Difícil não é aparecer, difícil é permanecer. Quem está minimamente familiarizado com o post-rock que nasceu lá para meados dos anos 90, baptizado por um senhor chamado Simon Reynolds, sabe perfeitamente que os Mogwai, para além de fazerem parte dos seus primórdios, mantêm-se como uma das bandas mais relevantes, influentes e resistentes do género.
Os escoceses, que ainda no ano transacto nos presentearam com a notável banda-sonora “Atomic”, voltam à carga com aquilo que melhor sabem fazer, isto é, álbuns de rock denso, profundo e atmosférico. Uma conjugação ecléctica de melodias radiantes e ruídos electrizantes, que fazem pouco mais de uma dezena de canções de “Every Country’s Sun” parecerem uma imensa viagem no tempo e no espaço.
Nada de diferente daquilo a que, agradavelmente, estamos habituados (nem sequer o uso de registos vocais, que passaram a fazer parte das ferramentas sónicas em “Rave Tapes”).
Nada de diferente daquilo que, ao fim de vinte anos do disco de estreia da banda, “Young Team”, nos continua a fazer sentir empolgados e fascinados. Como um bom e envelhecido Scotch, assim são os Mogwai.