O músico Yann Tiersen apresenta novo álbum em Lisboa e no Porto.
O músico actua a 11 de novembro no Coliseu do Porto AGEAS e no dia 12 no Sagres Campo Pequeno, em Lisboa.
Yann Tiersen regressa a Portugal com uma atuação a solo de piano e música eletrónica para promover o seu novo álbum “Rathlin from a Distance | The Liquid Hour”.
Numa era de urgência climática, Yann Tiersen está a redefinir o conceito de digressão e a desafiar as normas capitalistas. Desde a sua digressão solitária de inverno pela Europa, de Brest a Tallinn, sem equipa técnica e apenas na companhia do seu cão – a conduzir a uma velocidade máxima de cerca de 100 km/h na sua carrinha, evitando os habituais adereços do consumismo turístico (hotéis, lista de exigência de camarim) e a dormir nos quintais das pessoas, passando pelas viagens a bordo do seu veleiro Ninnog, no qual navegou pela Irlanda, Ilhas Faroé, Escócia, Ilhas Shetland, País de Gales e Cornualha (em breve acrescentará o Ártico à lista), o artista levou a sua música a paisagens extraordinárias e cenários intimistas, rejeitando as armadilhas das digressões em grande escala para criar ligações genuínas com as equipas de produção e organizadores locais.
“Rathlin from a Distance | The Liquid Hour” é um álbum dividido em duas partes distintas e interligadas, cada uma com as suas caraterísticas sónicas únicas. Rathlin from a Distance inclui oito faixas de piano instrumental introspetivo. Tiersen explica: “Há algo de transformador em estar no mar. Longe do ruído e do peso do mundo, somos deixados perante as forças cruas e indomáveis da natureza – e perante nós próprios. É um espaço onde podemos começar a desafiar as nossas crenças, a nossa identidade, o nosso género – até mesmo a pessoa que pensávamos ser. Comecei a libertar-me das expectativas, construções e papéis que a sociedade nos impõe. As ondas exigem honestidade”. E prossegue: “Rathlin from a Distance nasce desta experiência. Cada peça de piano está ligada a um lugar que visitámos, mas também a um momento de meditação. São mapas para o eu. Destinam-se a guiar-nos até ao âmago de quem somos – não à versão de nós próprios moldada pelas expectativas da sociedade. É um apelo para nos ligarmos, para sermos vulneráveis e para encontrarmos consolo na autenticidade que advém de enfrentarmos as forças que nos rodeiam e que estão dentro de nós”.
Tiersen explica como uma experiência ao leme do seu veleiro, com Belfast a cintilar ao longe, influenciou estas cinco faixas: “Penso nas feridas deixadas pelos sistemas que nos esmagam, sinto a fúria a borbulhar – antiga, crua, elétrica. Queima através de mim. A água torna-se num espelho da minha raiva. E da esperança. Há uma guerra a travar contra os ramos sufocantes do capitalismo, que prendem as nossas raízes e roubam a nossa luz. É uma extinção de tudo o que está partido. Uma reconstrução, de mãos dadas, de coração para coração, até não haver espaço para o desespero. Sinto-a crescer dentro de mim, esta energia, esta vontade de agir, de reunir, de gritar, de me erguer. Porque o futuro não espera. Está ali. Ofuscante, brilhante, fluido em termos de género, a reluzir. Isto é para vocês. Com a vossa esperança e a vossa raiva. Para todos nós, para o que está para vir, para o que vamos construir juntos. A banda sonora da nossa revolta”.
Os bilhetes estarão disponíveis a partir deste sábado, 5 de abril, em ticketline.pt, houseoffun.pt e locais habituais.
BILHETES
11 novembro 2025 – COLISEU DO PORTO AGEAS
Abertura de portas: 20h00
Início de espetáculo: 21h00
Plateia em Pé: €30
Tribunas: €40
Camarotes 1ª: €40
Frisas: €35
12 novembro 2025 – SAGRES CAMPO PEQUENO, LISBOA
Abertura de portas: 20h00
Início de espetáculo: 21h00
Plateia Pé: €30
Bancada A: €40