja numa relação de sangue, mas talvez seja primo por casamento.» Produzido pela singular artista galesa Cate Le Bon, “Cousin” é a primeira vez que os Wilco entregam as rédeas a um produtor fora do círculo próximo de colaboradores desde “Sky Blue Sky”. As influências de Le Bon — como a inclusão de um saxofone, guitarras japonesas baratas, e uma muito cinematográfica caixa de ritmos, tipicamente New Wave — conduzem o álbum para o futuro. O resultado é o álbum mais aguçado e evocativo dos Wilco, relacionado com o momento, embora sem estar refém. Terreno novo para uma banda que ao longo da extensa carreira testou várias vezes os limites musicais.

Admiradores de longa data do trabalho de ambos, os Wilco e Cate Le Bon conheceram-se no Solid Sound Festival, organizado pela banda, em 2019. A química foi imediata e inspirou Jeff Tweedy a convidar Cate Le Bon a viajar até ao conhecido estúdio da banda em Chicago, The Loft, em 2022, para trabalhar em Cousin. Le Bon estimulou a banda a correr riscos, recontextualizando as qualidades adquiridas pelos Wilco, mas desafiando-os a contrariar hábitos — em paralelo, mantendo a ousadia que define os Wilco ao longo dos últimos trinta anos, tornada possível pelo virtuosismo musical e pela linguagem secreta que só uma família partilha. «O incrível nos Wilco é que eles podem ser o que quiserem», comenta Le Bon. «Eles são tão imprevisíveis, e há este fio condutor de autenticidade que flui por tudo o que fazem, seja em que género for, ou qual for o ambiente do disco. Não há muitas bandas com esta capacidade de, num estado tão adiantado da carreira, mudar profundamente com êxito».

1. Infinite Surprise
2. Ten Dead
3. Levee
4. Evicted
5. Sunlight Ends
6. A Bowl And A Pudding
7. Cousin
8. Pittsburgh
9. Soldier Child
10. Meant To Be

Le Bon chegou a Chicago com o intuito de reconstruir: para criar um andaime com a forma arquitetónica de tocar bateria de Glenn Kotche e as linhas de baixo contrapostas de John Stirratt; uma cena com os sintetizadores frios e solitários de Mikael Jorgensen, o exercício melancólico de Pat Sansone ao piano, e os saxofones “estragados” do instrumentista convidado Euan Hinshelwood; com o padrão topográfico das curvas da guitarra elétrica de Jeff Tweedy, e as explosōes texturais de Nels Cline, que Le Bon descreve como «o “clima” para abrir caminho à urgência das letras de Tweedy.»

«A Cate é muito desconfiada do sentimento», explica Tweedy, «mas não da ligação humana». Com a direcção de Le Bon, “Cousin” evoluiu para algo mais gélido e noturno que algo que os Wilco tenham feito no passado, mantendo a qualidade sincera das letras e voz de Tweedy. O vocalista entrega agora as emoçōes a partir de um contexto que reflete aquele em que vivemos e que inspirou as cançōes em primeiro lugar. O manifesto do álbum sobre a condição humana é pequeno, e revelado em vinhetas da unidade social mais curta: o par.

“Evicted”, o primeiro single do álbum, apresenta um narrador a lutar com a responsabilidade de ter perdido o amor, contraposto pelas guitarras inspiradas por Marc Bolan. «Acho que estava a tentar escrever do ponto de vista de alguém que luta para se defender a si mesmo diante das provas evidentes de merecer ser excluído coração de alguém«, conta Tweedy. «As feridas autoinfligidas ainda magoam e, de acordo com a minha experiência, é quase impossível recuperar na totalidade».

«É esta sensação de estar dentro e fora disso ao mesmo tempo”, explica Tweedy sobre “Cousin”. Dentro e fora. Esperar, criar expectativas e só depois desesperar. Sorrir com antidepressivos, sentirmo-nos mal no calor, mesmo quando os outros dizem que devia fazer bem. Cousin é a expressão mais emotiva da dor de nos querermos relacionar com os outros quando falhamos tantas vezes com eles, por parte dos Wilco; a alegria de captar a compreensão no olhar de terceiros, por fugaz que seja; e a verdade incorrigível de que todos nos relacionamos, quer acertemos, falhemos, esqueçamos ou recordemos.