Nos 40 anos do épico “Born To Run”, entramos na Wall Of Sound e escavamos um dos grandes mistérios do rock n’ roll:a guitarra da capa. A PRS celebra trinta e há conversa exclusiva com o seu criador. E toneladas de gear!
Como tantas vezes acontece, “Born To Run” foi um álbum de tudo ou nada, feito no limite das forças de quem o escreveu. Os dois anteriores álbuns de Bruce Springsteen haviam sido bem recebidos pela crítica, mas falhado nas vendas e a editora não estava nem aí com a qualidade da banda. Era preciso um sucesso arrasador. O “Boss” sentou-se ao piano e decidiu escrever canções sobre a espinha dorsal norte-americana, a sua classe operária, ainda em ressaca da guerra do Vietname e com a fé no “sonho americano” destroçada. “Born To Run” tornou-se um dos melhores álbuns de sempre, um campeão de vendas e um clássico intemporal. Olhamos as sessões de gravação, a opção pela técnica “Wall Of Sound” de Phil Spector, a reformulação da E Street Band e como Springsteen iniciou aí a construção de um som distinto de guitarra.
Num número de efemérides, olhamos os quatro vibrantes álbuns que Stevie Ray Vaughan, 25 anos após a sua morte, gravou com Double Trouble e assim assinou a sua presença na galeria de imortais da música popular. Tanto Stevie Ray como o “Boss” são zelotas de guitarras eléctricas Fender. Mas há outras marcas que ganharam o seu espaço e os seus defensores, fruto da sua qualidade. Uma dessas marcas é a PRS, a celebrar 30 anos em 2015. Numa entrevista exclusiva, conversamos com o seu criador, Paul Reed Smith, sobre as suas preferências e a sua filosofia na construção e sobre as características das guitarras. O luthier, em troca, quis saber o que era isso de guitarra portuguesa, ficou intrigado com Amália e expressou o desejo de visitar Portugal.
Tal como “Born To Run”, também os marcantes amplificadores Roland Jazz Chorus celebram 40 anos. Celebrizados por Albert King, consolidados por Pat Metheny e redescoberto pelo pós punk na sua primeira vaga e nos seus movimentos revivalistas, o Jazz Chorus é um daqueles amplificadores que merecem o termo lendário. Olhamos a história dos combos e o seu aclamado som limpo. Mas como a tecnologia não pára há mais gear em foco nesta edição: o modelo de assinatura de St. Vincent para a Ernie Ball Music Man, os uber promissores Yamaha THR100H, mais um “para-lá-de-interessante” pedal da Earthquaker Devices e, claro, o AS10, onde mostramos 10 dos melhores e mais económicos micros para gravar bateria (na sua forma mais básica, com overheads).
O Carlos Garcia continua o seu périplo contemplativo da arte na música, analisando mais uma capa de uma profundidade intensa: “Lateralus”, dos Tool, por Alex Grey. O Nuno Calado fala-nos de “Mistaken For Strangers”, dos National, documentário que, mais que de uma banda, fala de dois irmãos.
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