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David Gilmour, A Saída de Waters Foi Libertadora Para os Pink Floyd

David Gilmour, A Saída de Waters Foi Libertadora Para os Pink Floyd

Nero

Em entrevista promocional sobre as reedições de “A Momentary Lapse Of Reason” e “Delicate Sound Of Thunder”, David Gilmour refere o mau ambiente que existia nos Pink Floyd nos últimos anos de Roger Waters na banda.

Em 1985 deu-se uma das cisões que mais abalou a indústria da música. Roger Waters abandonava os Pink Floyd e Nick Mason e Richard Wright, também eles membros fundadores da colossal banda optavam por seguir a sua actividade com David Gilmour.

Waters iniciou uma carreira a solo (mais vezes focada em trabalhar sobre os álbuns da sua fase na banda) e os Pink Floyd gravaram “A Momentary Lapse Of Reason” e “The Division Bell”. Depois, em 2014, ainda seria editado “The Endless River”, partindo dos outtakes de “The Divsion Bell”, para homenagear o falecido Richard Wright.

A separação fez correr muita tinta, nesse dias. É mais ou menos sabido que Waters e Gilmour já não se suportavam – basta pensar nas histórias das gravações do histórico “The Wall”. Muitos rumores, muitos boatos, muito diz que disse. O assunto nunca foi devidamente encerrado, mas foi arrefecendo. Agora, no seguimento promocional das reedições de material da banda, incluso o período inicial com Waters, chegou a vez das reedições da era imediata à saída do baixista original, nomeadamente “A Momentary Lapse Of Reason” e “The Divison Bell” e os imponentes álbuns ao vivo “Delicate Sound Of Thunder” e “Pulse” (a luzinha do vosso ainda pisca?), e com elas Gilmour trouxe nova luz sobre o cisma dos Pink Floyd.

O homem que passou a liderar a banda afirma que esse momento foi libertador. «Todos sabíamos que o Roger iria sair. Ele não estava feliz, nós também não. Sempre soube que queria seguir em frente, o Nick parecia desejar isso também. Falei com Rick durante uma folga, na Grécia, e conversamos sobre seguir em frente e ele também queria». Depois de abordar as discussões com Waters, recorrentes nos seus últimos anos nos Pink Floyd, Gilmour, adianta: «Tinha a certeza que as editoras gostariam de lançar um álbum nosso. Obviamente, não ter o Roger foi algo diferente, mas em algumas formas, sentimo-nos livres. As tensões dos dois álbuns anteriores, especialmente em ‘The Final Cut’, já não estavam mais ali. Éramos apenas nós juntos, a compor e gravar. Havia um sentimento de liberdade e optimismo».

Em Junho passado, Gilmour falava na possibilidade de reunir a banda. Não admitiu abertamente um regresso, mas não fechou qualquer porta: «Neste momento não temos quaisquer planos… Mas, no futuro, quem sabe? Nunca digas nunca». Todavia, continuava a referir que ele e Mason são os Pink Floyd, não fazendo qualquer menção a Roger Waters, e que ambos se encontram «numa espécie de hiato alargado».

Vejam a entrevista promocional no player.