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Quinto Andar: Deepway

Quinto Andar: Deepway

Redacção

Os Deepway são uma banda da Lourinhã e estão juntos desde 2012. Foram os vencedores da edição portuguesa do Hard Rock Rising, de 2017, concurso promovido pelo Hard Rock Cafe Lisboa, sendo premiados com a gravação de uma sessão no “Quinto Andar” da AS.

Captação e mistura de áudio: Paulo Basílio

Os Deepway são Carolina Mourato (Voz Guitarra), Tatiana Carvalho (Guitarra), Mariana Santos (Teclas), Bruno Santos (Bateria) e António Santos (Baixo). Em 2012, começaram como tantas outras bandas na história da música: eram amigos e juntaram-se para tocar música juntos. Ainda segundo a tradição, começaram a bater covers de temas como “Sweet Dreams”, “Fly Away”, “Creep” ou “Ouvi Dizer”, com clássicos de Nirvana (um prazer perceber que o âmago de Kurt ainda é capaz de tocar novas gerações) pelo meio. A urgência de palco ditou o nome da banda e uma designação transporta sempre identidade, foi assim que começaram a escrever originais. Em Fevereiro editaram um EP nas plataformas digitais, com o nome “Antes de Apagar”. Foram os vencedores do concurso de bandas do Hard Rock Cafe Lisboa, o Hard Rock Rising, na última edição até à data.

Um dos prémios era fazerem um showcase no “Quinto Andar” da AS onde mostraram “Ante de Apagar”, “Nada Mais” e “Novo Dia”. Visitaram-nos para tocar e para conversar um pouco de como fazem música e que música ouvem.

Que álbuns andam a ouvir neste momento?
Carolina: Andamos a ouvir sempre coisas bastante diferentes daquilo que tocamos. É engraçado, porque somos cinco e ouvimos estilos muito diferentes. Tenho andado a ouvir “How Did We Get So Dark”, dos Royal Blood. Gosto muito de ouvir também álbuns de blues ao vivo. Agora, por acaso, ando a ouvir Gary Clark Jr., “The Search For Everything”, do John Mayer… Mas estou sempre a trocar e tenho muitos álbuns abertos no Spotify.
Mariana: Que me lembre, ultimamente, tenho andado a ouvir a discografia dos The Cure e também os álbuns do James Blake, principalmente o primeiro. Não sei, é muita essa onda meio melancólica.
Tatiana: Ando a ouvir “KOD”, do J. Cole. É um bocado fora do rock, mas gosto de rap também. E o “Ultraviolence”, da Lana del Rey, não é de agora, mas continuo a ouvir.

Em termos de composição como é o processo?
Carolina: Costumamos trazer ideias para o ensaio. Normalmente, tenho a letra feita, o pessoal tem coisas já planeadas, e depois juntamos ambas as partes e vemos se ficam bem. Começamos a trabalhar no projecto em conjunto, de início ao fim. A música é formada pelos cinco e acaba por ser um processo interessante, porque o facto de ouvirmos várias coisas permite ideias diferentes. Assim, trazemos tudo para cima da mesa e fazemos as decisões mais acertadas, o que nos ensina em muito, como banda e como músicos.

Decidimos que escrever na nossa língua tem sempre uma grande importância.

No Hard Rock Rising apresentaram um reportório em inglês, no EP “Ante de Apagar” decidiram cantar em português. Porquê?
Tatiana: Decidimos que escrever na nossa língua tem sempre uma grande importância. Liga-nos mais com o público, pelo facto de as pessoas perceberem melhor a letra.
Carolina: Sim, sentimos também que as pessoas percebem, que querem cantar e, tendo em conta que é a nossa língua, é bom termos esse retorno.

Nos Nomad Media Studios, como foi experiência, quais foram os maiores obstáculos que encontraram?
Carolina: As nossas primeiras músicas, começamos a gravar com a Nomad Media Studios e foi uma boa experiência. Entretanto gravamos este EP ao nível dos estúdios do Centro de Juventude das Caldas da Rainha, com o Tiago Sábio, que fez a masterização. Tivemos uma semaninha nos estúdios e foi bastante produtivo, aprendemos imenso. Foi muito bom.

O que vos diferencia das centenas de bandas que existem em Portugal?
António: Talvez o facto de termos começado bastante jovens e sermos um grupo de amigos que ouvem estilos diferentes de música, e isso influencia a nossa forma de criar, tanto originais como covers. Andamos sempre a experimentar coisas novas, novos estilos. Como ouvimos muita coisa gostamos de ter liberdade criativa para criarmos mais músicas. Durante este ano vamos ter a possibilidade de gravar mais um EP e queremos dar o máximo nisso.