Fender Paramount Series
As Paramount são elegantes, a sua acção confortável e o seu som distinto. Estão à altura das celebrações do 70º aniversário Fender.
Nem há mais de três anos, a Fender Musical Instruments Company incluía no seu grupo marcas como a Guild, Ovation, Takamine ou Gretsch. Salvo algumas excepções, as acústicas Fender tinham a sua produção meio subjugada pela das marcas supra citadas. Então a Fender atravessou uma profunda reforma (ainda em curso) e, no grupo, só sobreviveu a Gretsch – as guitarras, pois as baterias passaram para a DW. Essa restruturação da Fender tem colocado maior foco na recuperação da sua linha acústica, ainda que sem a criação de uma série made in USA, a Fender tem revitalizado alguns modelos, como as Kingman, e inclusivamente criado novas propostas, como a Roosevelt Resonator CE, por exemplo.
Como protagonistas entre as novidades Fender na NAMM’16, surgem as novas Paramount. É certo que ainda não se trata de uma gama americana, mas os novos modelos Paramount, apesar do sempre oneroso “selo” made in China, estão à altura dos pergaminhos da marca e da responsabilidade acrescida de serem uma das grandes apostas de média-alta gama para 2016, ano em que a marca criada por Leo Fender celebra 70 anos.
O modelo Fender Paramount PM-3 Deluxe.
Fender assinala 70º aniversário da Stratocaster com cover de “Voodoo Child (Slight Return)” tocada por vários guitarristas icónicos
Tom Morello, Nile Rodgers e Tash Sultana são alguns dos nomes escolhidos pela Fender para não só assinalar os 70 anos da Stratocaster, mas também recordar Jimi Hendrix, um dos maiores adeptos da Stratocaster.
A Arte Sonora já teve oportunidade de testar dois dos novos modelos, que receberam um veredicto favorável: «Acusticamente, a tremenda projecção das pequenas caixas e das curtas escalas é surpreendente. E se, como é óbvio, o volume se altera significativamente entre o uso de dedilhado ou palheta, o seu comportamento tímbrico, articulação e definição, são mantidos. A diferença entre ambos os modelos não se manifesta na capacidade de volume ou na riqueza harmónica, mas no carácter. Com o corpo “completo”, a parlour consegue ter o mesmo brilho mas, com mais equilíbrio “graves/agudos”, passar uma sensação de maior dinâmica. O ataque de médios de ambos os modelos é sublime. Naturalmente, essas diferenças são esbatidas se os modelos estiverem amplificados».
O teste, em vídeo, pode ser visto AQUI. Todos os modelos da gama podem ser consultados na Fender.