Bezegol celebra 20 anos de carreira com concerto memorável no Coliseu do Porto

No dia 22 de Fevereiro de 2025, o Coliseu do Porto foi palco de uma noite histórica para o reggae e música portuguesa.

Bezegol, um dos nomes mais autênticos do reggae nacional, celebrou duas décadas de carreira com um concerto emotivo, repleto de momentos marcantes e convidados especiais.

Desde o início, ficou claro que a noite seria especial. «Hoje não estou muito falador pelos nervos que tenho», confessou Bezegol ao subir ao palco, revelando a emoção que o acompanhava. O artista recordou a forte ligação ao Porto, a cidade onde cresceu, e mostrou o seu orgulho por pertencer à cidade Invicta. Ao longo do concerto, o público retribuiu esse carinho, entoando o seu nome com entusiasmo, especialmente após a interpretação de “Rude Sentido”.

A viagem musical passou desde os primeiros temas de 2003 até aos dias de hoje, revisitando grandes sucessos e trazendo surpresas para os fãs. Uma dessas surpresas foi a execução ao vivo da faixa “Não Me Lembro ao Tempo”, uma raridade nos seus concertos. A plateia, composta por pessoas vindas de todo o país, incluindo Braga, Coimbra, Aveiro, Lisboa, Madeira, Açores, Estados Unidos e Reino Unido vibrou do início ao fim.

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Com um estatuto de quase heróis nacionais, os Trivium regressaram a Portugal para duas celebrações: os 20 anos de "Ascendancy" e a sua improvável amizade, e parceria musical, com o cantor português Toy. Dos circle pits ao bailarico, a noite foi de festa, mas também de muitas emoções. 

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Esta noite foi um sonho. Espero que tenha sido o mesmo para vocês. Faço isto porque gosto e hoje foi a prova que estamos a trabalhar direito. Num país onde não valorizam a arte tenho de estar agradecido por estarem aqui hoje. Estamos juntos.

A noite contou com a presença de vários convidados que partilharam o palco com Bezegol. Um dos momentos mais simbólicos foi a entrada de Deau, assinalando uma década desde a primeira colaboração entre ambos. «Obrigado por receberem assim o meu irmão. Ele merece o máximo barulho», disse Deau. Em seguida, foi a vez de Mundo Segundo juntar-se à festa, num dos pontos altos da noite: «Obrigado por me deixares fazer parte desta noite», afirmou o artista de hip hop.

Podemos ainda ouvir a apresentação de “Equívoco”, um novo projeto ainda sem nome, juntamente com Deau e Mundo Segundo, mas que promete trazer mais música no futuro. «Tenho é de fazer música», afirmou Bezegol, deixando no ar a promessa de novidades.

O concerto também teve o seu momento de “fado à rudebwoy”, com uma interpretação sentida de “São Só Beijos”. Mais tarde, em “Fome”, abordou a sua relação com os animais e a lealdade que representam: «Estes não te querem mal, isto é amor puro».
A noite chegou ao seu clímax com a entrada de um dos maiores nomes da música portuguesa: Rui Veloso. «Chegou aquela parte que não dá para apresentar. É meu amigo pessoal e pai do rock», anunciou Bezegol. O músico retribuiu os elogios, classificando Bezegol como «um grande amigo e um grande artista do Porto.»

De forma emotiva, Bezegol recebeu, em palco, o Disco de Ouro pelo single “Maria”, antes da interpretação de “Rainha Sem Coroa”. Já no fim do concerto desceu do palco, dirigiu-se ao público e fez questão de agradecer a cada um pela energia durante o concerto. Ao voltar ao palco voltou a repetir uma das palavras mais ditas da noite: “Obrigado”. Tendo fechado o concerto com as seguintes palavras antes de interpretar “Despedida”: «Esta noite foi um sonho. Espero que tenha sido o mesmo para vocês. Faço isto porque gosto e hoje foi a prova que estamos a trabalhar direito. Num país onde não valorizam a arte tenho de estar agradecido por estarem aqui hoje. Estamos juntos», concluiu.