A AS foi conhecer os Atlântico Blue Studios, em Paço de Arcos, um complexo de mil metros quadrados recheado de equipamento topo de gama. As portas, dizem-nos, estão abertas para todos. Sejam artistas de renome, como Madonna, ou bandas emergentes.
A poucos quilómetros de Lisboa, bem perto do mar, existe um complexo de estúdios de excelência, com espaço(s) e equipamentos – o armário de microfones é de deixar água na boca – ao nível do que de melhor existe à escala planetária.
Com uma área de mil metros quadrados e várias salas, entre estúdios e áreas complementares, os Atlântico Blue Studios (ABS) concentram no mesmo “quarteirão” todas as condições necessárias para a gravação áudio de todo o tipo de conteúdos, bem como toda a pré e pós-produção, mistura, masterização e 5.1.
Apetrechados para satisfazer todos os trabalhos de gravação, mistura e masterização, os estúdios Atlântico Blue estão «equipados com a mais sofisticada tecnologia» Surround 5.1, para sincronização áudio/vídeo e sonorização de registos audiovisuais.
Os ABS fazem da diversidade a palavra de ordem, combinando equipamento vintage com tecnologia digital de ponta e métodos de produção informatizados, por forma a dar uma resposta capaz a todos os profissionais que procuram «soluções integradas de qualidade».
Tecnologicamente pensados para ser «práticos, rápidos e de fácil acesso a qualquer engenheiro de som do mundo», os ABS estão equipados com as mais diversas plataformas de gravação existentes no mercado, permitindo oferecer essa escolha a quem trabalha determinado projecto.
As portas estão abertas desde Fevereiro de 2013, na Estrada Quinta do Torneiro, em Paço de Arcos. Cada sala começou por receber o nome de um mar do Oceano Atlântico e tem paredes revestidas por um tipo de pedra (xisto, ardósia, basalto, calcário) e madeira (tudo feito à medida e no próprio local) e a sua disposição no espaço obedece às coordenadas da Rosa dos Ventos. Antilhas, Mar do Norte, Atlântico Sul (a sala maior, com 220 metros quadrados) e Mediterrâneo eram, no início, os nomes das salas, entretanto alterados para as primeiras letras do alfabeto.
Por lá, nestes quase 10 anos de actividade, já passaram nomes nacionais e internacionais, nomes incontornáveis e outros com menor visibilidade, desde músicos, engenheiros, produtores ou técnicos. E, segundo nos dizem os responsáveis, todos saíram dos ABS plenamente satisfeitos com os respectivos resultados finais. De tal forma que têm sido muitos os “repetentes”. Podes confirmar a lista dos que já gravaram, misturaram ou masterizaram nos ABS aqui.
Movida pela curiosidade, a Arte Sonora foi lá fazer uma visita e conversou com a coordenadora Paula Ventura e com um dos engenheiros de som residentes, Marco Silva, que não só nos mostraram todos os cantos e recantos deste magnífico complexo, como desmistificaram a ideia implementada no mercado nacional de que este é um estúdio apenas para artistas com grandes orçamentos.
Há a ideia de que gravar aqui é impossível [para músicos emergentes] e essa ideia está enraizada no mercado há muito tempo
Nestes quase 10 anos de Atlântico Blue, se as vossas mesas falassem teriam mais coisas boas ou más a dizer?
Marco Silva: Acho que teriam muito mais coisas boas a dizer. Basta olhar para o número de discos que saem daqui anualmente, discos de artistas de topo, quer nacionais, quer internacionais. Não sei dizer quantos são por mês ou por ano, mas são mesmo muitos.
Gravar neste estúdio é proibitivo para bandas ou músicos emergentes?
Paula Ventura: Nem pensar. Há, de facto, a ideia de que gravar no Atlântico Blue é impossível e essa ideia está enraizada no mercado há muito tempo, acho que desde que o estúdio abriu, mas a verdade é que é uma ideia errada. Talvez por ter as condições que tem, mas, na verdade, se perguntares às pessoas quanto acham que custa gravar aqui, a maior parte delas não sabe dizer. Apenas partem do princípio que é muito caro. Isso é que está errado, basta fazer um telefonema ou virem cá visitar. O Atlântico não pode, nem deve fazer preços abaixo do que fazem estúdios não tão bem equipados, mas também é verdade que não é um estúdio extremamente caro.
Mas essa ideia está presente no mercado…
Marco Silva: Sim, claro. Mas, felizmente, em relação às bandas emergentes, até já temos cá tido algumas a gravar. Depois, há outra coisa, podes fazer o beat em casa, gravar os teclados, etc, mas em casa nunca consegues ter a mesma qualidade quando gravas a voz, e podes vir aqui apenas para gravar a voz. Isso custa uma hora ou duas. Ficas com uma voz gravada com qualidade profissional. Até podes fazer no nosso estúdio mais pequeno, o das pré-produções, e, se calhar, fica mais barato do que ires à melhor sala de outro estúdio qualquer. O facto de termos várias salas torna possível adequar ao orçamento das bandas. Mas quem diz vozes, também diz instrumentos, é exactamente a mesma coisa. Há bandas que vêm cá gravar só baterias, em três horas, ou numa tarde.
Queres dizer que se estiverem bem preparadas, as bandas com orçamentos menores podem gravar no Atlântico Blue?
Marco Silva: Exactamente. É precisamente esse o segredo. Trabalhar bem antes de virem para cá, terem as sessões todas prontas, tudo muito bem ensaiado e perderem o menor tempo possível em gravação. Além de que temos condições para uma banda gravar toda ao mesmo tempo, o que também reduz significativamente o tempo de estúdio. Vir para o estúdio experimentar só está acessível a poucos artistas.
Paula Ventura: A questão de este ser um estúdio muito caro é, de facto, um mito. Temos alguns artistas emergentes que nos ligam por curiosidade e ficam sempre surpreendidos. Houve um caso de um artista que quando lhe disse o valor à hora, ele pensava que era o valor à hora do estúdio, mas sem técnico. Porque as salas podem ser alugadas sem técnico. Por exemplo, hoje vem cá a Dulce Pontes gravar, e traz o seu próprio técnico. Logicamente que temos sempre um profissional a fazer assistência, mas quem opera, nesses casos, é o técnico que vem com o artista. Obviamente que a parte dos valores é sempre subjectiva e por isso gostava de quantificar. Por exemplo, um artista que venha aqui fazer uma captação de voz ou de instrumento paga 35 euros/hora, técnico incluído. Depois, temos o nosso estúdio de luxo (A) que tem um piano Yamaha CF III e essa sala, com técnico, custa 65 euros/hora, sendo que essa sala é mais apropriada ou destinada a orquestras ou a uma banda não emergente, já com outro tipo de orçamento disponível. Portanto, em suma, os valores variam entre 35, 45 euros/hora (estúdio B) e 65 euros/hora (estúdio A).
Foi tudo feito do zero, à medida, e tudo adequado ao espaço existente, sejam régies ou salas de captação
Quais as principais diferenças entre o estúdio A e o B?
Marco Silva: O estúdio B, por exemplo, é perfeito para gravar baterias. O tecto alto, a estrutura, os diferentes materiais nas paredes fazem daquela sala uma sala ideal para captar baterias. A maioria dos estúdios têm salas com tectos baixos e é impossível obter um som grande numa sala pequena. E não é só a sala em si, é também a mesa de som na régie, a SSL DualitySE 24 canais, aclamada mundialmente não só para gravar baterias, mas especialmente para baterias, pois tem pré-amps óptimos para captar esse instrumento. E se, por exemplo, alugares o estúdio B por 10 horas, fica por 360 euros. Ou seja, menos 90 euros. Fica 36 euros à hora com técnico. E esta promoção funciona para qualquer uma das salas do estúdio.
E porque é que acham que nasceu esse mito? Terá sido por causa da publicidade inicial feita ao armário dos microfones?
Marco Silva: [risos] É provável que sim. Quando este estúdio abriu foi uma grande ameaça para muita gente. Não estava cá quando o estúdio abriu, só trabalho cá há quatro anos, mas já ouvi muitas histórias a respeito disso, logo desde o início. A nossa concorrência, assim que o estúdio abriu, virou-se contra nós, porque encontraram em nós uma ameaça, porque temos os microfones e as mesas de mistura topo de gama… E provavelmente desaconselharam as pessoas a virem cá gravar com essa conversa de ser muito caro.
Paula Ventura: Essa ideia pegou até aos dias de hoje, porque esse mito continua. Temos tentado mudar essa visão que o mercado tem de nós, mas passa muito pelo interesse dos artistas. Têm de querer informar-se, não podem concluir que é caro sem sequer falarem connosco. Mas também julgo que é legítimo, porque quando se vai a uma loja de roupa cara não se espera encontrar peças baratas. Connosco acontece exactamente o mesmo. Cabe-nos fazer essa desmistificação.
É mesmo do outro mundo o som de bateria que se consegue nestas salas?
Marco Silva: É mesmo muito bom! A sala A tem um problema, que por vezes não o é, é que tem um reverb natural, é uma sala viva, e nem sempre se procura esse som de bateria, a não ser que se procure um som à John Bonham. Mas a sala B é incrível, não é tão grande, mas, para a maior parte dos discos, é mais do que suficiente para se gravar uma bateria com alta qualidade. O segredo do estúdio B é jogar com microfones de sala e depois tentar afastá-los do instrumento tendo em conta o tamanho que se quer dar ao som final da bateria. Sem microfones de sala, o resultado final é uma bateria super seca, tipo Neil Young ou algo assim.
Nas gravações há a intervenção do músico, do engenheiro, do produtor, há os instrumentos, os microfones, a mesa, etc, e depois há a sala em si. As vossas salas foram desenhadas e concebidas exclusivamente para vocês…
Marco Silva: Sim, o que também é importante. O estúdio foi todo desenhado pelo Marcelo Tavares, um brasileiro que reside em Portugal e que foi o responsável por todo o cálculo acústico, pela escolha de todos os materiais, de todas as cores e construiu tudo o que é difusores, reflectores, materiais de estúdio, em madeira, in loco. Foi tudo feito cá, não se compraram racks já feitas, por exemplo. Foi tudo feito do zero, à medida, e tudo adequado ao espaço existente, sejam régies ou salas de captação. O Marcelo Tavares vem cá ocasionalmente com potenciais clientes, uma vez que este estúdio é uma espécie de portfólio vivo e de excelência.
Temos micros dinâmicos, muitos modelos de fita, condensadores, de cápsula de carbono, enfim, a lista nunca mais acaba
Qual é, no teu entender, a peça mais importante deste estúdio. Aquela que não dispensarias se tivesses de ir embora agora?
Marco Silva: A escolha é muito difícil, como é fácil de perceber, mas acho que levava o Fender Rhodes Mark I, só porque gosto muito do som daquilo e há muito tempo que quero ter um. Há coisas muito mais caras neste estúdio, mas a minha escolha não se baseia nisso. É mais pelo sentimento e apego que tenho às coisas e, nesse caso, escolheria o Rhodes, sem dúvida.
E como é gerir o vosso armário de microfones?
Marco Silva: Em primeiro lugar, o artista em si raramente sabe o que quer. Quando traz consigo um técnico, a coisa muda, pois o técnico normalmente sabe o que resulta melhor. Mas temos aqui dos melhores microfones a nível mundial, desde coisas antigas, como Neumann ou Telefunken, até coisas mais recentes. No entanto, os micros mais antigos, como o Telefunken U-47, entre outros, têm sempre um custo associado. Porque são micros extremamente sensíveis e se não houvesse esse custo associado, seriam microfones para estarem constantemente a ser utilizados e que ao final de uma semana estariam avariados. Esta solução serve para salvaguardar o equipamento. No entanto, temos várias opções, no caso, cópias desses microfones originais, que são muito bons e não têm qualquer custo associado. Temos vários modelos de uma marca, a FLEA, que é da Europa de Leste, e que são microfones feitos actualmente, mas com todos os componentes dos microfones originais. Na minha opinião, alguns desses microfones chegam a soar melhor do que os modelos originais. Porque os originais já têm 60, 70 anos em cima, as cápsulas vão perdendo capacidade, etc, e estes são novos. Mas não temos apenas microfones vintage, também temos alguns modernos. Temos de tudo. Do estúdio ao live, etc. A nossa escolha de micros é ampla e muito variada, temos dinâmicos, muitos modelos de fita de várias marcas, condensadores, de cápsula de carbono (low-fi), com pouca definição, enfim, a lista nunca mais acaba [risos].
E têm microfones que nunca tenham sido utilizados?
Marco Silva: Há muitos que estão muitas vezes parados, é verdade. Estou cá há quatro anos e ainda não os experimentei a todos [risos]. Sempre que posso vou experimentando e às vezes tenho surpresas agradáveis, pelo que acabo por optar por novas soluções. Essa é outra vantagem de se gravar neste estúdio: não só tem as condições todas, como também existe a opção de experimentar a microfonia e testar coisas novas. Mesmo para técnicos que tenham outros estúdios e estejam indecisos no momento de fazerem uma compra. Já cá tivemos técnicos que alugaram o estúdio por uma hora, montaram 10 microfones e experimentarem para obter conclusões. E isso para nós também é bom, pois ficamos com uma base maior de conhecimento. Importa dizer que a escolha de microfones deste estúdio, além de ser vasta, cobre todas as situações possíveis numa gravação.
Investem muitas horas em manutenção do equipamento?
Marco Silva: Sim, ainda investimos algum tempo em manutenção. Como esse trabalho tem um custo normalmente elevado, de tempos em tempos somos nós quem vai fazendo a manutenção a esse equipamento, como é o caso dos microfones. Num estúdio que está sempre a trabalhar é normal que haja coisas que avariem. Algumas coisas conseguimos resolver entre nós, outras têm de ser reparadas fora daqui.
Enquanto num estúdio típico tens uma régie e uma sala de captação, aqui tens quatro régies, contando com a de masterização, e três salas de captação
O que é que faz destas “quatro paredes” um estúdio especial?
Marco Silva: Antes de tudo, as pessoas que cá trabalham. Temos sempre o cuidado de deixar os artistas à vontade para que se sintam em casa. Na verdade, há muitos artistas recorrentes, o que atesta o que disse. Depois, outra mais-valia é que isto não é um estúdio, é um complexo com quatro estúdios com várias salas, cada uma com o seu som característico e, quem vem gravar um disco, pode tirar partido de todas as salas, não está limitado apenas à sala que alugou. Enquanto num estúdio típico tens uma régie e uma sala de captação, aqui tens quatro régies, contando com a de masterização, e três salas de captação, sendo que uma é mais pequenina. E, se contarmos com as cabines, então temos cinco sítios diferentes para fazer captação. Isso é uma enorme mais-valia, poder escolher a sala que se quer, poder escolher a sala pelos pré-amplificadores, compressores ou outro equipamento. Outra coisa que os artistas fazem normalmente referência é o facto de se sentirem muito bem aqui. O estúdio é limpo, acolhedor e as pessoas sentem-se inspiradas.
Haverá algum “contra” na balança?
Marco Silva: Com honestidade, o único contra talvez seja a agenda difícil de gerir, porque nem sempre é fácil encontrar espaço.
Mas isso é um “contra” apenas para quem vem de fora, para vocês é óptimo…
Marco Silva: Claro. Mas também é um bom sinal, significa que estamos sempre a trabalhar e isso deve-se à qualidade.
Trabalhas noutros estúdios para além deste?
Marco Silva: Ultimamente tem sido raro, mas adoro, obriga-me a procurar outras soluções. E também faço som ao vivo, o que também gosto muito.
Cada vez mais os músicos sabem trabalhar com programas e equipamento de gravação. Achas que o aumento significativo de homestudios veio retirar força à necessidade do estúdio profissional?
Marco Silva: É verdade que os homestudios vieram alterar o paradigma da produção musical, mas julgo que os dois mundos coabitam, porque mesmo em relação à música electrónica, tendencialmente feita mais em casa, há sempre vantagem em ir a estúdio gravar um dos elementos, por exemplo, bateria ou voz. Nesse tipo de música, o que acontece mais aqui é virem gravar a voz. As pessoas fazem tudo em casa, mas nunca conseguem obter a qualidade de voz que se consegue aqui. E a voz é só talvez a coisa mais importante da mistura, então há muitos projectos que optam por essa solução: fazer tudo em casa, menos a voz final. Também acontece muitas vezes, mas com artistas com mais nome, em que nada é feito aqui, mas que nos enviam para a fase de mistura ou masterização. Mas mesmo os projectos mais electrónicos ganham muito quando determinados sons passam num compressor analógico, por exemplo, para ganhar mais cor e retirar o cristalino do digital.
Outro elemento importante é o vosso estúdio de masterização, mas haverá assim tantos artistas do nosso mercado a darem a devida importância a esse processo por forma a levá-lo a um estúdio profissional?
Marco Silva: A importância da masterização já se alterou um pouco em Portugal, e ainda bem, cada vez mais se dá valor a esse processo. A maior parte das vezes recebemos contactos para se fazerem masterizações com técnicos que trabalham no Atlântico Blue. No entanto, há outras pessoas, como é o caso do Walter Coelho [Louie Vega, Röyksopp, Deadmau5, Matias Damasio, Josh Butler], que alugam o estúdio e vêm cá finalizar os seus trabalhos de clientes internacionais de nível mundial.
LISTA DE EQUIPAMENTO
Nota: A lista de equipamento dos ABS é quase interminável, pelo que publicamos apenas o gear referente aos estúdios A e B e ainda o conteúdo do famoso armário de microfones. Fica a faltar o equipamento de pré e pós-produção, masterização & 5.1, equipamento de aluguer, headphones e todo o manancial de backline, que inclui guitarras, baixos, teclados, baterias, percussões, amplificadores e pedais. Se estiverem para aí virados, podem sempre consultar o site oficial.
Estúdio A
Mesa: Neve 88 RS 48 ch; Monitores: ATC SCM300ASL, Pro ATC SCM25A Pro; Interfaces: Avid HDX, Avid HD Madi 2x Merging Horus 24ch; Clock: Antelope Isochrone 10M, Antelope Isochrone Trinity; MIDI: Emagic Unitor 8; Computadores: Mac Pro 2 x 2,66 GHz 6-Core Intel Xeon 32 Gb ram Merging, PC Intel core I5 – 2500 CPU 3.30 GHz 4Gb ram; Software: Avid Pro Tools HD 11, Apple Logic Pro X, Steinberg Nuendo 6.5, Merging Pyramix 9, Magix Samplitude Pro X; Plugins: Audio Ease – Speakerphone 2 Kush Audio – UBK-1 Lawo AG – Lawo Plug-in Collection Lexicon – PCM Total Bundle PGMT Ltd. – Dynamic Spectrum Mapper Serato Audio Research Ltd. – Pitch’n’Time Pro 2 Slate Digital – Virtual Mix Rack Softube AB – Amp Room Bundle Softube AB – Effect Bundle Softube AB – FET Compressor Softube AB – Mix Bundle Softube AB – Studio Collection Softube AB – Summit Audio EQF-100 Softube AB – Summit Audio Grande Channel Bundle Softube AB – Summit Audio TLA-100A Softube AB – Tonelux Tilt Softube AB – Trident A-range Softube AB – Tube-Tech PE C1 Softube AB – Vintage Amp Room Synchro Arts Ltd. – Revoice Pro Waves Mercury Bundle UAD (Pacote Base); Preamps: Chandler TG2, Chandler Germanium preamp, DACS Micamp 2, Grace Design M201, Manley TNT, Manley Dual mono mic preamp, Massenburg 8300, Studer D19, Valve, Summit Audio EVEREST, UAD 2-610s; Equalizadores: Chandler 2x Germanium tone control EQ, Chandler TG12345, Curve Bender, Grat River EQ 2NV, Manley Stereo Pultec EQ, Pulse Tech 2x Pultec EQPIS3, Pulse Tech 2x EQM-IA3, Summit, Audio EQ200B; Compressores: Amek 9098 Compressor, Chandler 2x LTD-2 mono, Chandler TG12413 Zener limiter, Empirical labs 2x ST EL8X Stereo, Empirical labs EL7 Fatso Junior, Manley Variable MU, Neve 2254/E, Neve 33609/J, Retro instruments STA-Level, Tube Tech CL-1B, Tube Tech SMC2B, UAD 1176 LN, UAD 2-1176, UAD 2x LA-3A, UAD LA-2A, Urei 1176LN Silver; Efeitos: Bricasti M7M, Eventide Proc. H8000FW, Lexicon Super Prime Time, TC Electronic M6000 (Mainframe); Outros: TC Electronics RTW9, Thermionic Culture Culture Vulture, PA System: Renkus-Heinz IC Live – 2x ICL-R; 2x IC215S-R; Sistema de PA: Renkus-Heinz IC Live – 2x ICL-R; 2x IC215S-R.
Estúdio B
Mesa: SSL Duality 24 ch; Monitores: ATC SCM200ASL, Pro Focal SM9; Interfaces: Avid HDX Avid HD I/O Analog 16×16 DAD AX24; Clock: Antelope Isochrone Trinity; MIDI: Emagic Unitor 8; Computadores: Mac Pro 2 x 3.2 GHz Quad-Core Intel Xeon; Software: Avid Pro Tools HD 11, Apple Logic Pro X, Steinberg Nuendo 6.5; Plugins: Audio Ease – Altiverb 7 XL Avid – Access Virus Indigo Avid – Amp Farm 3 Avid – BF Classic Compressors v4 Avid – BF Fairchild Bundle v4 Avid – BF MoogerFooger Bundle v4 Avid – BF Pultec Bundle v4 Avid – BF Voce Bundle v4 Avid – Bomb Factory BF-3A Avid – Bruno/Reso Avid – Cosmonaut Voice Avid – Focusrite d2/d3 Avid – HEAT Avid – Impact Avid – JOEMEEK SC2 Compressor Avid – JOEMEEK VC5 – Meequalizer Avid – MDW Hi-Res Parametric EQ v3 Avid – Reverb One Avid – ReVibe Avid – Sound Replacer Avid – Tel-Ray Variable Delay Avid – Space Flux – Elixir Flux – Full Pack 2 McDsp – 4020 Retro EQ HD v5 McDsp – 4030 Retro Comp HD v5 McDsp – 4040 Retro Limiter HD v5 McDsp – 6030 Ultimate Comp HD v5 McDsp – Analog Channel HD v5 McDsp – Channel G Compact HD v5 McDsp – Channel G HD v5 McDsp – Channel G Surround v5 McDsp – Compressor Bank HD v5 McDsp – DE555 HD v5 McDsp – Filter Bank HD v5 McDsp – FutzBox HD v5 McDsp – MC2000 HD v5 McDsp – Chrome Tone HD McDsp – Synth One HD McDsp – ML4000 HD v5 McDsp – NF575 HD v5 McDsp – Revolver Native v5 Softube AB – Abbey Road Brilliance Pack Sonnox Ltd. – NATSUPG5 Sonnox Ltd. – PTHDYNG5 Sonnox Ltd. – PTHGEQG4 Sonnox Ltd. – PTHINFG5 Sonnox Ltd. – PTHREVG5 Sonnox Ltd. – PTHTMDG5 Synchro Arts Ltd. – Vocalign Pro Waves Gold Bundle UAD (Pacote Base); Preamps: Amek 9098 Dual mic amplifier, Chandler TG2 mic pre, Chandler Germanium PRE, Manley TNT 2 canais P/mic, Summit Audio TPA-200B, UAD 2-610s, UAD 4-710, Focusrite ISA 220, Grace Design M103, Manley VOXBOX; Equalizadores: Manley EQP1A; Compressores: Aphex 661, Chandler TG1, Langevin ELOP Limiter, Neve 2254/R, Neve 2254/R, Retro instruments STA-Level, Tube Tech CL-1B, UAD 1176 LN, UAD LA-2A, Urei 1176LN Silver; Efeitos: Bricasti M7M, Lexicon 960L; Outros: TC Electronics RTW9, Aphex Exciter.
Microfones
Marca | Modelo | Quantidade |
AKG | C12 | 1 |
AKG | C12a | 2 |
AKG | C24 | 1 |
AKG | C28a | 2 |
AKG | C61 | 2 |
AKG | C451CB | 1 |
AKG | C451C | 2 |
AKG | D12e | 2 |
AKG | D20 | 1 |
AKG | D36 | 1 |
AKG / Siemens | SM204 | 2 |
AKG / Siemens | SM205 | 2 |
Audio Technica | AT 4050 MT | 2 |
Audix | D2 | 8 |
Audix | D3 | 2 |
Audix | D4 | 6 |
Audix | D6 | 4 |
Audix | i5 | 4 |
Audix | SCX25A MT | 2 |
Audix | SCX1C | 4 |
Audix | SCX1HC | 2 |
Audix | SCX1O | 4 |
Beyerdynamic | M88 TG | 2 |
Beyerdynamic | M130 | 2 |
Beyerdynamic | M160 | 3 |
Beyerdynamic | M260 | 1 |
Brauner | Phanthera | 2 |
Brauner | Phantom classic | 2 |
Brauner | Valvet | 2 |
Brauner | Valvet X | 2 |
Brauner | VM1S | 1 |
Brauner | VMA | 5 |
CAD | E100 | 2 |
CAD | M9 | 1 |
CAD | N179 | 2 |
Coles | 4038 | 2 |
Crowley and Tripp | Studio vocalist | 1 |
DPA | 2011A | 2 |
DPA | 4023 | 2 |
DPA | 4006 | 3 |
DPA | 4011A | 2 |
DPA | 4041 Solid State | 2 |
DPA | 4041 Tube | 2 |
DPA | 4099G | 1 |
DPA | 4099T | 1 |
DPA | 4099V | 1 |
DPA | 4099S | 3 |
DPA | FIOF00-2 | 1 |
DPA | 8010 Hidrophone | 1 |
Earthworks | QTC 50 | 2 |
Echolette | ES 14n | 1 |
Electro-voice | RE27 N/D | 6 |
Electro-voice | RE2000 | 1 |
Flea | 47 | 3 |
Flea | 47 Limited | 1 |
Flea | 48 | 2 |
Flea | 49 | 2 |
Flea | 249 | 2 |
Flea | 50 | 2 |
Flea | C12 | 2 |
Groove tubes | AM40 | 2 |
Manley | Reference Cardioid | 2 |
Manley | Gold Reference Mono | 2 |
Manley | Gold Reference Stereo | 1 |
Microtech Gefell | M930 | 6 |
Microtech Gefell | M1030 | 2 |
Microtech Gefell | UM75 | 1 |
Microtech Gefell | UM900 | 1 |
Microtech Gefell | UM92.1 | 2 |
Microtech Gefell | UM930 Twin | 1 |
Neumann | KM 56 | 1 |
Neumann | KM 184 | 6 |
Neumann | KM 84 | 6 |
Neumann | M49 | 2 |
Neumann | M50 (Old) | 1 |
Neumann | U47 | 2 |
Neumann | U47 Fet i | 2 |
Neumann | U67 | 2 |
Neumann | U87 | 2 |
Neumann | U87b | 1 |
Neumann | SM2 | 1 |
Neumann | SM69 Fet | 1 |
Neumann | TLM 193 | 1 |
Placid audio | Carbonphone | 2 |
Placid audio | Copperphone | 2 |
Placid audio | Harmonica mini | 2 |
Royer | R-121 | 1 |
Samar | MF65 | 4 |
Sanken | CO-100K | 2 |
Schoeps | MK4 | 2 |
Schoeps | MK22 | 2 |
Schoeps | CMC5 | 2 |
SE electronics | RNR1 | 1 |
Sennheiser | MD 421 | 2 |
Sennheiser | MD 421-II | 3 |
Sennheiser | MD 421-N | 3 |
Sennheiser | BF509 | 1 |
Shure | Beta 52A | 1 |
Shure | Beta 57A | 3 |
Shure | Beta 87A | 1 |
Shure | Beta 91A | 1 |
Shure | KSM 313 | 1 |
Shure | SM7 | 1 |
Shure | SM57 | 3 |
Shure | SM58 | 6 |
Shure | SM81 | 2 |
Sontronics | Apollo | 1 |
Sontronics | Delta | 2 |
Sontronics | DM 1B | 1 |
Sontronics | DM 1S | 1 |
Sontronics | DM 1T | 4 |
Sontronics | Saturn | 2 |
Sony | C-800 G | 1 |
Telefunken | KM56 | 1 |
Telefunken | KM53 | 1 |
Telefunken | Ela m 251 | 2 |
Telefunken | U47 | 2 |
Violet | Amethyst | 1 |
Yamaha | SubKick | 1 |
PREÇOS
Captação – Estúdio A : 60,00€ /hora com técnico / 45€/hora sem técnico
Captação – Estúdio A: 480,00€/ dia com técnico / 360€/dia sem técnico
Captação – Estúdio B: 45,00€/hora com técnico / 30€/hora sem técnico
Captação – Estúdio B: 360,00€/dia com técnico / 240€/dia sem técnico
Pré-Produção Estúdio: 35,00€/hora com técnico / 20€/hora sem técnico
Pré-Produção Estúdio: 280,00€/dia com técnico / 160€/dia sem técnico
Sala de Masterização: 60,00€/hora com técnico / 45€/hora sem técnico
Sala de Masterização: 480,00€/dia com técnico / 360€/dia sem técnico
Masterização: 60€/hora | 480€/dia
Materização 1 tema: 55€
Misturas: 45€/hora | 360€/dia
Mistura 1 tema: 225€
Se ficaste curioso, mas estás longe de Paço de Arcos, podes sempre fazer uma visita virtual a todo o complexo Atlântico Blue, entrando aqui. Vale bem a pena.