De vez em quando há discos que não são simplesmente para serem escutados, devem ser minuciosamente apreciados. Música capaz de transpor a superfície das impressões, arrepiando os sentidos com um toque profundo nos recantos mais resguardados e sensíveis das emoções. “Impersonator” é um desses discos.
São sensações puras, ondulantes, surpreendentes, transportadas por repetições discretas dos sintetizadores introvertidos e reservados de Matthew Otto. São confissões sinceras, complexas, pesadas, partilhadas na primeira pessoa por a voz longa e portentosa de Devon Welsh. E são canções mágicas, macias, imensas, manuseadas pela produção clara e honesta dos Majical Cloudz. Uma comovente travessia pelo interior de um ambiente gélido, escuro, cobertos por um manto de tecido simples, dissimulado, reconfortante abrigo de encanto, mistério e segredo.
De vez em quando há discos que não são simplesmente para serem passados, devem ser cuidadosamente guardados. Música capaz de tocar nos limites da percepção, apanhando os sentidos com um toque profundo nos refúgios mais encobertos e indefesos dos sentimentos. “Impersonator” é um desses discos.