Turisas

Após o adiamento dos concertos agendados para Maio em terras lusitanas os “vikings”, como prometido, não falharam esta “batalha” e apresentaram-se em boa forma “para a luta”.

Coube aos Gwydion dar o mote para o “combate”, que começou à hora marcada (21h). Apesar de ser dia de clássico do futebol, foram muitos os que fizeram questão de estar presentes nesta “festa”. A banda entrou em palco após um instrumental, ao estilo de um filme épico, dando início ao seu espectáculo com “Fara I Viking”. O mesmo focou-se principalmente no último registo “Horn Triskelion” de 2010, do qual se ouviram também “From Hell To Asgard”, “Triskelion Horde is Nigh” ou “Odhinn’s Cult” , mas foi ainda dado a conhecer o tema “Math Of War” que fará parte do seu próximo trabalho.

A animação, a dança e as rodas foram uma constante no concerto destes lisboetas onde os fãs trajados e pintados a rigor “lutavam” pela a conquista de um lugar em Valhalla.

Os Gwydion provaram mais uma vez o seu talento e qualidade mostrando serem uma grande banda nacional neste estilo musical. Sem dúvida proporcionaram um óptimo “aquecimento” para a “batalha final”.

Após uma pequena pausa para preparar “armas” coube aos aguardados Turisas retomar a “batalha do metal” com os seus “leais súbditos”. Vestidos com uniformes característicos de lutadores nórdicos e com as caras pintadas de vermelho listado de preto encheram o palco e contagiaram a plateia com os sons de uma atmosfera épica e medieval. As “primeiras fileiras” lançaram-se para a luta ao som da corneta em  “March f The Varangian Guard” ao qual se seguiu “One More”.

Apresentaram também dois novos elementos Jukka-Pekka Miettinen no baixo e Robert Engstrand nos teclados, que se mostraram perfeitamente integrados e prontos para “lutar contra qualquer inimigo”.

O colectivo teve um set muito variado tocando temas dos seus três longa duração “Battle Metal” (2004), “The Varagian Way” (2007) e “Stand Up And Fight” (2011), agradando bastante aos seus seguidores.

Warlord Nygård revelou-se um grande frontman e líder, muito comunicativo e sempre apelando e “puxando” pelo público.

As rodas foram uma constante durante todo o concerto. A noite estava fria na rua, mas neste espaço o calor emanava brotando dos guerreiros que pediam por mais. O colectivo apreciou a recepção dizendo que era bom estar de volta,  tiveram uns problemas que os impediram de vir cá na Primavera mas que finalmente cá estão.

Saíram do palco após “Stand Up And Fight” e regressaram para um encore com a cover de Boney M, “Rasputin” que o público pedia efusivamente. Terminaram em grande forma ao som de “Battle Metal” .

Foi certamente um concerto que estes finlandeses irão recordar.

Por Joana Cardoso