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Boom Festival 2018 em números

Boom Festival 2018 em números

Redacção
Jakob kolar

A comemoração dos 20 anos de Boom Festival contou com cerca de 30 000 pessoas de 147 nacionalidades, entre as quais 508 crianças. Mais uma edição bem sucedida de um dos festivais portugueses mais aclamados no estrangeiro. Os números falam por sim.

A 12ª edição do festival reuniu nos 150 hectares da Boomland, em Idanha-a-Nova, na lua cheia de 22 a 29 de julho, cerca de 30.000 boomers, 508 dos quais crianças e 53 com necessidades especiais, de 147 nacionalidades.

Mais de 392 horas de música nos quatro palcos principais do festival – Dance Temple, Sacred Fire, Alchemy Circle e Chill Out –, distribuídas por 193 music acts de DJ’s Sets e bandas ao vivo, dos quais 41 portugueses (Black Bombain, O Gajo, Gala Drop, Octa Push ou Fogo-Fogo) fizeram também mais uma edição do Boom Festival que, como habitualmente, contou com palestras na Liminal Village, este ano dedicadas ao tema “Ativismo”, e na área NGO Django e Eco Tech Hub, bem como uma grande variedade de workshops. Contabilizando 420 conferências, workshops, espetáculos de dança e atividades infantis. Destaque para a participação de Leo Hoffman-Axthelm, representante europeu da Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares, organização que conquistou o Prémio Nobel da Paz em 2017.

30% dos boomers chegaram ao festival de Boom Bus e 100 de bicicleta. Reconhecido internacionalmente pela sua vertente ambiental, o Boom Festival colocou 213 autocarros à disposição dos boomers, como forma de reduzir o número de veículos em circulação e, desta maneira, os gases nocivos na atmosfera. Aproximadamente 30% de todos os participantes, ou seja 10.176, usaram o Boom Bus, sendo que mais de 100 pessoas aderiram à Boom By Bike Initiative e chegaram ao festival de bicicleta.

Integrando 194 pessoas na Eco Team, oito Eco Guardians e 88 colaboradores na equipa de limpeza e higienização dos espaços comuns do Boom, nesta edição foram disponibilizados ao
público:
-378 casas-de-banho compostáveis (em que o papel higiénico era também fornecido);
-30.000 cinzeiros portáteis;
-400 Kg de sabonetes biodegradáveis;
-233 chuveiros.

A organização recorreu a um total de 203 fornecedores, 90% dos quais nacionais e 31% do distrito de Castelo Branco. Para abastecer os 41 restaurantes e bares, o Boom deu preferência a produtores locais e nacionais, que representaram 73% dos fornecedores de produtos para estas áreas. Mais de metade dos produtos para estas áreas – 51% – são biológicos e/ou orgânicos. O Festival gera um impacto na economia nacional de cerca de 35 milhões de euros, segundoJoaquim Mourão, antigo presidente das autarquias de Idanha-a-Nova e Castelo Branco.

De salientar que o Boom Festival é membro da iniciativa “United Nations Music & Environment Stakeholder” desde 2010, a convite da UNEP – United Nations Environment Programme, organismo pertencente à ONU, e foi distinguido em 2008, 2010, 2012, 2014 e 2016 com o “Outstanding Greener Festival Award”, o prémio mundial mais importante de eventos sustentáveis atribuído por “A Greener Festival”.

O evento bienal de cultura independente que, desde 1997, se realiza na lua cheia de julho ou agosto, é uma referência internacional. Multidisciplinar, transgeracional e intercultural, o Boom tem um impacto social, económico e cultural enorme no Interior do país.