A idade é um posto. Um posto de sabedoria, experiência e muitas vivências. Umas melhores, outras piores. Umas mais fáceis, outras mais duras. Mark Lanegan dispensa qualquer tipo de apresentações. Dos primórdios do grunge com os Screaming Trees, à produtiva e longa carreira a solo. Mark Lanegan é um badass, duro de roer. Assim sempre foi. Assim continua.
Longe vão os tempos das guitarras do “peso” e revoluções geracionais.
Passado meio século de vida e umas quantas histórias para contar, ao décimo disco a solo, Mark Lanegan guarda o melhor para o fim. Com aquela reconhecida voz rouca e soturna, que no avançar da idade vai aprimorando o que de melhor tem para oferecer, a segunda metade de “Gargoyle” é de consumir, repetir, e pedir por mais. Longe vão os tempos das guitarras do “peso” e revoluções geracionais. Agora é o tempo da serenidade, embalo e simetria de “Goodbye To Beauty” e “First Day Of Winter”. É tempo da força, obsessão e categoria de “Drunk Of Destruction” e “Old Swan”.
Evocando Manuel Machado, um vintém é um vintém, um badass é um badass.