10 grandes solos de guitarristas nacionais
De malhas clássicas à força da actualidade. De nomes consagrados a emergentes. Os guitarristas portugueses dominam as 6 cordas! 10 grandes solos, 10 grandes temas!
Um país que tem, no mínimo, 3 ou 4 guitarras apenas suas só pode ser um país de guitarristas. Do pop rock ao death metal, do shred ao feeling, escolhemos 10 grandes momentos da guitarra eléctrica e como facilmente notarão há um enorme número de exemplos e géneros que não são abordados neste top. Claro que vai haver um próximo!
MÁRIO BARREIROS “LATIN’AMÉRICA” – Os irmãos Barreiros foram as colunas de uma das mais excitantes bandas do rock português. Mário sempre foi um guitarrista tremendo em vários géneros. O dedilhado faz pensar em “Message In A Bottle”, mas além da progressão de acordes diferente, os Police nunca tiveram solos com esta atitude!
GONÇALO PEREIRA “MOVIMENTO PERPÉTUO” – A ideia não era referir os álbuns instrumentais, por mais que haja grandes nomes nacionais que fazem belos trabalhos nesse campo, mas a adaptação exuberante das dinâmicas harmónicas de uma guitarra portuguesa para eléctrica, e ainda por cima uma obra de Paredes, tinha que ficar aqui registada!
LUÍS FERNANDO “AMANTES IMORTAIS” – Os anos 80 foram a década dos shredders. Ponto final. Luís Fernando teve a sua fase de devoção à intensidade eléctrica, antes de optar por trabalhos de maior refinamento acústico, e escreveu para Adelaide Ferreira uma malha tremenda de hard rock/aor. Todos sabemos que este tipo de canções só pode ter grandes solos de guitarra.
RUI FINGERS/PAULO OSSOS “CAUSA PERDIDA” – Portugal não é um país com uma tradição apaixonada pelo heavy metal, com exepção à devoção que existe cá para com os Iron Maiden, e essa será a única explicação para os V12 nunca terem adquirido mais que um actual estatuto algo sebastianista. Este tema tem uma construção fenomenal, com os constantes contratempos, e depois o duelo de solos é arrasador na intensidade e dinâmica.
MÁRIO BARREIROS “SE EU FOSSE UM DIA O TEU OLHAR” – É repetido na lista pela extravagância melódica deste solo e pela exuberância técnica que o compõe. A congregar tudo ainda conseguiu uma assinatura sonora única!
RICARDO AMORIM “EVERYTHING INVADED” – O guitarrista dos Moonspell é um dos nomes mais subvalorizados da guitarra eléctrica na cena heavy. Se lá fora isso até poderia ser compreensível, cá dentro é inexplicável. Muitos outros solos do Amorim podiam estar nesta lista. Neste, o balanço como começa com o feeling dos bendings e depois aumenta de intensidade shredder torna-o um dos melhores!
JOÃO CABELEIRA “REMAR REMAR” – Para muitos o Cabeleira é o Slash português. Com o seu estilo próprio, claro. É aquele feeling melódico… Como sempre, em quase todas as malhas dos Xutos, este tema é percorrido transversalmente por linhas melódicas do Cabeleira, mas a forma como sem quebras passa dessas linhas para um solo sem overdrive, assim com um toque à Knofler, é o motivo da escolha para esta lista.
GIL NETO “I’VE BEEN SHOT” – Os Phazer vão dando passes firmes na sua afirmação enquanto uma séria proposta do rock nacional. Isso é muito devido à dimensão técnica fora do comum do seu guitarrista. Que solo tremendo, com fusão de groove rocker e aquela estética da guitarra eléctrica dos 80s!
PEDRO QUARESMA/MIGUEL FONSECA “ABSTRACT DIVINITY” – Quando o death metal começou a seguir a simplificação de processos que surgiu no género vinda da Escandinávia, foi do nosso país que surgiu a mais estimulante alternativa aos gigantes do death técnico como os Death, Atheist ou Cynic, os Thormenthor. Durante todo o tema e com enfoque no solo, o rendilhado harmonizado entre ambas as guitarras é hipnotizante.
LUÍS STOFFEL “PORTUGAL PORTUGAL” – Com os Palma’s Gang, Flak havia de tornar este solo mais conhecido e poderia estar também mencionado nesta lista. Mas Luís Stoffel criou a tecelagem original com uma sofisticação que nos reporta para Dylan, a devoção que o Jorge nunca escondeu. (NÃO HÁ YOUTUBES DISPONÍVEIS COM ESTE TEMA ORIGINAL, DAÍ O RECURSO AO GROOVESHARK)