Uma mulher alega que Bob Dylan abusou dela no Chelsea Hotel, em Nova Iorque, quando ele tinha vinte e poucos anos e ela 12 anos de idade.
Segundo a Pitchfork, Bob Dylan está a ser processado por uma mulher que afirma que o músico abusou sexualmente dela em 1965, quando esta tinha 12 anos de idade.
O processo foi instaurado no Supremo Tribunal do Estado de Nova Iorque a 13 de Agosto de 2021 por uma queixosa identificada como J.C..
A queixosa vive em Greenwich, Connecticut, mas instaurou o processo em Nova Iorque porque alega que o abuso ocorreu no quarto de Dylan no Hotel Chelsea, em Manhattan.
De acordo com o processo, J.C. diz ter sido «abusada sexualmente» por Bob Dylan entre Abril e Maio de 1965, quando Dylan tinha 23 ou 24 anos de idade. Ela e os seus advogados afirmam que Dylan «explorou o seu estatuto de músico ao aliciar J.C. para ganhar a sua confiança e obter controlo sobre ela como parte do seu plano para molestar e abusar sexualmente de J.C.». Alegam também que «Dylan explorou o seu estatuto de músico para fornecer a J.C. álcool e drogas e abusar sexualmente dela múltiplas vezes».
Como resultado do alegado abuso de Dylan, J.C. afirma que «sofreu e continua a sofrer de danos emocionais e físicos, incluindo, mas não só, angústia, humilhação e embaraço, bem como perdas económicas graves». A Lei das Vítimas Infantis do estado de Nova Iorque, aprovada em 2019, proporcionou uma janela limitada através da qual as vítimas de abuso sexual infantil podem apresentar queixa contra o seu agressor, independentemente do ano.
Daniel W. Isaacs, advogado da queixosa, disse à Pitchfork, via e-mail: «A queixa fala por si, e nós provaremos as nossas alegações num tribunal».
Contactado pela mesma publicação, um porta-voz de Bob Dylan partilhou a seguinte declaração: «A queixa com 56 anos é falsa e será vigorosamente defendida».