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Reverence Valada, segundo dia

Reverence Valada, segundo dia

2014-09-13, Valada
Timóteo Azevedo
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Segundo dia do festival Reverence Valada, com alguns destaques nos palcos secundários.

Após algumas (poucas) horas de descanso o barulho matinal fez-nos acordar para um dia mais quente do que suponham as previsões. Tratadas as provisões, apanhamos Dreamweapon a tocar no palco Rio. A banda portuguesa, com ecos dos Spaceman 3 que o próprio nome alude, elevaram o público para a camada psych com a sua música uplifting. Já no final do concerto, do outro lado do recinto, no palco Sabotage, os Keep Razors Sharp abriam caminho para os anos 70, mas a viagem fez-se difícil. Também, mais uma vez, o mau som a dificultou a prestação. Os Air Formation também não foram muito eficazes a cativar com o seu shoegaze a soar como todos os cliches do post-rock.

Os The Quartet of Woah arrancam no palco Sabotage uma hora depois do que era suposto, sendo que os concertos começaram todos a atrasar-se logo pelo início da tarde. Os portugueses estavam cheios de energia, e demonstraram isso em palco. Canções de Ultrabomb, com momento solene do piano de “Path of Our Commitment”, assim c0mo também a nova “Backwardsfirstliners” a fazer algum movimento no público.

Bardo Pond era uma das bandas dos palcos secundários que mais expectativas reservava. Uma hora e tal depois da hora marcada, a banda norte-americana sobe ao palco Rio, abrindo as actividades com a música “Limmerick” que abre o álbum Amanita. Um drone prolongado de guitarras distorcidas acompanhado por flauta transversal,  instrumento esse que contribui muito para a aura mística que envolve o som da banda. O mau som também não favorece o concerto, muitas vezes não se ouvindo a flauta e a voz.

Depois os concertos no palco Reverence, Crippled Black Phoenix reabria as actividades no palco Rio, mas já uma hora depois do suposto. Os System 7 no palco Sabotage foi um techno que só tolerámos uns minutos por curiosidade. Infelizmente, a avançada hora e o cansaço extremo foram mais fortes do que a vontade de ver o resto das bandas. Jibóia, que foi o último concerto, tocou eram já quase 7 horas da manhã, ouvimos nós ao longe.

Fazendo uma retrospectiva, à parte todas os percalços e inconveniências naturais de uma primeira edição, o festival acabou com saldo positivo. A bebida e comida relativamente barata, o espaço e ambiente descontraído, a grande oferta e qualidade de bandas e a localização geográfica foram partes da equação que nos faz querer voltar para o ano.