“I´d rather die on my feet than ever live on my kness”, é com esta frase do revolucionário mexicano Emílio Zapata que nos deparamos quando abrimos a embalagem de “Weapons”. E é esta frase que define este trabalho de uma ponta a outra, canções de carisma revolucionário recheadas de riffs e melodias “catchy”, daquelas que insistem em prolongar-se por tempos e tempos pela nossa cabeça e que decerto funcionarão bastante bem ao vivo.
Regra geral os temas apresentados não se diferenciam em muito da linhagem de “Everyday Combat”, que fazia parte de “Liberation Transmisson” editado em 2006. A mensagem de abertura em “Bring It Down” é clara nesse aspecto, com uma chamada directa à rebelião e críticas fortes ao modo como as nações mundiais são governadas. Esta energia e paixão não se perde ao longo dos temas, nem mesmo na semi-acústica “Somedays”, que dá ao ouvinte tempo para respirar durante uma breve pausa.
O grande momento deste registo é sem duvida “Better Off Dead”, em que Ian Watkins mostra a sua versatilidade nos dotes vocais, mostrando mais uma vez que esta sonoridade mais “pop” assenta que nem uma luva ao sexteto britânico. De salientar ainda a grande contribuição do novo baterista Luke Johnson que adicionou imensas contribuições para que este disco funciona-se na sua plenitude.
“Weapons” não é completamente perfeito, há momentos que cansam e que desejamos que passem rapidamente devido ao facto de serem demasiado monótonos e sem aparente conteúdo, “A Little Reminder That I´ll Never Forget” e “Cant Get Enought” são prova disso mesmo.
Penso que este registo, eventualmente, poderá não agradar aos fãs mais hardcore dos Lostprophets que poderão considerar a sonoridade demasiado mainstream, mas este trabalho é isso mesmo: rock acessível a grandes audiências e com um gostinho ilustrado de “pop” cativante, e sinceramente funciona bastante bem, a não ser que sejas alérgico a música.