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APEFE, Manifestação Pela Cultura

APEFE, Manifestação Pela Cultura

Redacção

A APEFE (Associação de Promotores de Espetáculos, Festivais e Eventos), a APORFEST (Associação Portuguesa dos Festivais de Música), a APSTE (Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos) e a AEAPP (Associação Espetáculo Agentes e Produtores Portugueses ) vão manifestar-se no dia 30 de Junho, na rotunda do Marquês de Pombal, em Lisboa, pelas 16h.

No seu comunicado mais recente, publicado a 15 de Junho, a APEFE deixa enumeradas várias razões (colocadas na forma de pergunta) para o descontentamento com a actuação do Governo perante as dificuldades que o sector enfrenta. As associações pedem equidade e recusam que o sector seja «continuamente prejudicado». Os representantes do sector contestam ainda a obrigatoriedade da testagem nos eventos culturais, alegando que nem sequer foram tidos em conta os eventos-piloto, que foram realizados em Abril e Maio para auferir o risco de contágio nos espectáculos. As associações contestam ainda o facto de ter de ser o consumidor final ou o promotor a assumir o custo do teste.

Recorde-se que, entre Abril e Maio, foram realizados quatro eventos-teste em Braga, Coimbra e Lisboa, com plateia sentada e em pé, e com a realização prévia de testes de diagnóstico, gratuitos, aos espectadores, em colaboração com a Cruz Vermelha Portuguesa. O objectivo dos eventos era definir, segundo o Governo, «novas orientações técnicas e a realização de testes de diagnóstico de SARS-CoV-2 para a realização de espetáculos e festivais».

Mais de um mês depois, à boa maneira portuguesa, não foram ainda divulgadas as conclusões desses eventos-piloto, porque ainda está a ser feita a correspondência entre os dados de identificação dos espectadores que se submeteram ao teste de diagnóstico. A Direção-Geral da Saúde (DGS) rejeitou que tenha havido erro técnico no tratamento de dados dos eventos-piloto da Cultura, como chegou a ser adiantado, mas admitiu que o processo está demorado.

«Procuramos uma equidade e não podemos ser um sector continuadamente prejudicado (hoje até enterrado, não sabendo quando poderá reverter esta situação) não só pela pandemia mas pelo actual governo e por isso não podemos indicar, como pedido, um número a partir do qual os eventos têm de receber todo o público testado quando não foram analisados os dados dos Eventos Teste-Piloto e quando o número não representa qualquer grau de cientificidade»